Capítulo 9

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Fiquei totalmente sem graça, não sabia nem o que falar

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Fiquei totalmente sem graça, não sabia nem o que falar. E quando o sinal tocou agradeci mentalmente por isso.

— O sinal tocou, é me..melhor a gente ir para..para..— disse gaguejando e senti minha bochechas queimarem.

— Sala? — ele completou a minha fala e deu um sorriso perfeito.

— Isso! — ele levantou e me ajudou a levantar.
Fui caminhando devagar, e com a cabeça baixa, pensando no bendito beijo, que só de lembrar já deixa minha calcinha molhada, eu tenho medo de acordar e perceber que foi só mais um sonho erótico com ele.

— Julie! — Olhei para cima e ele me roubou beijo, foi um beijo calmo e doce, porém acabou rápido pois estávamos no jardim da escola e alguém poderia nos ver.

Fomos os últimos a entrar na sala, o que atraiu olhares, principalmente o da Bárbara, ela me olhou com raiva e revirou os olhos. A aula toda foi assim, ela me olhava a toda hora.

— Ei, gorducha!— Não olhei, fiz a egípcia. — É você mesmo gorda. Não vai olhar não? — Eu já sabia que era a Bárbara, então preferi não responder e nem olhar.— O Julie baleia, pega o meu lápis em baixo da sua mesa e toma cuidado para não quebrar a cadeira!

— Para de falar assim com a Julie!— me virei para ver quem era, Scott me defendeu da Bárbara, na frente dos amigos e da sala inteira?

Os olhares que estavam todos focados no professor no quarto negro explicando uma fórmula de química, foram todos para Scott.

— O que deu em você, Scott, vai defender a gorducha da Julie mesmo?— disse Bárbara, ela estava furiosa, parecia que ia sair faíscas de sua cabeça.

— Eu só não acho certo falar assim com ela! —disse Scott.

— Que isso, não era você mesmo que zoava ela, e agora a defende? Ela é só uma gorda, baleia, obesa!

Peguei o lápis da Bárbara que estava em baixo da minha cadeira, levantei e fui até a Bárbara,  batendo com força na mesa dela, agora sim eu consegui atrair os olhares de todo mundo.

— Se me chamar mais uma vez assim vai se arrepender de ter nascido!

— O que vai fazer gorducha? Você não me intimida.— Bárbara disse me provocando.

— Ah não?

Quebrei o  lápis dela. A sala toda olhava para nós e eu pouco me importava, estava de saco cheio de escutar calada todas as provocações e piadinhas que faziam comigo.

— Eu vou te mostra a gorducha!— falei vociferando.

Dei um tapa na cara dela, depois a empurrei, dei socos, tapas e puxei os cabelos oxigenado dela.

Dei um tapa na cara dela, depois a empurrei, dei socos, tapas e puxei os cabelos oxigenado dela

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— Me solta, baleia!— Bárbara gritou e tentava se soltar.

— BALEIA É A SUA MÃE!— as pessoas davam gritinhos e incentivam a briga, o que só me dava mais gás. Não era de briga, mas não ia levar desaforo para casa, não mesmo.

— Gente ela está machucado a Bárbara!— disse Cheila, uma das amigas de Bárbara.

— A gorda vai amassar a Bárbara!— disse a Natália, outra amiga de Bárbara.— Alguém separa elas!

Alguns garotos da sala nos separaram. Scott estava me segurando, dizendo para mim me acalmar.

— Segurem essa baleia!— diz Bárbara arfando.

— Da próxima vez você não vai conseguir nem falar!— disse, eu estava com tanta raiva, não sei o que deu em mim.

— Você está bem? — cochichou Scott em meu ouvido.

— Sim!— disse ofegante.— Estou ótima!

— O que está acontecendo aqui?— perguntou o professor.

— Foi essa baleia que me atacou!

— Já disse, baleia é a tua mãe!— se Scott não estivesse me segurando com certeza iria para cima dela.

— Vão as duas para a sala do diretor!— disse o professor.

Scott me soltou, eu ajeitei minha roupa e sair de sala. Passávamos no corredor quando Bárbara falou:

— Você vai se arrepender disso.— ela diz.

— Vai nessa!— digo em tom de deboche.

— O que está havendo entre você e o Scott, por que ele te defendeu? — ela pergunta em tom ameaçador, mas eu não tenho medo dela.

— Não tem nada e também não te interessa.—digo e eu continuei andando.

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