-Para com isso seu panaca! - Rube gritou alto. Muito alto. Os corredores do armazém por sorte não estavam muito cheios então apenas o "cara se sempre" que fica me encarando ouviu a reclamação e viu o dedo do meio de Rube erguido pra ele - NÃO OLHE PARA NOSSAS BUNDAS! - Gritou mais alto e o cara parou de olhar para nós e fingiu organizar bebidas na prateleira. Rube riu empurrando o carrinho cheio de garrafas. - Ele não vai mais encher você.
Revirei os olhos e peguei duas garrafas de vinho branco -o predileto do George que fazem parte da lista - e coloquei cuidadosamente sobre as outras garrafas.
- Sua mãe ainda está doente? - Rube mudou de assunto enquanto íamos para o caixa.
- Ela parou de agir como se o meu pai fosse entrar pela porta da frente - Respondi abrindo um pequeno sorriso para Lizbeth, a garota do caixa. - Liguei pro Dr. Miguel e ele disse que não entende como ela dá um passo pra frente e depois corre para trás. - Soltei a respiração exasperada - Ou ela não se esforça ou , minha mãe enlouqueceu de vez.
-Que droga. - Rube tirou um cigarro do bolso e enfiou na minha boca - Fuma aí, vai te fazer relaxar.
- Me da o isqueiro. - Ela mesma acendeu o cigarro e traguei levemente.
- A StrikeOver que vai tocar lá hoje né?- Lizbeth disse enquanto passava as garrafas.
- É. - Confirmei soltando a fumaça - Conheçe eles?
- O vocalista é meu amigo.
- Huh, amigo mesmo ? - Rube provocou erguendo as sobrancelhas - Não quero transar com ele e depois ser odiada por você.
Lizbeth riu meio incrédula.
- Ele é quase da minha família, bem, ele é... Irmão adotivo. - Explicou. - E , ele tem namorada Rube duvido que ele a deixe ou muito menos ignore as outras que ele tem só pra transar com você.
Olhei para Rube que encarava Lizbeth como se ela fosse o almoço.
Traguei esperando o retrucar fantástico da minha amiga mas ela só olhava para Lizbeth que a ignorava enquanto passava as garrafas concentrada nos bips da registradora.- Fazia parte da alucinação da sua mãe ou ela estava certa quando comentou que um professor esteve lá ontem?
Rube não retrucou.
Franzi o cenho tragando forte e soltei a fumaça pelo nariz.- Esteve.
- Quem?
- O Sr. Gunner.
- Porque?
- Nada demais.
-Fez alguma coisa errada?
- Não.
- O que não está me contando?
Dei de ombros.
Ele pediu para eu não contar e se caso a Rube soubesse o resto do planeta terra , saberia.Rube cerrou os olhos feito um gavião.
- O quê não está me contando e por quê? - Repetiu, ameaçadora.
- Eu o conheçi na boate outro dia. - Não era mentira. - E aí, ele foi lá em casa me pedir pra ficar calada, tipo, eu não vejo problema em ter visto meu professor bebendo na Passenger - Dei de ombros. Mentir usando o corpo é fácil. - E então ele logo foi embora.
- Ah. - Ela aceitou a explicação - Então ele bebe?
- Bebe. - E tem atos meio suicidas quando é abandonado por noivas. Segurei o riso. Ele tinha razão, fazer piada com isso é quase automático!
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Sem Título
RomanceLydia Watson é apenas mais uma garota comum, talvez com alguns problemas a mais que a maioria das pessoas em geral mas de todo, tem uma vida regular. Sem o pai e sozinha guiando a mãe depressiva ela se vê diante de muitas situações difíceis ... T...