XXVI

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-Sasuke. - Sussurrei ainda apoiada ao ombro de Itachi, enquanto Sasuke trancava a portaatrás de si. Itachi se virou.


-Otouto...


-Não me chame assimItachi, não tem razão para me chamar assim. -O silêncio seinstalou no quarto. -Então Sakura, se divertiu o bastante? - Eledava passos lentos de um lado a outro. Me levantei e fui em suadireção.


-Do que está falando?- Segurei em seu braço e o fiz parar e olhar para mim.


-Perguntei se você sedivertiu bastante tendo os dois ao mesmo tempo. - Ele desviou seuolhar até o irmão. - Você sabia? - Itachi não respondeu. - Ótimo,você sabia. Até quando me faria de idiota Sakura? - Eu abria aboca, mas não saia nada. Ele apertou sua mão em minha bochecha.-Estou esperando uma resposta, caralho!


Sasuke me empurrou devolta na cama, ele andava de um lado a outro praguejando, estavaincontrolável, Itachi tentou argumentar mas ele o mandou calar aboca.


-Eu te amei. - Elefalava baixo. - Eu te amei, foi a única. Sabe quantos planos fiz pranós dois? Eu nunca tinha feito nada disso, eu nunca tinha sentidonada disso Sakura! - Ele me puxou pelo braço e me pôs em sua frente.


-Sasuke. - Itachi seaproximou, e algo reluziu e fez com que Itachi se afastasse. - Nãofaça besteiras meu irmão.


-Me deixe achar quenão está aqui Itachi, pelo menos por hora. - E voltou sua atençãoa mim. - Há quanto tempo está fazendo isso comigo? Responde, peloamor de Deus, Sakura.


-Eu te amo Sasuke. -minha voz saiu embargada. - Eu te amo, mas também amo Itachi. Tudoaconteceu muito rápido até chegarmos onde estamos agora.


-Foi bom para você?


-Não...


-Seja sincera comigo,Sakura. Não cabe mais mentiras entre nós.


-Sim. - Foi umsussurro.


-O que você sentiucom tudo isso?


-Me senti...completa.


-Você é tão doentequanto eu. Sabe disso, não sabe? Tirava sarro dos meus gostos, seassustou com o ciúmes e o quanto eu era possessivo. Manipulador, foido que me chamou uma vez. Se tem alguém que sabe como manipular aspessoas nesse quarto não sou eu, Sakura.


-Tudo bem, pode mechamar de doente Sasuke, mas eu não sei mais o que fazer. Tentei meafastar e nenhum dos dois me deu espaço, tentei tirar todos essespensamentos ridículos sobre vocês, mas a qualquer lugar que eu iaum dos dois aparecia e me atormentava. Eu os amo tanto que não cabeem meu peito, não sei viver sem isso mais. Eu não consigo mais.Sabe esse sentimento louco que sente por mim? Eu sinto o mesmo, pelosdois. Poderia morrer por vocês.


-Sakura não falebesteiras, por favor. -Itachi se mantinha distante, em pé ao lado dacama.


-Ja mandei calar aboca, Itachi. -Sasuke acariciou meu rosto. - Eu tento, mas nãoentendo.


-Porque não me deixate ajudar a entender o que eu sinto, o que eu quero?


Os olhos de Sasukeestavam presos aos meus, passei as mãos pelo seu rosto. Desci atéseus ombros e delizei seu paletó em seus braços. Ao cair no chãoum barulho chamou atenção, mas voltei a olhá-lo e comecei adesabotoar sua camisa de linho em tom claro. Enquanto tirava suacamisa, o beijei. Empurrei o tecido para longe, senti as mãos deItachi em minha cintura subindo minha blusa, interrompemos o beijopara a passagem da blusa. Sasuke olhou em direção a Itachi, porémcapturei seus lábios novamente.


-Esquece tudo...hojeseremos apenas nós três.

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