capítulo VII

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Depois daquele sábado... tão quente. Posso assim dizer. Comecei a olhar Camila de um jeito ainda mais diferente. Não é novidade se eu falar que me sinto atraída por ela, acontece que essa atração aumentou. Aumentou de um jeito que não achei que fosse possível.

Eu estava começando a ter sonhos com ela. Os quais me faziam acordar eufórica, com o coração batendo descompassadamente no peito e com a calcinha em um estado deplorável. E a porra da Vero ainda fica falando merdas em minha cabeça.

- Então está tendo sonhos eróticos com ela?! - Vero sorria maliciosa enquanto pegava uma batata e comia.

Saimos um pouco para espairecer. Decidimos dar uma volta no shopping, e estávamos comendo um lanche em uma das lanchonetes alí. Lucy não pôde vir com a gente.

- Não são sonhos eróticos. A gente só se beijava e dava alguns amassos nele. Nunca passava disso. - Falo logo após beber um pouco de meu café.

- Agarra essa mulher, Lauren. - Suspiro pesadamente.

- Eu não posso, Vero.

- Você disse que gosta dela. Então?

- Mas não é tão fácil. É confuso pra mim depois de anos está sentindo isso por uma criança.

- Ela não é uma criança. Pelo amor de Deus, não vai dizer na cara dela que ela é uma criança. Soará como ofensa.

- Como pode isso acontecer assim tão rápido? O que sinto pela Camila é tão intenso. Quando ela sorrir sem jeito, só aumenta o meu desejo de ter ela em meus braços, e enchê-la de beijos. - Suspiro. Vero aperta minhas mãos por cima da mesa.

- Viva esse amor, Lauren. O que tem demais? O fato dela ser uma garota? Ou dela ser muito mais jovem pra você? Desculpa, mas isso não é motivo para você achar errado, e não se dá a chance de viver essa oportunidade maravilhosa que a vida está lhe dando.

- Eu tenho medo, Vero.

- Medo dela não te corresponder?

- Não é isso. Tenho uma leve certeza que ela me quer tanto quanto eu à quero. Tenho medo do que virá depois. Não tenho mais idade para viver um romance de momento. E Camila é muito jovem. Ela ainda tem tantas pessoas para conhecer.

- Primeiro, pelo o que você me conta sobre como Camila é, e toda essa melação. Acho que ela não seria capaz.

- Não sabemos o dia de amanhã, Vero. Ela pode achar alguém mais novo, mais interessante.

- Por isso meu lema é: viva o hoje, porque se não amanhã pode ser tarde demais. Então agarra essa garota, e transa bastante com ela. - Vero fala um pouco mais alto, fazendo um casal que sentavam à mesa ao lado, nos fitar em repreendemento.

- Pelo amor de Deus, Vero. Que vergonha. Pensa duas vezes antes de aumentar a voz pra falar essas coisas. - Ela dá de ombros.

- Sua casa é enorme, podem fazer em cada cômodo. - Reviro meus olhos, dando atenção ao resto do meu café.

Assim que terminamos, decidimos dá uma última volta no shopping, antes de irmos embora. Uma loja de ursinhos de pelúcia me chamou atenção, me fazendo parar.

- Já está querendo dar presentes?! É um bom começo.

- Não. Não posso dá um ursinho para ela. Eu só achei fofo. - Suspiro. - Vamos embora. - Ía pra continuar meu caminho, mas Vero segura minha mão, me parando.

- Eu sei que está morrendo de vontade de dá à ela. - Ela me encara sugestivamente. Penso...

- Já que estamos aqui, vou comprar. Mas não irei lhe dá agora. Ainda preciso refletir muito.

A Melhor Amiga Da Minha Filha (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora