Um mês, trinta dias, setecentas e vinte horas, quarenta e três mil e duzentos minutos. Esse é o tempo exato que comecei a receber visitas. Depois da primeira noite com Naruto, ainda tivemos mais três, ele insistia para Lady Tsunade que eu ainda não estava preparada. Porém, o que todo mundo achava realmente era que ele estava gostando de me fuder e não pensava em parar tão cedo. Na quinta noite Lady o arrastou quarto a fora e me avisou que eu já começaria a atender.
Lembro como se fosse hoje, o meu primeiro cliente oficial, Sr. Hatake um homem já feito, grisalho de olhos escuros, não era nenhum exemplo de modelo de cuecas, mas era um homem bonito. Seu pênis era um pouco menor que o de Naruto, então não me fez sentir dor, o que eu agradeci. Não era um homem repugnante e me tratou muito bem por sinal. Ótimo Sakura, primeira experiência positiva. A primeira noite atendi três engravatados.
No dia seguinte fui surpreendida pelo mesmo cliente, no mesmo horário. Depois de uma hora e trinte e sete minutos Kakashi Hatake deixou meu quarto e pelo que entendi pretendia voltar mais vezes para a minha cama. Mais três clientes. Mais três noites. Assim se passou meu primeiro mês, atendi todo tipo de homem, velhos que não conseguiam mais transar e insistiam em ser estimulados para ver se algo acontecia, homens muito bem resolvidos quanto a sua opção sexual e outros nem tanto, houve também os que tinham uma carreira brilhante mas eram frustrados sentimentalmente, alguns desses pagaram uma pequena fortuna para ficarem conversando, ouvindo concelhos e opinião sobre a vida medíocre deles. Também levei açoites, tapas, fui enforcada e literalmente fodida. Não sei que porra de fetiche é esse que os homens tem de demonstrar superioridade e fazer a mulher de submissa. Tenho certeza que esses procuravam o hotel porque a mulher em casa não aceitava esse tipo de coisa.
Parando para pensar, esse não é pior dos empregos, tirando os homens nojentos, com fetiches estranhos. Eu ganho muito bem e pelo menos dois dos meus clientes diários são magnatas gostosos, esses eu me permito sentir prazer. Afinal, que mulher não sentiria prazer em ter um executivo musculoso e com traços lindos tirando o seu terno para ela.
- Angel, preciso de você. - Karin entrou sem bater e me parecia furiosa. Me olhou da cabeça aos pés. Eu estava acabando de colocar meu vestido branco, um dos que eu já tinha comprado para usar no hotel. Peguei os brincos e a segui.
- O que aconteceu Karin?
- Um dos meus clientes fez um pedido e Lady mandou te chamar.
Quando o elevador subiu dois andares sabia onde estava indo, era o quarto da ruiva furiosa em minha frente, ao chegar na porta ela se virou pra mim. - Olha, só faça o que eu mandar ok? E não chegue perto dele. - Apenas dei sinal positivo e ela abriu a porta.
Não sei o que aconteceu comigo, mas ver aquele homem em pé desabotoando a manga da camisa social fez meu coração acelerar. Nem em todos os meus sonhos mais pervertidos ou inocentes conseguiria imaginar algo tão perfeito quanto aquilo. Sua pele branca fazia um contraste perfeito com a cor de seus olhos e cabelo. Depois que seus olhos encontraram os meus agi no automático. Karin não parecia satisfeita com a situação. Ele era o típico dominante, o macho alfa. Escutei vários de seus comandos a Karin, ele ainda não tinha dirigido a palavra a mim. Ele parecia ser dois ou três anos mais velho que eu, uma novidade para mim, já que a maioria dos clientes aparentavam seus quarenta anos, e media provavelmente uns dois metros de altura. O que me fazia sentir uma anã com meus um e sessenta, mesmo com salto treze.
- Qual é o seu nome? - Sua voz me despertou e só então percebi que ele estava a centímetros. Abri a boca para lhe responder, minha voz fez a sonorização do S. Eu estava tão hipnotizada que falaria até o nome dos meus avós para ele.
- Angel, o nome dela é Angel. - Karin me interrompeu.
- Calada Karin. - Ele vociferou e só então percebi que ele a chamou pelo seu nome verdadeiro. Então entendi o humor de Karin, o porque dela me pedir distancia e o ódio em seus olhos. Ele passou a mão em meu rosto. - Bem que é o que se parece. Um anjo. - Ele se inclinou e me beijou, eu nunca me imaginei estar no local que eu deveria estar. Mas incrivelmente era assim que eu me sentia. O seu beijo me completou, tudo ali se encaixava. Sua língua, suas mãos, seus movimentos, os sons que insistiam em soar como gemidos em nossas bocas.
Quando finalmente despertei daquele momento percebi o que estava acontecendo, o senhor perfeito era um pervertido e estava atrás de um menage. Ele tinha me deitado na cama ao lado de Karin que já estava nua e se masturbava olhando o moreno em minha frente tirando a roupa. Pude sentir meu rosto queimar e o olhar curioso do homem sobre mim.
- Ela é nova, nunca fez isso. Esse é o único motivo dela estar aqui. - Karin tratou de explicar a minha situação e deixar claro o quanto estava puta da vida com a minha presença.
O sorriso em seu rosto se alargou. Ele, vestindo somente a cueca, se sentou na poltrona. - Isso deixa as coisas mais interessantes. Podem começar. - "Filho da puta." Antes que eu pudesse protestar Karin puxou meu rosto e me beijou. Eu bem que tentei me teletransportar para o meu mundinho de conto de fadas, mas cadê a música para ajudar, e cadê a vontade. Bem no fundo eu queria estar bem sã do que estava acontecendo, e estava ansiosa para senti-lo. Então o que eu fiz foi retribuir o beijo de Karin.
Estávamos de joelhos na cama, nossas línguas se cruzavam a todo instante, ela desceu suas mãos até as minhas coxas, com um aperto acabei gemendo em sua boca, enquanto subia o vestido acariciava meu corpo, interrompemos o contato somente para a passagem do vestido pela minha cabeça. Eu não estava totalmente confortável com o que estava acontecendo, não cheguei a pensar que passaria por um menage tão cedo e logo com ela. Eu só conseguia colocar minhas mãos em seus cabelos, enquanto ela apertava minha bunda e massageava meus seios.
Ela abandonou minha boca e desceu seus lábios até meu seio direito. Pude ver o moreno se encaixar por trás de Karin quando ela soltou um grito e mordeu meu peito. Ele estava penetrando-a, suas mãos estavam fincadas em sua cintura. Karin gemia enquanto passava a língua pelo meu mamilo. Suas mãos me forçaram a deitar na cama ate sua boca chegar na barra da minha calcinha e em poucos segundos eu estava totalmente nua. Senti sua língua passar em meu clítoris. Meus gemidos se misturavam aos de Karin e ao som que o impacto de seus corpos se chocando faziam. Karin fazia círculos com sua língua e eu estava a ponto de gozar. Eu não questionaria minha opção sexual, sei exatamente do que gosto mas, parecia que ela sabia perfeitamente onde, como e com que pressão usar a língua. O que Naruto levou tempo para fazer, ela fez em poucos minutos. Eu não aguentei mais, minhas pernas estavam moles e choques faziam todo meu corpo tremer e gozei. O moreno deitou ao meu lado, Karin usava suas mãos e boca para masturbá-lo, ele me virou e me beijou, um beijo lento. Depois que ele mordeu meu lábio inferior cessando nosso contato eu passei uma de minhas pernas ao redor de seu corpo, obrigando Karin a parar com o que estava fazendo. Eu peguei seu membro e o direcionei a minha entrada, desci devagar e comecei a me movimentar em cima dele, nós gemíamos juntos e ele soltava alguns palavrões. A sensação foi indescritível, nos primeiros movimentos achei que fosse gozar. Depois de ter minhas pernas doendo e de ficar um pouco incomodada por Karin estar beijando-o sai daquela posição e usei a minha boca para lhe dar prazer, aquele olhar e sorriso safado me instigava a querer lhe dar todo o prazer do mundo, logo Karin se juntou a mim e ficamos ali algum tempo até ele gozar.
Eu me levantei e fui tomar um banho rápido, quando sai para me vestir Karin já estava estimulando o moreno novamente. Peguei meu vestido e não encontrei minha calcinha, estava sob o olhar atento do homem deitado. Sai do quarto o mais rápido possível, aquilo tinha sido bem estranho, estranhamente bom. Mas não gostaria de enfrentar uma situação parecida tão cedo.
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Entre Irmãos
Romance[EM REVISÃO] Sakura sempre foi a típica garota que sonhava com seu próprio conto de fadas. Desde os seus dez anos desejava sua tão esperada festa dos dezesseis. Com um longo vestido de gala, regado a pedrarias e sua saia rodada, pista de dança e um...