XVI

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- Eu...nada. Minha mãe estava....estranha.

- Estranha?

- Não quero falar sobre isso.

- Ta. Vem assistir.

Dei mais um passo e caí. Quase me esborrachei no chão, se não fosse pelo rápido reflexo do Jack. Nos fitamos por uns instantes. Não fui capaz de interromper o olhar. Um turbilhão de sentimentos passaram por meu coração.

Então, ele me beijou. No início, o beijo era calmo e caloroso. Mas depois se tornou um pouco selvagem. Até que nos separamos em busca de ar.

- O...o que foi isso? - perguntei.

- Um pedido de namoro.

- Há quanto tempo somos amigos mesmo?

- Engraçadinha. Mas qual a resposta?

Dei um selinho nele.

- Só para confirmar. Isso foi um sim?

- Entenda como quiser.

-Ótimo. Vem, vam...

Acordei suando.

- Mas...

- Bom dia. Está melhor?

- O que aconteceu? - perguntei confusa. Não pode ter sido um sonho.

- Você desmaiou na recepção. Então lhe trouxe para cá. A enfermeira havia dito que estava sonhando, então foi embora.

Droga! Foi um sonho!

- O que houve?

- Nada.

- E, quem era no telefone? Sem querer ser intrometido.

- Desde quando se importa?

- Okay. Se não quer me falar...

- Foi minha mãe. Ela parecia mal. Não sei, tipo...muitíssimo doente. E nem posso ir vê-la.

- Fique calma. Que tal, ir à biblioteca?

- Acho melhor fazermos mais testes.

- Certo.

Então fomos para a biblioteca dele. Ele me mostrou muitos instrumentos de trabalho, e eu tive que escolher alguns. Ele sempre fazendo anotações. Durante a tarde toda percebi que ele as vezes me fitava, quando supostamente eu não estava vendo.

Eu não faço o tipo, envergonhada ou tímida. Quando tenho que falar falo e pronto. Sem rodeios.

Então, decidi falar com ele.

- Hey, Jack.

- Diga.

- O que sente por mim?

- Não entendi.

- Já faz um tempo que eu venho observando que você me fita quando não estou vendo. Então me diz logo.

- Eu...eu não sei direito. Se...- eu o interrompi com um beijo. Ele retribuiu. Quando acabou, eu disse:

- Agora sabe?

- Sei. - ele me puxou para outro beijo. Eu não o impedi.

Passamos o resto da tarde assistindo.

Os dias eram monótonos. Sempre fazendo mais testes, lendo e assistindo.

A diretora resolveu me falar que minha mãe estava muito doente e que eu não poderia vê-la. Disse que isso era parte do castigo. Que tipo de diretora ela é?! Que raiva!

Mas enfim chegou o dia em que os deuses iriam vir. E de manhã James passou  por lá.

Destino Estranho.Onde histórias criam vida. Descubra agora