Meus Vizinhos São Vampiros.

Capítulo 1

Elise P. O. V

—Mas mãe, por que eu não posso ficar na casa da tia Sarah?

— Pela centésima vez Elise, você não vai ficar na casa de Sarah. Você vai ficar com os Ferraz e ponto final. —minha mãe me respondeu com uma feição cansada, certamente por ter respondido essa pergunta várias vezes, a mais velha me deu as costas e  retornou a cozinha.

Fiz uma cara de frustração e subi as escadas em direção ao meu quarto. Eu não entendo essa ideia maluca de me deixar na casa dos vizinhos, ela não podia simplesmente me deixar na casa de algum parente? Será só 1 mês de viajem e eu já terminei o colegial, apesar de ter 17 anos, afinal não posso fazer nada se me pularam uma série no ensino fundamental, na verdade eu até agradeço. Seria tipo férias da cidade se eu fosse para a fazenda da tia Sarah.
Não entendo o motivo de tanta confiança nos vizinhos estranhos, sei poucas coisas sobre eles, por exemplo: moram aqui há mais de 17 anos, sei disso porque meu pai me disse que antes de nos mudarmos pra cá aquela família já morava na casa do lado. Eles são a família Ferraz, Margot e John são os pais, Ryan o filho mais velho é casado e mora na cidade vizinha, Matthews o do meio é um ano mais velho que eu e Annie a caçula tem 15 anos. Quando era menor costumava brincar com Annie, apesar de acha-lá estranha por usar somente vestes pretas, na verdade todos daquela casa usam. Depois dos meus 13 anos fiz novas amizades e então parei de brincar com Annie.
Me dava bem com quase todo mundo naquela casa, exceto com Matthews ele se achava o maioral, a última bolacha do pacote. Sempre que nos víamos saia briga, a gota d'agua foi quando comecei a namorar com Jackie e ele simplesmente inventou várias coisas pro meu pai, fazendo ele proibir meu namoro com Jackie. Desde então não nos falamos mais.

—Filha já arrumou suas coisas?

—Sim pai estão aqui. —apontei para a pequena mala no canto do quarto, afinal seria só um mês não ia precisar de muita coisa. E caso precisasse era só vir buscar, pois estaria na casa ao lado.

—Vou levá-la para o andar de baixo. —concordei com a cabeça.

Ao descer as escadas encontrei minha mãe colocando suas malas no carro. Quem vê esse tanto de mala pensa que ela vai embora da cidade.

—Tudo pronto querida?

—Sim.

—Ótimo, então vamos.

Segui meus pais até a casa ao lado enquanto chutava as pedrinhas do caminho olhando cabisbaixa para o chão, não queria por nada ficar naquela casa. Meu pai tocou a campainha e minha mãe arrumou meu vestido azul pela terceira vez.

—Se comporte meu amor, e tente não matar Matt.

—É só ele não cruzar meu caminho ou me irritar. —a mais velha achou graça e então ouvi o ranger da porta e logo Margot apareceu sorridente.

—Olá família.  —meus pais sorriram e eu continuei com os braços cruzados. —Como vai Elise?

—Bem. —sorri gentilmente —Eu acho. — sussurrei a última parte.

—Cuide bem da nossa filha Margot.

— Cuidarei como se ela fosse da família.

—Eu te amo demais meu amor, não se esqueça disso.  —Ela falou limpando as lágrimas no canto de seu olho.

—Não chora mãe, será apenas um mês longe de mim você aguenta. —eu sorri e ela também.

—Eu te amo filha e se comporte.

—Eu também te amo pai. —e então os dois me abraçaram ao mesmo tempo, tão forte que cheguei a pensar que aquilo era uma despedida.

—Até logo. —Margot acenou para os meus pais que aceleraram o carro sumindo do meu campo de visão.  —Venha querida, vou mandar Annie te apresentar a casa. —peguei minha mala e entrei naquela casa com aparência dos anos 40. Acho que nem a casa dos meus avós tinha móveis tão antigos e ainda são todos de cor escura. Eu hein, família de estranhos.

—Olá Elise, primeiro vou te levar ao seu quarto para guardar a mala e depois te mostrarei o restante da casa.

E que comece o pior mês da minha vida.....

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Quero agradecer a AnaClia1 por ter feito essa maravilhosa capa.

Atualizações: Segunda e Quinta.