Umas 16:35, fui encontrar Mary no parquinho que ficava perto de sua casa, ela já estava lá, sentada no balancinho. Quando tínhamos 8 anos de idade, vínhamos todas as tardes para esse parquinho, ficávamos horas e horas nos balançando no balanço, que hoje está velho e enferrujado. Sentei no balancinho ao lado do dela. -Lembra quando vínhamos aqui brincar? -Perguntei olhando para o céu. Ela sorriu. -Sim, era tão bom não ter responsabilidades. Eramos felizes e não sabíamos, Skay. -Sim. -Falei sorrindo. Ficamos em silêncio por um tempo, olhando para o sol, que já estava sendo coberto pelas nuvens. -E então? Porque estava olhando fotos de Tedy ontem? -Mary perguntou, tirando os olhos do sol, e olhando para mim. -Não eram fotos. Você lembra do desenho que ele fez, quando nós...é...você sabe. -Falei corada. -sim, eu sei. -Mary falou sorrindo. -Então, ontem, depois do beijo do Nick, fiquei meio pensativa, deitei na cama e olhei para o teto, vi o desenho dele, e resolvi tirar de lá. Quando eu peguei, atrás havia um coração com uma frase "Siga em frente" e... -E você acha que isso quer dizer que é para você seguir em frente com Nick? -Mary perguntou. -Acha que é muita loucura minha? -Não, Skay, você gosta de Nick, eu sei disso porque cada vez que toco no nome dele, você sorri. -percebi que estava sorrindo mesmo. -E eu sei que ele gosta de você, e sei também que Tedy, jamais iria querer te ver assim, com medo de amar de novo. -Falou ela, continuando. -Eu sei. -Gosta dele, não é? -Mary perguntou. -Sim! Muito. -falei olhando para ela. -Então o que você está esperando para dizer isso à ele, Skay? -Coragem. -Isso você tem de sobra. - Falou ela, sorrindo. -Lembra quando matei o passarinho da fia Aurora? -Lembro. Você morreu de medo de ela te pegar. -Falei sorrindo. -E você foi lá, e encarou a fera, dizendo que foi acidente. -Ela falou segurando minha mão. Sorri. -Vai falar com ele. -Mary falou, dando uns tapinhas de leve em minha coxa, e se levantando para ir embora. -Te amo. -Gritei, quando ela já estava um pouco longe. -Eu também me amo. -gritou ela de volta. Sorri. E fiquei um tempo sentada, até que o sol se fosse por completo. Então levantei e fui para casa. No caminho, pensei em ir na casa de Nick, mas fiquei pouco com medo de ser recebida pela Nicole, mas se eu queria seguir com ele, tinham que enfrentar as barreiras, mesmo elas sendo uma menina metida de 17 anos. Apertei a campainha, e Nick abriu a porta. -Nick, eu queria me desculpar por ontem, eu realmente não sei o que está sentindo, nem você sabe o que eu estou sentindo, mas eu queria muito que nos descobríssemos isso juntos. Nick me abraçou forte, por um bom tempo. -Você nem imagina o quanto esperei por isso. -Ele falou ainda me abraçando. -Me desculpe Nick. -Falei. -Está tudo bem. Quando Nick soltou do abraço, nos beijamos. Ah! Como eu estava esperando por aquele beijo, aquele beijo que te faz esquecer tudo, aquele beijo que te acalma. Naquele momento percebi que realmente eu queria seguir em frente com Nick. Fomos para o quarto dele. -Nick, sabe que estamos no último ano da faculdade, e que querendo ou não, vamos nos separar, não sabe? -Skay, Já falei que não vou te deixar, então para de arrumar coisas para imaginar isso. -Nick falou tirando os óculos e me dando um beijo na testa. Nick sentou na cama, e ficamos nos olhando por um tempo, até que Nick começou a acaricia meu rosto, e nos beijamos novamente, Nick se deitou ao meu lado em sua cama. Eu só conhecia Nick à 7 meses, não sei se já estava na hora, mas aquilo estava tão bom, ele me beijava e acariciava meu corpo, apertava partes onde nem eu sabia que sentia prazer, ele beijava cada curva do meu corpo, como era bom, as mãos dele eram tão macias, que faziam cócegas, ao passarem pelo meu corpo.
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Naquele momento eu percebi que estava pronta para um novo relacionamento, percebi que podia amar e me entregar sem medo, uma pessoa que entrou do nada em minha vida, naquela noite, através daqueles toques e beijos, percebi que veio trazer o amor de novo para mim.
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Na manhã seguinte, Nick estava dormindo, lhe mandei uma mensagem dizendo que estava tudo bem, mas que precisava ir, ou meus pais ficariam preocupados, lhe dei um beijo, e saí. Quando estava quase saindo, Nicole me chamou. -A noite foi boa, gata? -Perguntou ela com uma voz maliciosa. -Foi sim, se é que me entende. -Falei piscando para ela, e sai rapidamente, antes que meu subconsciente me fizesse voltar, e pedir desculpas.
