Destino Estranho.

V

- Sejam bem vindos!- começou a Sra. Hank's.- Vamos hoje, celebrar a colação de série de nossos pequeninos. Bom, para adiantar as coisas, vou chamar um por um aqui, para que peguem seus diplomas. Okay, vamos começar? Hannah Alkmin....Eduardo Alziro.....Anna Blake....- e assim foram todos até chegar a minha vez. - Stephanie Sophye Jackson!

Caminhei até ela sem medo algum. E ao pegar meu diploma ela sussurrou ao meu ouvido.

- Parabéns! Sua mãe está orgulha. Ela quer muito falar com você. Vá até ela ali. - ela indicou discretamente, um canto escuro do salão.

Fui até lá.

- Olá!

- Olá, querida! - respondeu-me, dando-me um abraçou apertado.

- Não sou insignificante para você?

- Acho que já falamos sobre isso. Nossa - ela fitou meus olhos - você é tão parecida com...com seu...

-Pai? - completei a frase que ela não foi capaz de completar. - Mãe, eu sei que você não veio por minha causa. Também sei que não me dirá nada sobre ele além disso. Então, para você vir querer falar comigo, obviamente, tem algo que queira que eu faça, ou algo que quer que eu não faça. Então não enrola e anda logo com isso.

Ela me lançou um olhar cortante e eu o sustentei o máximo que pude. Quando eu achei que não ia mais conseguir segurar as lágrimas, ela quebrou o silêncio.

- Tem razão. Eu vim falar para você que não há escapatória desta vida, então aproveite enquanto é tempo.

Dito isto, ela saiu e me deixou lá com a cabeça a mil.

Andando de volta ao dormitório, nem me dei conta de que não estava sozinha.

- Ei, você não fala nada desde que sua mãe foi embora. O que houve?

- Nada. Quer dizer...o de sempre. Ela me fala coisas sem sentido e me deixa com mil e uma dúvidas sobre tudo, e com ódio de mim mesma por querer chorar.

- Não fique assim. Eu sei que sua mãe diz coisas não muito agr...

Eu o interrompi.

- Ela não disse nada desagradável, Jason. Esse é o problema. Como posso odiar alguém, que não fez nada para mim?

Eu não aguentei mais, me coloquei a chorar. Jason ficou sem movimento por meio segundo. E então me envolveu em seus braços.

- Vamos.

Chegando no meu quarto eu sentei na cadeira e chorei mais intensamente. Não queria que Jason visse minha fraqueza, mas...o que eu poderia fazer? Ele era o único poderia me ajudar escutando. Então tomei uma decisão.

- Preciso falar com a Susan.

Nós passavamos tanto tempo juntos, que nem foi preciso dizer nada. Ele já sabia o que eu iria fazer. E sabia também que não teria argumentos para me parar, pois quando coloco uma ideia na cabeça, eu não descanso um segundo se quer antes de cumprir minha meta.

- Você sabe que ela não vai lhe responder, não é?

- Você vem, Jason?

- Okay.

Fomos até a ala dos professores. E lá estava ela. Alta, imponente, seus cabelos castanhos pendiam em seus ombros. Aqueles olhos azuis petrificantes, que ao me fitarem esboçaram um sorriso.

- A resposta é sim.

- Qual é, Susan? A gente nem fal..espera. Você disse sim? Isso é uma brincadeira?

- Não, eu só vou lhe contar uma única coisa. Mais nada.

- Obrigada! Obrigada! Obrigada! Susan, você é demais! O que é?

Jason ficou tenso quando Susan ia falar...na verdade, ele nunca concordou tão fácil comigo.

- Antes, Jason, tem algo que queira me falar?

Eu fiquei apreensiva. Eu não queria deixar de ouvir o que os dois tinham para me contar.

- Bom, ontem eu fui falar com a Susan. Eu pedi muito para ela lhe contar algo. Então...

- Então?

Perguntei impaciente.

- Então ele me pagou um preço alto para que eu contasse ao menos uma coisa. Você tem um amigo de valor, Stephanie.

- O que exatamente você pediu à ele, Susan?

- Hahaha! Nada demais. Apenas algo para você mesma.

- O que foi?!

Eu já estava começando a me irritar. Susan era boazinha comigo, pois meio que me criou. Mas eu sabia como ela poderia ser malvada.

Como ninguém me respondeu, eu virei-me para Jason.

- O que? O que deu à ela, Jason?

Ele não suportou me ver daquele estado deplorável.

- Eu... não dei nada demais...f...

Eu o interrompi novamente.

- Não minta para mim!

- Está bem...eu paguei à ela com...