X

1K 77 7
                                    

- Nossa! Aonde espera chegar comendo tudo isso, Sophye?! - disse Jason rindo.

- haha! É, acho que ela quer chegar no peso grande..hahahaha!

- Meus Deuses! Mas vocês adoram implicar, hein?! E Jase, de quem é que foi a ideia de comer? E Cleir, desde quando você pode falar do meu peso?

- Hahahaha! Não precisa morder, Sophye.

- É, - continuou Jason - não precisa ficar com ciúmes. Eu te amo, minha amiga. - E ele mandou um beijinho no ar.

- Manda mais um desses e você fica em coma durante três anos, senhor Jason! - eu não estava com raiva, mas precisava ameaçar. Afinal, eu tinha uma reputação à zelar.

Mas o problema era que eu não aguentei a risada. Acabamos que os três caíram na gargalhada igual à três tontos. Mas era bem divertido e ninguém iria falar nada, com medo de mim. Está aí, uma das vantagens de ter essa minha reputação.

Depois fomos para as aulas particulares. Eu cheguei atrasada na quadra, e um ser do tártaro quase me matou do coração. E antes que se pergunte o por quê de eu falar coisas do tipo " ser do tártaro " ou " Meus deuses!", é porque além de sermos vampiros, conhecemos um segredo que há muito a humanidade esqueceu. Os deuses olimpianos existem. Nos é ensinado desde pequenos que devemos respeita-los. E de tempos em tempos ele vêm à nossa escola para abençoa-la, dar missões aos alunos, manda-los para os acampamentos dos semideuses, e por vezes eles reclamam filhos vampiros. Só que isso não ocorre há quase um século.

Voltando ao ser do tártaro... esse ser, mais conhecido como minha mãe, quase me matou de susto e depois, quase me matou sufocada em um abraço muitíssimo apertado.

- Minha filha! - disse ela - Eu senti tanto a sua falta!

- É mesmo? - perguntei irônica - Claro, eu li nas cartas que você me mandou...espera! Você não mandou!

- Stephanie!

- Hahaha! Brincadeira! Também senti muito a sua falta, mãe! - disse eu rindo e apertando mais o abraço.

- Ei! Não precisa me esmagar, filha. Hahaha - a risada dela não era calorosa. Na verdade, era muito fria. Porém, era melhor que nada.

Estávamos indo ao meu dormitório, já que minhas aulas foram canceladas por três dias.

- O que veio fazer aqui, mãe?

Ela suspirou fundo antes de responder.

- Eu vim à trabalho. E hoje tive uma folga, então resolvi fazer uma surpresa para você.

- Gostei disso!

- Fico contente! - logo seu brilhante sorriso se foi. - Meu patrão é o James Eliot Willy Sam Santanes Gomes. Sabe quem ele é, não sabe? - eu assenti. Os Santanes Gomes eram a família mais importante da história dos vampiros. Depois da família real, é claro. Reza a lenda que eles foram a última família que teve um parente ilegítimo que era semideus.

- Bom, - continuou ela - ele disse que queria lhe conhecer. Lhe convidou para um jantar hoje à noite. Disse que você poderia levar um amigo, além de mim.

- Hã, acho que isso é uma coisa boa, não? - ela assentiu - Então, nós duas sabemos quem irei levar não? - e assentiu novamente. - Por que ele quer me conhecer?

- Ele ouviu falar do seu potencial. - eu, provavelmente estava com uma interrogação bem grande estampada na minha cara, pois ela deu uma leve risadinha. - O filho dele, Fhilipye Santanes Gomes, mais conhecido como senhor Scott, é seu professor de luta coletiva, lembra?

- Quer dizer que o bo.. hã.... Sr. Scott falou de mim para o pai?

- Sim. E pelo que parece, muito bem. Você gosta deste professor?

- Sim. Digamos que ele é o melhor professor desta escola, depois da Susan, é claro.

- Hahaha! - gargalhou - Bom saber! Hahaha! Pareceu que ele gosta muito de você também.

- Digamos que eu sou sempre o centro da aula- dei uma piscada para ela. - À que horas será esse jantar?

- Às e dezenove horas. Acho melhor você ir avisar seu amigo e ir se ajeitar, já são quinze horas.

Eu assenti e entrei correndo no prédio. Mas antes de alcançar as escadas minha mãe me parou.

- Eu posso acompanhá-la até o seu dormitório?

- Claro.

Subimos as escadas. Não que não tivessem elevadores, mas eu sempre gostei das escadas, elas me deixavam alerta. E minha mãe não recusou ir por elas.

Meu dormitório se localizava no último andar de um prédio de quatro andares. Por que ele ficava lá em cima? Oras, pois , digamos que para evitar fugas durante à noite. Hehehe.

Quando abri a porta, minha mãe arfou de surpresa.

- Nossa! É tudo tão...tão... - ela parecia maravilhada com meu quarto, o que me fez perguntar-me se na época que ela estudou aqui não tinham quartos assim.

- Tão?

- Tão organizado e bem decorado. - e suspirou orgulhosa. - Vejo que usa bem sua mesada.

Ela me deu um beijo na testa.
- É que as vezes fico sem nada para fazer, então enfeito uma coisa ou outra. - eu estava realmente surpresa com a reação dela. - Eu...eu tenho que ligar para o Jase, fica à vontade. Se quiser beber algo, tem um frigobar ali.

Eu peguei meu celular na gaveta de camisetas da minha penteadeira.

Ligação...

- Alô?

- Oi Jase!

- Oi Sophye, o que houve?

- Ah, você conhece os Santanes Gomes?

- Claro, por que?

- O James não sei das quantas quer que eu jante com ele, e deixou eu lhe chamar. Você quer ir comigo?

- Claro. À que horas?

- Dezenove.

- Okay, lhe encontro daqui uma hora.

- Okay.

Fim da ligação.....

- Então? - perguntou minha mãe, anciosa.

- Ele vai me encontrar daqui uma hora. - olhei para o relógio no criado-mudo. - O que eu visto?

- Bom, eu sugiro que não vá de vestido. O Sr. Santanes pode querer ver suas habilidades.

- Hmm...tem razão.

Entrei no mini closet. E peguei uma camiseta branca com detalhes pretos, uma causa jeans preta e separei minha jaqueta. Peguei minha bota de cano alto que vai até o joelho, tirei meu colar de caveira e coloquei junto da roupa, e peguei uma pulseira pandora com caverinhas.

- Eu vou me lavar, você pode ficar aqui...tem comida ali no frigobar e se quiser assitir o controle está ali.

- Pode ir, filha. Eu me viro.

Assento e fui. Lavei meu cabelo e depois de terminar o banho me troquei. Fui ao closet novamente e ajeitei o cabelo em um rabo de cavalo alto. Passei uma maquiagem leve, ( um batom vermelho escuro, um rímel preto e lápis preto), passei meu perfume e coloquei um brinco de pérolas pretas.

- Pronto

- Está muito linda!

- Obrigada, mas agora nós precisamos nos apressar, porque o Jase já deve estar tendo crias lá em baixo.

Destino Estranho.Onde histórias criam vida. Descubra agora