Cinco anos se passaram para que eu pudesse finalmente mudar de prédio. Eu sentia um alívio tão grande.
Neste período conheci pessoas muito, muito legais. E Susan, como havia falado, foi minha mentora. Nos tornamos grandes amigas.
Acho que só vi minha mãe duas vezes nesses cinco anos, mas como fui treinada para superar situações assim, eu acho que não ligo mais.
Descobri que estou sendo treinada para proteger todos. Meu ofício se chama espionagem. Porém, não é o que você pensa. Não serei aqueles espiões da CIA, ou FBI, sou diferente. Eu trabalho para os vampiros. E mais uma novidade. Também sou vampira. Sou metade humana metade vampira, assim como minha mãe. Acho que é herança genética. Mas como li num livro dos humanos, " academia de vampiros", que chega bem perto da realidade, minha mãe me teve com um vampiro puro. Não o conheço, obviamente, mas sei que herdei muitos traços dele. Susan o conhece. Mas sempre evita falar dele.
Eu estava indo em direção ao segundo maior prédio do campus, o salão de festividades. É lá que acontecem os bailes e formaturas. Eu estava indo para pegar meu diploma do primeiro ensino fundamental. E assinar um papel, para que seja oficial minha mudança de série e prédio.
Eu estava tão empolgada que acabei esbarrando em alguém.
- Ei, você ainda não aprendeu a voar, Jackson!
Eu nem precisava olhar para saber quem era. Era o Jason McCartney. Ele é meu melhor amigo desde o primeiro dia de aula. Eu me lembro exatamente do momento em que nos conhecemos...
Eu era aluna nova, e aquele era meu primeiro dia de aula. Eu estava muito assustada. Não conhecia ninguém.
- Bom classe - disse a Srta. Simil, minha primeira professora do campus- Quero que recebam nossa nova coleguinha, a senhorita Stephanie Sophye Jackson. Ela estará conosco a partir de agora.
Eu estava tão nervosa que quando dei meu primeiro passo para dentro da sala, caí em cima da minha bolsa e todos riram de mim. Eu estava muito apavorada.
- Vem, deixa que eu lhe ajudo. - disse um garotinho moreno de pele bem clarinha, como a minha, seus olhos eram azuis elétricos e ele era uns dois centímetros mais alto que eu. Eu tenho que admitir, ele era uma gracinha, aquele tipo que faz todas as garotinhas suspirarem. Mas eu não tinha tempo para isso, porque comecei a sentir uma dor aguda quando ia levantar.
- Espere, - disse o garoto - devagar. Tia Simil, ela está machucada, posso leva-lá para a enfermaria?
Eu não entendia o que ele dizia, mas a dor começou a aumentar.
- Sim, leve-a por favor, Sr. McCartney.
Ele pegou minha bolsa e a colou em mim. Me ajudou a levantar e ir para o corredor.
- Você vai ficar bem, senhorita Jackson. Só não tire a bolsa.
Ele disse isso tão sério, que cheguei a ficar com medo.
- O..o que aconteceu? - perguntei quase chorando.
- Sua chaveiro estava torto e você caiu em cima da ponta. Furou sua coxa. Mas você vai ficar bem, senhorita Jackson.
- É Sophye.
- Como?
- Me chame de Sophye.
- Ah! Prazer Sophye - ele estendeu a mão e eu a apertei em cumprimento. - Meu momento é Jason McCartney. Mas pode me chamar de Jason.
- O prazer é todo meu Jason. - Sorri.
Desde então, passamos a ser amigos.
- ha! ha! ha! Não tem a menor graça McCartney! - Rugi.
- Até mais pessoal - ele se despediu dos colegas que estavam com ele.
- Desculpa, Sophye. Sei que odeia ser chamada pelo sobrenome. Mas velhos habitantes nunca morrem.
- Será possível que até hoje nos encontramos desse jeito.
Respondi levantando.
- Hahaha! É a marca da nossa amizade, gata.
- Ora, ora, vejo que você quer quebrar seu nariz, Jase.
- Não pode esperar até depois do baile? É que eu pretendo beijar uma garota lá, e não queria suja-la com meu sangue.
- Está bem, eu não vou mesmo.
- Por que não? Não quer a companhia deste lindo rapaz?
O Jason não perdera suas belas feições. Tínhamos onze anos de idade, e ele já possuía uns músculos a mais. Seu cabelo castanhos escuro estava levemente bagunçado, e sua pequena franja insistia em cair aos olhos. Eu as tirei da frente de seus belos olhos azuis elétrico, dei um meio sorriso tristonho. Ele me abraçou.
- Vai ficar tudo bem, Sophye - ele sussurrou em meu ouvido - não vou deixar nada acontecer com você. Eu juro. Somos melhores Amigos, lembra?
- Jase, seu bobão fofo, não vai me fazer chorar, vai?
- Claro que vou - ele me soltei do abraço, passou um dos braços pelo meu pescoço e me encaminhou na direção do salão. - sua mãe virá e me baterá até que eu compense cada lágrima. Mas quer saber? Eu não ligo. Por você, minha amiga, eu vendo minha alma.
Ele disse isso nunca tom tão sério, que senti um calafrio percorrer minha espinha.
- Ei, não ouse fazer isso, me ouviu? Você pode até estar tentando me animar, Jase, mas sei que faria isso. Mas eu nunca me perdoaria.
- Ah! Não estraga o meu romantismo, Jackson.- agradeci pelo seu tom ter voltado a ser um pouco mais brincalhão como sempre - sei que faria o mesmo por mim.
Ele me fitou nos olhos. Ele parecia tão pensativo e profundo. Mas foi interrompido pelo sinal da diretora chamando todos para a cerimônia.
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Destino Estranho.
AvventuraStephanie Sophye Jackson tem uma vida turbulenta desde que se entende por gente. Ela é bastante dura, porém não é de ferro, tem seus pontos fracos. Ela sonha em com uma paz inexistente e se depara com pessoas escandalosas e traiçoeiras. Mas o que el...