Capítulo 10 - Esquecimento

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Há seis meses Sasori havia partido de Konoha. Aos poucos, o professor havia retomado sua vida do ponto em que tinha parado em Suna. Cada dia mais sufocado pelo trabalho em excesso, cada dia mais preocupado com a frágil saúde de sua vó e cada vez mais distante de Sakura. A lembrança antes frequente, agora só invadia sua mente em noites de desespero. Ele não havia beijado nenhuma outra mulher depois de Sakura. Aquilo estava deixando o ruivo enlouquecido. Deidara já havia alertado o ruivo que ele precisava de uma garota, mesmo que fosse para uma única noite, mas Sasori resistia. Ele era romântico. Pior, havia se tornado mais romântico do que era antes por causa da rosada dona da loja de discos.

No entanto, naquela noite vazia e solitária, após seis meses sem beijos ou sexo, Sasori se entregou ao desejo. Estava num bar jogando conversa fora com Deidara e Ino, quando Shion apareceu como uma deusa e lhe chamou para conversar a sós, num cantinho meio escuro da rua. Papo vem, papo vai. Um sorriso ou dois depois e lá estava Sasori imprensando a loira numa parede. Ela se deixou levar de bom grado. Ainda o amava. No entanto, Sasori tinha plena consciência de que estava usando aquela mulher apenas para se satisfazer. Era errado, mas ele não conseguia parar.

Depois de uma chuva de amassos calientes, Sasori desprendeu-se do tesão que sentia e se freou. Antes que num novo impulso recomeçasse a troca de carinhos com sua ex-namorada.

— Acho melhor a gente parar. – Disse quase sem fôlego.

— Melhor darmos continuidade a isso na minha casa. – Falou Shion determinada e Sasori balançou a cabeça em sinal negativo.

— Isso não tá certo. Eu estou te usando. – Admitiu o ruivo, mas Shion não se incomodou.

— Eu não me importo. Vem. – Concluiu, tomou a mão de Sasori e o tirou dali sem grandes esforços e sem deixá-lo dar nem um até logo a seus amigos.

Quando chegaram à casa da moça, Shion tratou de se livrar de suas roupas e voltar a beijar Sasori com intensidade. Não queria perder tempo, não queria dá-lo a oportunidade de refletir sobre seus atos. Definitivamente, o clima havia esquentado. Só que enquanto transavam, Sasori cometeu um erro: chamou Shion de Sakura.

— Quem é Sakura?

Shion parou o que estavam fazendo na hora. Sasori ficou envergonhado, mas compreendeu que não podia prosseguir com o que estavam fazendo. Desde o início tinha sido errado. Então, ele se vestiu e resolveu se explicar para a moça que estava com o ego ferido e o coração partido.

— É uma pessoa importante pra mim. – Resumiu Sasori.

— Ela é da cidade? – Questionou Shion.

— Não. Ela é de outro lugar.

— Quando você disse que estava me usando era porque no fundo ainda está apaixonado por essa mulher?

— Foi. Me desculpe, Shion. Você não merecia passar por isso. Acho que eu não consigo esquecer essa mulher por mais que eu tente.

— Você não tá tentando direito.

— Talvez.

— Vamos voltar do ponto em que paramos e esquecer esse detalhe? Eu vou te fazer esquecer. – Prometeu Shion.

— O clima foi cortado, Shion. Eu sinto muito. – Sasori partiu e deixou Shion pensativa. Ela gostaria de reconquistar o ruivo. O que deveria fazer para ser bem-sucedida?

[...]

— Não acredito que na hora que você tava transando com a Shion chamou o nome da outra! – Disse Deidara tampando a boca.

— Foi um deslize.

— Isso é muito broxante, Sasori. Coitada da Shion!

— Eu sei. Já pedi desculpas pra ela.

A Dona da Loja de DiscosOnde histórias criam vida. Descubra agora