War Zone - Fear The Walking Dead ( Season 2) || Lexark||Completa✔

Capitulo 11

Benjamin recebia olhares confusos de todos ao passar as pressas com Elyza desacordada em seus braços. O rapaz acompanhado de Alicia empurrou a porta da enfermaria recebendo olhares de Samara,Diana e Haley que ali estava para desenvolver suas pesquisas. Ben colocou a loira sobre a a cama e ofegante implorou para que a salvassem.

Diana não perdeu tempo em rasgar a camisa da filha e se assustar com o sangue saindo sem parar. Samara e Haley estavam a todo momento ajudando a mulher,Alicia em seu canto junto de Benjamin aflitos assistiam tudo em pensamento pedindo que nada ficasse complicado ainda mais.

— Estancar o sangue. — Diana bradou correndo de um lado para o outro. Samara começou a sua tarefa em salvá-la. Diana segurou o rosto pálido da loira. — Você precisa lutar,não posso te perder.

Braços cruzados,pés batendo de forma nervosa no chão. Alicia não queria se desesperar,as palavras da confissão ainda ecoam na sua cabeça "Eu te amo flor." aquilo parecia ecoar ainda mais e mais. A morena com lágrimas nos olhos os fechou desejando que sua loira saia dessa para poder dizer de volta.

Horas depois. Benjamin e Alicia foram para o lado de fora para aguardar notícias,alguns curiosos chegavam até o rapaz lhe perguntando o que acontecera e a resposta era sempre a mesma "Ato de um doente." Steven,Nick e Louise se juntou aos dois que estavam a espera.

As feições eram aflitas, as mãos batiam uma na outra em forma de nervosismo. Perder a superior seria um baque para todo o acampamento,Benjamin,Steven e Louise conviveram o bastante com Elyza sabendo de força para lutar e sempre os manter bem,Benjamin as vezes não obedecia uma ordem mais isso é algo de sua natureza.

Samara saiu para fora com as mãos ensangüentadas. O olhar do pequeno grupo apreensivo parou na mulher,ela notou o nervosismo em ambos.

— Conseguimos estancar o sangue,fizemos tudo ao nosso alcance. — Benjamin levou a mão no rosto e suspirou, déjà vu do que aconteceu com Dichen. — A febre está alta e iremos trabalhar para cessar….

— Não vou ouvir isso novamente. — O rapaz bradou olhando para a mulher. — Você usou as mesmas palavras com Dichen,lembra? Ela está morta Samara, não é mais fácil dizer que Elyza ficará naquela cama por semanas e teremos que matá-la para não virar um andante?

As veias do pescoço saltaram diante das palavras sem intervalo de Benjamin,o rapaz não quer ter que achar outro alguém para comandar o acampamento.

— Tem razão a história está se repetindo Scott. — Confirmou deixando Alicia mais assustada. — Porém uma saída temos.

— Que saída? — Perguntou Alicia confusa.

— Diana e Haley desenvolveram uma cura. — O coração de todos aqueceu diante daquela informação. — Iremos testar em Elyza.

— Testar? — Nick tomou a frente de todos. — Não foi testado?

— Não rapaz,Diana e Haley não testaram em ninguém até por que isso não era possível. A única coisa que peço é paciência e…. também para o pior.

De um lado para o outro Christopher andava,os olhos cheios dágua,mãos trêmulas a adrenalina ainda estava em seu corpo. O engraçado é que o garoto não sentia-se realizado com o ato,ele ainda permanece inquieto, peito carregado de algo não explicável. O escuro local no qual se encontra,no canto solitário ele sentou, com o queixo nos joelhos passou a observar o piso branco.

A porta foi aberta. Seu pai adentrou o lugar escoltado por algum motivo,os olhos de Chris travaram nos do pai ele realmente examinou o rosto do homem e notou a decepção estampada. Travis sempre fora transparente aos olhos filho,e todo sentimento de tristeza,felicidade,mágoa era visto por ele e ali não foi diferente.

Um vulto tão rápido passou por Travis. Uma Alicia ofegante parou diante de Chris o obrigando a ficar de pé, sustentaram olhares,ele com um olhar baixo e triste,ela com a fúria estampada até na respiração acelerada. Alicia deu o primeiro soco o derrubando no chão e sem esperar avançou contra ele deferindo tantos outros,as lágrimas dela caíam a cada golpe,sim ela queria machucá-lo pois isso de alguma forma iria amenizar algo.

Chris tentava se desvencilhar da fúria da menina. Alicia foi logo puxada por Benjamin,Christopher com o rosto machucado olhou para seu pai que ali ficou parado vendo ação de sua enteada e nenhum momento pensou em interromper.

— Por uma maluquice sua ela está naquela cama lutando para viver. — A morena tentava se desvencilhar dos braços de Benjamin. — Sua mãe teria nojo de você garoto,ela morreu por você para não ter que vê-la como um monstro e você? Carregou a imagem daquela morte até agora decidindo se vingar.

— Você não entende.

— NÃO? — Gritou tentando mais uma vez se soltar de Benjamin. — Entender eu entendo Chris, ela matou meu pai e eu fiquei remoendo mais não a ponto de matá-la. Eu a perdoei. — Sua voz falhou. — Eu perdoei pois vivemos nesse maldito mundo onde temos que nos unir.

— Vamos sair daqui. — Ben puxou a garota em direção a porta.

— O que irá acontecer com ele? — Travis perguntou a Chad que na porta ficou de guarda.

— Se Elyza sair dessa ela decide,agora se ela morrer eu aconselho a você se despedir dele.

— Irão matá-lo?

— Não. — O rapaz sorriu. — Ele será expulso do acampamento e viverá por si só lá fora,convenhamos que sobreviver do portão para fora é algo difícil.

Travis deu uma última olhada em Chris, envergonhado o rapaz virou o rosto ferido para outro lado. Travis suspirou deixando a sala e com o coração partido marchou de volta para Madison.

Alicia empurrou a porta se deparando com Diana acariciando o rosto de Elyza. A morena passou a caminhar lentamente até a cama,Diana sorriu fraco para Alicia e voltou a fazer carinho na filha. A morena puxou um banco ficando perto da cama de Elyza,puxou a mão machucada de Lex acariciando e recordando-se dos socos que ela deu em Chris.

O silêncio pairou no quarto,a loira se mexeu abrindo os olhos e ainda fraca deu o seu melhor sorriso para Alicia. Sentiu o calor da mão da flor junto a sua,a dificuldade em manter os olhos parcialmente abertos deixou Alicia agoniada.

— Flor…. — Diana olhou para as duas garotas em seus mundos particulares,deixou a sala para as duas. — Dói …

— Não fale muito. — Pediu beijando a mão de Elyza. — Você ainda está fraquinha.

— Sabe muito bem que não irei sobreviver. — A fraca menina disse. — Não consigo respirar bem.

Se queixou fazendo careta. Alicia ajeitou a postura da loira,acariciou seu rosto e sorriu juntando seus lábios nos dela agora secos.

— Preciso te falar algo. — Sussurrou a morena olhando nos azuis de Elyza. — Eu também te amo

A loira sorriu.

— E Chris? — Questionou fraca.

— Irá ser julgado quando você se recuperar.

— Talvez eu não me recupere. — Alicia beijou a testa da loira.

Os olhos de Elyza fecharam-se com a fraqueza. Com um lenço, Alicia passou sobre a testa da loira secando o suor. Diana se aproximou da cama colocando a mão sobre a testa de sua filha e suspirou cansada.

— Essa febre só aumenta. — A mulher derrotada sentou-se no banco.

— Por que ainda não aplicou a tal cura que você inventou?

— Precisamos esperar o ferimento dar sinal de infecção ou não. A infecção em si é o primeiro passo para a transformação.

— Qual a garantia?

Diana observou a feição pálida da filha adormecida.

— Não posso garantir,mais o risco é grande ela será nossa primeira cobaia.

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