Depois de um striper sensacional e de rimos bastante. Théo se sentou ao meu lado de cueca e pegou o seu hambúrguer na bolsa. Ele abriu seu hambúrguer e eu dei uma bocada no meu, um pouco depois nos olhamos com um sorriso nos lábios. Eu queria agradecer, agradecer por ele me fazer esquecer todos os meus problemas, agradecer por ele me ajudar a enxergar a vida, e principalmente o final dela como uma coisa boa.. Mas não consegui, talvez estivesse dizendo isso naquele simples e mais sincero sorriso.
— E aí — Disse ainda me encarando, sorrindo.
— O que? — Cheguei mais perto e ele também fez o mesmo.
— Eu ou esse hambúrguer? — Perguntou ele.
Olhei para o hambúrguer, mas Théo pegou me queixo me fazendo olhar pra si. Olhei cada detalhe de seu rosto, poderia até adivinhar o que ele estava pensando, então disse:
— Com certeza você — O beijei sem pensar duas vezes. Sem dúvidas ele estava esperando esse beijo, o tal beijo de tirar o fôlego. O tal beijo em que ele me faz velejar, me sentir solta. Após terminamos o beijo, Théo brincou:
— Você sabia que era eu desde o início, aquilo foi só um pretexto pra eu ficar de cueca, não?
— Achei que não tivesse notado isso — Rimos.
— Sem problemas, estava calor mesmo. Vai querer vinho?
— Ainda estou comendo..
— Experimenta com o vinho.
— Tudo bem, pode me servir!
Théo me encarou sério, pegou uma das taças, a encheu até metade e me deu. Comi, antes de beber balancei a taça. Não é que ele tinha razão!— O que achou? — Perguntou enchendo uma taça para si.
— Uma delícia, é... diferente, mas gostoso! Acho até que esse hambúrguer ganhou de você agora — brinquei.
— Engraçadinha!!!! — Balançou e bebeu
— E sou!Após enchermos a pança, Théo colocou sua calça de qualquer jeito. Que dó!!!! Ficamos sentados agarradinhos naquela toalha, permanecemos em silêncio, ouvindo apenas a onda do mar em alguns minutos, até Theo dizer alguma coisa:
— Sabe o que gosto mais que o barulho da onda do mar?
— Não sei, o que?
— O barulho do oceano mas com os trovões e a chuva — Théo olhou para o horizonte sorrindo — É fantástico.. Quando eu tinha 5 anos, antes de me mudar pra lá. Morava em Moscou, perto da praia e toda vez na hora de dormir que chovia... Bem, eu abria as janelas. Achava, e acho! Magnífico aquele barulho, ele me fazia até dormir mais rápido. Ele é doce, ao mesmo tempo agressivo. Nunca soube explicar, geralmente crianças correm para os pais assustados e não conseguem ficar sozinho mas eu... — Sorriu pra si mesmo — ...Nunca consegui sentir medo... — Eu não disse nada, fiquei quieta e estava deixando Théo aproveitar daquela lembrança. Também estava imaginando uma criança curiosa, abrindo as janelas de noite e apreciando um som que eu particularmente, morria de medo quando era criança! — Mas claro, eu sempre apanhava por permitir que a chuva molhasse meu quarto — Riu e me olhou.— E você não secava? — brinquei.
— Não! Eu tinha 5 anos, com 5 anos ganhamos muitas mordomias — piscou.
— Que canalha! — Dei um soco no seu ombro.
— Aí, seu soco dói!
— E é pra doer mesmo! — Ri.
— Posso te fazer uma pergunta?
— Está tentando mudar de assunto?
— É sério!
— Ta, manda!
— Qual é a lembrança que você mais gosta?
— Uma lembrança? — Passei a mão na cabeça tentando lembrar de algo — Há uma que eu jámais irei me esquecer!
— E qual é?
— O meu primeiro beijo! Eu estava tão nervosa. Sabe, aquele medo de fazer alguma coisa errada? Então, eu tinha esse medo e tinha um menino que era muito afim de mim, na época eu devia ter nove anos, por aí.. E na época eu só tinha a Amora de amiga e ela havia viajado, eu queria muito correr pra alguém e contar que o meu primeiro amor havia pedido para ficar comigo, mas também estava nervosa! Meu pai percebeu meu nervosismo, encheu o meu saco até que eu contasse o que estava acontecendo foi então que eu contei. De cara eu achei, ele vai me matar! Até porquê ele fez uma cara de bravo. Aquilo havia se tornado um medo maior do que eu perder o "bv" — Ri para mim mesma — Mas não, ele depois ficou rindo e me explicou tudo que eu devia fazer, lembro exatamente o que ele me disse: "feche os olhos e faça biquinho de peixe" — Théo riu — Pois é — ri também — Depois fiz ele prometer não contar pra minha mãe, acredite, ela daria um show por isso naquela época. Ele não contou, foi um segredo de pai e filha. Aquelo foi uma porta pra não sermos só pai e filha mas também amigos! — Suspirei e encarei Théo.— E o beijo? — Théo arqueou as sobrancelhas.
— Foi bem assim.. — Fechei os olhos e fiz o famoso biquinho de peixe. Senti a respiração de Théo e logo nossos lábios se encontram por uns segundos.
— Já disse que você beija bem? — disse ele.
— Não — Ri.
— Ainda bem, a última coisa que eu quero é te iludir — Rimos, dei um soco forte em seu ombro. Só ouvi Théo gemendo de dor.
— Babaca! — rimos. Théo me puxou mais pra si e nos beijamos. As coisas entre nós se tornou quente, ele pôs as mãos em volta da minha cintura e me deitou naquela toalha, que por sorte era grande. De cara estava tensa, porém logo me joguei de cabeça passando a mão em sua nuca, o fazendo chegar pra mais perto. Sua mão deslizava até a minha bunda mas ao mesmo tempo à apertava. Théo tirou minha calcinha, pra facilitar parei o beijo e tirei meu vestido. Achei engraçado forma que ele deixou de olhar para a minha vagina e olhou para os meus seios. Sua mão esqueceu da minha traseira e seguiu para os meus seios. Ele me olhou e eu comecei a rir, não deu pra evitar! Théo esboçou um sorriso e com uma de suas mãos, pegou na minha nuca aproximando nossas faces. Seu sorriso havia se tornado malicioso. Sua outra mão seguiu para o fecho do meu sutiã e abriu o mesmo. Théo levou sua mão até minha barriga e a apertou justamente aonde não podia apertar. Pronto, veio o raio de dor insuportável! Eu não pude evitar e acabei o afastando e gemendo de dor.— Eu fiz alguma coisa errada? — Olhei para sua expressão de assustado e fiz não com a cabeça.
— Desculpa, eu me assustei — Menti.
— Mas você gemeu de dor Savana! Você está bem?
— Estou, perdão. Não sei o que me deu.
— Savanna? Está mentindo para mim?
— O que? Não.. Está tudo bem.
— Não mente pra mim, eu detesto mentiras! Está mesmo tudo bem?
— Ta — Podia sentir meu coração quebrar no meio. No fundo eu queria falar, mas agora eu só sentia medo da sua reação. O olhei por um instante e o beijei. Foi um beijo com o sentimento de desejo em excesso com culpa. Nossos corpos se juntaram novamente, o nosso beijo se tornou mais demorado de tão gostoso e nossas roupas já não estava para contar a história. Eu estava realmente tensa mas o desejava mais que tudo. Meus olhos começaram a se encher de lágrimas. Théo me olhou atento e beijou cada uma delas, ao secar eu só consegui dizer: "Eu te amo". Depois dali tive a melhor transa da minha vida .
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Presa ao fim
RomanceNeste exato momento me encontro no hospital "Santa fé" do Rio de Janeiro, com um diagnóstico de câncer de cólon em mãos. O pior é que o câncer já se espalhou e são 99% de chances de eu não permanecer viva. Minha mãe está ao meu lado soluçando de tan...