Pus devagar seu braço sobre meu ombro e o ajudei a levantar. Ele reclamava de muita dor, mais eu não podia fazer nada agora.- Pegue sua arma e a minha - avisou.
- Pra que? Nós não vamos mais usar. - eu espero.
- Pega logo cacete. - ordenou e eu bufei com jeito autoritário dele.
Peguei as duas armas no chão e dei pra ele por na sua cintura, eu não ia segurar aquilo de novo.
- Vamos rápido pela porta de emergência. - ele falou indicando a saída de emergência.
- Você tem a chave do seu carro ai? - perguntei assim que passamos pela porta.
- Acho que.. Porra, eu deixei lá encima.
Ótimo.
- Eu não acredito, por que você não pegou aquela merda? - falei irritada abrindo mais um porta para passarmos. - Como vamos agora? - olhei pro lado para encara-lo.
- Eu não me importei de pegar chave de carro na hora dos tiros - rebateu perdendo a paciência comigo.
Já estávamos na parte de trás da boate. Era um espaço grande e com pouca luz, tinha caixotes, e outras coisas que eu não sei dizer o que é. Olhei ao redor atrás de algo para que nos ajudasse, mais nada. Andamos até um cerca que dava para o beco atrás da boate.
- Será que tem alguém nesse beco pra nos ajudar?
- Tudo que você vai encontrar nesse beco é a ajuda de drogados. - riu sem humor e eu o encarei pasma.
Pedi pra ele se sustentar na cerca enquanto eu a abria.
- Vem - exclamei voltando a ajudar ele a andar.
O beco era escuro, o que iluminava era um único poste no final dele que dava para uma rua. Não tinha uma alma se quer pra nós ajudar, nem mesmo os drogados, só tinha aquelas caçambas de lixos enormes.
- Pra onde vai dar esse beco?
- Pra rua ao lado da boate.
-Então não podemos ir agora, pode ter policiais ainda lá. - avisei e ele riu pelo nariz.
- Mas é claro que ainda tem policiais. - falou como fosse óbvio.
- Então não vamos pra lá Justin. - parei de andar fazendo ele me encarar. - Eles vão nos ver e pegar a gente.
- E vamos ficar aqui? - não respondi. - Eles estão tudo dentro da boate, se tiver algum fora eu despisto.
- Nesse estado? - perguntei rindo e ele travou o maxilar. - Você nem consegue andar Justin.
- Quem disse? - tirou seu braço do meu ombro e se endireito pra ficar em pé e andou quase perfeitamente. - Vendo, eu consigo. - abriu um sorriso sacana.
- Então por que ficou se apoiando esse tempo todo em mim? - cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha.
Eu sabia que na verdade ele tava se matando pra ficar ali de pé.
- Você que pôs meu braço sobre o seu ombro e inventou de me ajudar, porque eu conseguia andar sim.
- E porque não me falou seu idiota? Me fez ti levar até aqui. - falei irritada.
- Digamos que não foi tão ruim ficar apoiado em você, seu decote era um bela visão de onde eu estava. - falou olhando pro meus seios e abriu um sorriso malicioso. Escondi o decote com minhas mãos e ele riu.
- Você é um otário. - falei brava passando por ele e fazendo questão de esbarra no seu braço. Só que dai eu tinha esquecido que ele estava totalmente machucado.
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[HIATUS] Why Try? | J.B |
Romance"Juntos somos o efeito montanha russa, altos e baixos, dando voltas e voltas no mundo. Por um minuto estávamos em cima, mais depois, estávamos caindo novamente. Tem sido difícil, antes estávamos felizes que não há brigas, não mais, agora não aguenta...