Capítulo 27

830 38 0
                                    

Depois de quase duas longas horas de viagem finalmente chegamos na fazenda da tia Sílvia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois de quase duas longas horas de viagem finalmente chegamos na fazenda da tia Sílvia. Assim que abrir a porta do carro sentir o vento frio bater em meu rosto. Pegamos as malas no porta-malas.

— Nossa que frio!— disse minha tia.— Vem, vamos entrar!

Entramos, deixei minhas malas no quarto do hóspedes que minha tia mandou arrumar especialmente para mim. Olhei pela janela e vi a chuva caindo, o céu estava nublado, o vento lá fora estava forte e o frio só  aumentava. Tia Sílvia me chamou para tomar um chocolate quente, sentamos no sofá da sala e mesmo com a lareira acessa sentia frio, nos cobrimos com uns cobertores e vimos filme.

— Está uma delícia, tia Sílvia.— disse quanto tomei a primeira golada do chocolate quente.

— Fiquei muito feliz quando você aceitou meu convite e veio passar as férias aqui.— ela disse.— Sabe, me sinto muito sozinha aqui.

— Tia, depois do acidente, você nunca pensou em ir morar na cidade, ou mais perto lá de casa?— pergunto, eu sei que esse assunto do acidente é bem delicado para ela.

— Já, mas essa fazenda era o sonho dele e ele gostava tanto dela, acho que não a vendendo foi a forma que eu encontrei de manter ele vivo.— ela diz e posso sentir a tristeza em sua voz.— Eu pensei em sei lá, comprar um apartamento perto da sua casa ou algo mais barato só que fazendo isso estaria abandonado a fazenda e não ia conseguir manter duas casas, os custos da fazenda são muito altos, e só os empregados não dariam conta de cuidar da fazenda e dos animais sozinhos.

— É tem razão!— disse.

— E esse garoto, você gosta dele de verdade?—ela pergunta e eu abaixo a cabeça meio envergonhada, tomo outro gole de chocolate quente e me acomodo em baixo das cobertas.

— É eu gosto dele, mas depois de tudo que aconteceu já nem sei mais.— digo.

— Vocês pelo menos conversaram? — ela me pergunta e põe a mão no meu ombro.

— Bom mais ou menos, ontem quando eu fui embora do baile ele foi atrás de mim.

— E o que ele disse?

— Falou que aquilo era verdade, mas foi antes da gente se aproximar e que ele estava gostando de mim de verdade.

— Julie, ele gosta de você.— ela diz animada.

— É, mas agora é tarde demais e eu não me importa mais se ele gosta de mim ou não, acabou.

Ficamos quietas e assistimos o filme em silêncio. No fim da tarde tia Sílvia teve que resolver um problema no curral, tomei um banho e coloquei uma roupa mais quentinha, vestir uma calça de moletom e um casaco também de moletom. Me sentei na cama e peguei o diário, resolvi ler algumas páginas.

Querido diário,

Finalmente estou pronta para mais um dia naquela droga de escola, estou no sétimo ano o que só piora as coisas, não falo pela matéria mas sim por causa da Bárbara e suas amigas ficarem me zoando e pelo colégio inteiro que me coloca apelidos, para piorar não tenho nenhuma amiga, afinal quem vai querer se amiga da gorducha do colégio? Pois é ninguém. Scott e Bárbara estão namorando pelo que a escola inteira estão falando.
O clima dentro de casa está péssimo, Isabela e Laura sempre falando mal de mim e rindo, minha mãe sempre me chamando de gorda e meu pai está sempre trabalhando.

O Diário de Julie Onde histórias criam vida. Descubra agora