Capítulo 4

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— Julie, o jantar está pronto!— acordei com meu pai me sacudindo

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— Julie, o jantar está pronto!— acordei com meu pai me sacudindo. Abro os olhos aos poucos me despertando e papai sorrir.

— Já estou indo!— ele assente e sai logo em seguida.

Me levantei, esfreguei os olhos, calcei um chinelo e prendo meu cabelo em um coque enquanto desço para a cozinha. Me sento ao lado da Isabela e me servir, jantei e depois tomei banho, me deitei na cama e fiquei mexendo no celular até o sono vir.

No outro dia, acordei com o maldito despertador berrando nos meus ouvidos. Me levantei e fui para o banheiro, tomei banho bem rapidinho, coloquei uma calça jeans uma camiseta preta, um vans vermelho. Fiz um rabo de cavalo e desci para tomar café, depois fui para a escola com a Isabela. Fomos andando mesmo, ela falava o caminho todo que o Scott era lindo, que era para mim levar ele lá em casa e apresentar ela para ele. Infelizmente ela não esqueceu essa história.

— Julie, a partir daqui eu vou sozinha!— diz Isabela, quando estávamos a uma esquina da escola.

— Está bem!

Tenho certeza que que ela não queria que a vissem comigo. Como sempre eu fui para a sala sozinha. Os alunos estavam chegando, e não demorou muito para o Scott e os amigos dele chegarem.

— Olha a gorducha!— disse Austin, um dos amigos do Scott.

— Toma cuidado, Scott, para não ser esmagado!— falou o Tulio, ele e Austin riram, mas Scott ficou sério e se sentou atrás de mim.

O professor começou a dar sua aula. Scott ficou quieto nas aulas todas,prestando atenção. O estranhei, nunca vi prestando atenção nas aulas.

— Aconteceu alguma coisa?— perguntei baixo para não atrapalhar a aula.

— Não!— responde ríspido e grosso.

— Você está quieto!—disse.

— Só estou tentando prestar atenção!— ele pega um lápis e volta o olhar para o professor que está no quadro negro explicando uma matéria nova de matemática.

— Ok!— eu sabia que ele estava mentindo. Mas preferi deixar ele quieto.

O sinal bateu e todos saíram apressados, guardei minhas coisas e fui para o refeitório, peguei meu lanche, tentei encontrar um lugar, mas como sempre ninguém me queria por perto. Vi Scott na mesa com os amigos dele, a Bárbara e as amigas dela.

Fui para o jardim, já que não tem lugar para mim no refeitório. Sentei no gramado, em baixo de uma árvore, coloquei uma música no fone, peguei meu livro, comi um pouco enquanto lia.

— Julie!— alguém disse atrás de mim.

— Scott?— disse quando olhei e vi ele.

— Oi!— diz ele.

— Oi, Scott — retiro os meus fones.

—- Desculpe por os meus amigos!— falou ele meio envergonhado.

— Tudo bem, já me acostumei!— digo dando de ombros.

— Então é aqui que fica todos os dias?— ele diz olhando ao redor observando o local.

— É, foi o único lugar que encontrei onde posso ficar sozinha!— reparo o jardim também.

— Bonito! Posso ficar aqui com você?— ele olha para mim.

— Pode, mas podem te vê comigo!

— Não ligo, eu só quero ficar sozinho e em paz!

— Se quer ficar sozinho por que vai ficar aqui comigo?— questiono com a sobrancelha arqueada.

— Porque você é a única pessoa que me trás paz!— ele olha para mim, seus olhos ficam ainda mais bonitos com o reflexo do sol.

— O que aconteceu?— reparo um traço triste em seus olhos.

— Nada!— ele baixa o olhar.

— Você está estranho, se quiser pode se abrir comigo!— Eu coloco uma das mão sobre uma mão dele.— Eu sou uma boa ouvinte.

Ele sorrir de lado e me olha de soslaio.

— Hoje minha irmã completaria 15 anos.— ele diz. — É o aniversário dela, ela falava desse aniversário desde dos 10 anos de idade, ela queria uma grande festa, dessas com vestidos de princesa, debutante, príncipe e valsa. Só de pensar que por minha culpa não vai ter mais...

— Já te falei que a culpa não foi sua!— olhei seus olhos, estavam tristes e caídos.

— Eu não quero ver meus pais hoje!— confessou sem me olhar nos olhos.

— Por que?

— Porque eles me olham como se a culpa fosse minha, se fosse eu quem tivesse morrido estava tudo bem!

— Não fala assim!— quando percebi estava abraçando ele, era a única forma de confortá-lo

— Vamos mudar de assunto? Por favor!— ele pergunta fundando.

— Vamos!

— Vai lá em casa hoje?— disse ele.

— Para estudar, né?— pergunto, mas a resposta é óbvia.

— É, ué!

— Então eu vou!

— Que bom!— Ele sorri fraco me olhando.

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