XI

817 61 4
                                    

- Fico contente. E sua decisão foi muitíssimo sabia.

- Eu também cobrarei alguns favores. Mas, ainda que o Bolota possa me fazer favores, preciso ter seu número. Para casos extremos, sabe?

- Acredito que eu possa confiar em você, meu filho não se enganaria. - eu assinto em concordância - está bem. Aqui está.

Ele me entregou um cartão com seu nome, endereço e número de telefone.

- É bom negociar com você, James. Posso lhe chamar assim, né?

- Claro, Stephanie. - ele olhou para cima - Ah, já ia me esquecendo. Eu tenho um presente para você. Seu pai mandou lhe entregar. Assim como essa sua jaqueta.

Ele me entregou uma caixinha preta. Eu resolve abrir mais tarde.

- E este é meu.

Ele me entregou uma caixa vermelha sangue escrito " buon novembre ".

- É italiano.

- Como sabe?

- Conheço um pouco de italiano. Mas prefiro espanhol. Não que eu não goste de italiano, é que eu sei falar só o espanhol.

- Intrigante. A senhorita é muito misteriosa, Stephanie.

- Hã,  a minha mãe sabe?

- Não. Ela não precisa saber agora.

-  Concordo.

Jason e minha mãe entraram na sala com uma caixa preta cada um.

- Bom, - disse minha mãe - está ficando tarde e eu tenho que leva-los. Tudo bem?

- Claro, claro - disse James - não quero ninguém com problemas.

Ele piscou para mim. Eu revirei os olhos e fui à porta.

Quando chegamos lá, Bolota encostou no meu ombro.

- Mãe, vai indo com o Jase na frente que eu já alcanço vocês.

- Está...bem. mas ande logo.

Quando eles saíram eu me virei para o Bolota.

- Sim. Eu aceitei a proposta do seu pai.

- Bom. Mas eu também tenho uma. Quero que seja minha aliada também. Somos amigos, não? Quer dizer, sei que sou seu professor. Mas tenho vinte anos. Nada empede de eu ser seu amigo. Não é?

- Claro. Você já tem o meu respiro, Bolota. E pode ser. Sou sua aliada.

- Está bem. Boa noite, Sophye.

- Boa noite, Bolota.

Sai correndo e alcancei os dois.

- O que você foi fazer?

- Nada de importante. - dei de ombros - Até amanhã Jase. E boa noite mãe.

- Boa noite - responderam em uníssono.

Fui para o meu quarto. Coloquei um pijama e deitei na cama.

- O que será que eu farei com você? - eu estava segurando o cartão do James. - Bom. Acho que nada de ruim pode acontecer por hora.

Dito isto guardei o cartão e peguei minhas caixas.

- Vamos ver o que você me deu, James.

Abri a caixa e ... eram bombons italianos. Tinham de todos os sabores imagináveis e inimagináveis.

- Hmm...e você pai, o que me deu?

Quando eu ia abrir a caixa alguém bateu na porta. Xinguei baixo, e fui ver quem era.

- Oi, filha. Eu só passei para ver se está tudo bem.

- Bom, está sim.

- E também para trazer a Cleir para fazer uma visita à você.

- Cadê ela?

Então a Cleir aparece. Ela estava com  um vestido de outono e uma bota marrom claro.

- Oi, Sophye. Eu prometo que serei rápida.

- Está bem, entre.

- Eu vou esperar aqui fora. Ande logo Srat. Fleury.

- Okay.

Ela sentou em uma cadeira e eu em outra.

- o que houve?

Ela parecia inquieta.

- Já faz um tempo que eu ando querendo falar sobre isso. - ela estava enrolando demais, eu queria ver o que meu pai me deu.

- Anda logo. Eu não vou lhe morder. Eu juro.

- hahaha! Eu queria saber se você é o Jase estão juntos.

Nossa. Agora ela me pegou. Eu sabia da queda dele por ela, mas não sabia que era correspondida. Isso me incomodou. Não sei porquê.

- Não. Não estamos juntos. Era só isso?

- Sim. Obrigada! Tchau. Vou deixar você dormir.

Ela saiu saltitante. Mas eu não estava bem. Quando tive certeza que ninguém mais iria me incomodar, eu chorei. Chorei muito e adormeci.

Destino Estranho.Onde histórias criam vida. Descubra agora