Entre Irmãos

XXIII

Eu estava nua de bruços na minha cama, pelo quarto as nossas roupas, e como eu estava me sentindo? Ao meu ver, finalmente estava completa. Acho que meia dúzia de palavões serviam para me descrever agora, não que eu já não estivesse acostumada a isso. Escutava uma vez ou outra com alguns clientes, mas escutar e se autointitular são coisas diferentes. Era isso que eu estava fazendo no momento, e eu estava gostando.

Passei horas levando tapas e investidas violentas com Sasuke, e agora estava sendo totalmente endeusada por Itachi. Era como ter em minhas mãos os dois opostos que tanto me faziam bem, ser uma princesa amorosa para um e uma submissa desobediente que o fazia apenas para arcar com as consequências para outro.

Acho que Karin, Ino e qualquer outra garota desse universo daria tudo para estar em meu lugar nesse momento, Itachi descia seus beijos em minhas costas, seu toque era leve e carinhoso. Como se eu fosse quebrar a qualquer momento. Sentia seu membro roçar em minhas pernas vez ou outra, e como os Uchihas eram abençoados. Seria muito cinismo agradecer aos céus pela situação? Como seria ter os dois em um mesmo momento? Acho que não aguentaria tanto de uma vez só. Ou devo estar tão monstruosa que o pensamento me fez molhar ainda mais o meio das minhas pernas.

Quem eu era? O que havia me tornado? Me apego a lembrança de uma jovem apaixonada e boba pelo homem que lambia meu clítoris naquele momento. Amava passar horas deitada em seu peito falando bobagens, mas agora não me sentia mais tão feliz assim, algo me faltava. O que a mágoa faz com uma alma? Um coração partido, sem saída. Não os via mais como dois. Meu coração idiota ainda acelerava na presença deles, mas queria mesmo era fazer um mix e criar apenas um para estar ali comigo, para sempre. Agora os via apenas como um, e só me serviria se fosse assim.

Itachi passeava com a língua entre meu clítoris e meu anus, no segundo dando uma atenção especial, eu já sabia o que ele queria e gostava daquilo. Não havia ninguém melhor do que ele para fazer aquilo, seria prazeroso e carinhoso, devagar e tranquilo, sem dor, apenas prazer.

Voltou a beijar minha bunda, minha lombar e minhas costas. Afastou os cabelos de meu rosto tomando toda minha atenção, meus pensamentos voaram no momento em que olhei em seus olhos. Me penetrou duas vezes para deixar seu membro mais lubrificado, e enquanto beijava meu pescoço forçou sua glande em meu anus. Entrou e ele me beijou, deixando-me acostumar com aquela sensação, começou suas investidas calmas, a cada uma delas se aprofundava um pouco mais. Eu gemia em sua boca, sentia seu peito movimentar em minhas costas, manter os olhos abertos para olhar nos seus era praticamente impossível. Aquele frisson me deixava extasiada. Entre meus gemidos manhosos pedia por mais.

Itachi me penetrava lento, gemia comigo. Passou a mão por todo meu corpo, até chegar em minhas nádegas, com um pouco mais de força que usava normalmente fez um movimento que parecia abrir ainda mais o local dando-o mais espaço para penetrar. Pude sentir todo seu membro, e até suas bolas chocarem em minha vagina molhada. O que me fez gemer mais alto, enquanto se apoiava com uma mão ao lado do meu tronco, a outra abandonou minha nádega direita e desceu por baixo do meu corpo, tocando meu clítoris e começou a me masturbar.

Nem preciso dizer que com isso cheguei ao meu primeiro orgasmo, depois dos poucos segundos que durou eu me sentia ainda mais sensível ao seu toque e as penetrações, queria mais. Comecei a empurra meu corpo em direção ao dele, ouvi-lo gemer meu nome me fez ansiar ainda mais por tudo aquilo. E fazia cada vez mais forte, ele vinha lento e eu empurrava com força. Não aguentei e forcei minha posição. Agora eu estava de quatro.

Ele se posicionou e segurou em minha cintura, as investidas ainda lentas, mas ainda assim fortes e torturantes. Itachi gostava de me chamar, de se declarar e me acarinhar enquanto me fodia. Meus lábios carregavam um leve sorriso com aquilo. Acariciou minha bunda e minhas costas, até descer a mão para o meu clítoris novamente. Em todos os lugares que me tocava sentia formigar, onde ele me penetrava, sua mão em minha cintura, seus dedos em meu clítoris e vagina. Depois do terceiro orgasmo naquela mesma posição e o sentir gozar em mim, cai exausta na cama.

-Não pode contar sobre isso a ele. - disse ele depois de alguns minutos em silencio, acariciando meu cabelo.

-Acha justo?

- Não que ache justo, mas...só não sei como reagiria. Sasuke tem um genio muito forte.

-Caramba, quando tudo isso começou? Sinto que ainda estou perdida.

-Foi a Karin. - depois de muito tempo Itachi soltou a frase, o que pareceu acender algo dentro de mim, porque lá estava eu com os olhos arregalados e o coração acelerado.

-O que?

-Hinata me falou que Karin contratou alguém para segui-los, e então alguns dias antes de voltar me enviou as fotos. Ela queria te afastar dele.

-Mas que filha da puta. - Me levantei, andava de um lado ao outro. - Eu vou matar essa...

-Sakura!

-Nada de Sakura, Itachi! Tudo que está acontecendo agora é por culpa dela. Aquela desgraçada. -Fui em direção a porta, mas Itachi me agarrou antes que pudesse abri-la.

-Sakura, você não pode sair pelo hotel fazendo esse tipo de coisa. Se acalma, e está pelada. Vá se vestir e deixe Karin pra lá, por hora já resolvemos nosso problema.

-É tem razão não posso. - fui até as roupas dele e peguei seu celular e o entreguei. - Vai ligar para Tsunade e marcar um horário com ela. Eu não quero interrupções.