Julie Medeiros é uma garota de 16 anos, tem duas irmãs, Laura e Isabela Medeiros. Mora com seus pais, entre as irmãs sempre é a excluída, ela sofre muito com as zoações por ser gordinha, e o pior é na escola e em casa.
Julie sempre foi zoada pelo o...
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Acho que agora tenho certeza de que Scott sente a mesma coisa que eu sinto, acho que nós nos completamos. Antes eu vivia uma vida tão sem graça, todos fazendo bullying comigo, a escola inteira me zoava, minhas irmãs e até os meus pais.
Agora não, me sinto feliz comigo mesmo, fico bem com o meu corpo, pois sei que Scott gosta de mim como eu sou de verdade, e se ele não gostar de mim, não posso fazer nada, pois as pessoas tem que gostar de mim do meu jeito, porque se a pessoa quer te mudar porque não gosta do seu jeito, pode ter certeza que ela não gosta só do seu jeito, não gosta de você também.
Mude por si mesmo, mude porque quer mudar e não porque as pessoas querem que você mude.
— Você gosta de mim?— pergunta Scott, eu olho para baixo e depois com um sorriso no rosto olho para ele de novo.
— Gosto!— digo e ele sorri e os seus olhos brilham.— E você gosta de mim?
— Como nunca antes havia gostado de ninguém.— impossível foi não ri com a sua resposta, meu coração disparou só em ouvir isso.— Você fez com que a minha vida mudasse.— ele dá uma pausa.— Antes era como se minha vida se baseasse apenas em garotas, festas, zoações...
— E agora como é?— Não me contive em perguntar, as palavras saiam da minha boca sem antes pensar.
— Agora é tudo tão diferente, não gosto tanto assim de festas, não me sinto bem zoando os outros, e garotas não me interessam mais, só você me interessa.
— Venha!— ele segura a minha mão e levantamos do banquinho. Andando até uma árvore, posso dizer que é a mais bonita da praça, tem o tronco grande, os galhos compridos, as folhas bem verdes e belas, ficavam ainda mais bela com a luz do sol batendo e com o céu azul que realçava as folhas.
— O que vai fazer?— pergunto.
Ele solta a minha mão, eu sento na árvore e ele pega uma chave na bolso de sua calça.
— Vou gravar nossos nomes nessa árvore.
Ele escreve S e J e um coração com uma flecha atravessada.
— Gostou?— ele pergunta e olha para mim.
— Ficou lindo!— passo a mão por cima do tronco onde ele escreveu, dou um beijo no topo da sua cabeça, depois ele me ajudou a descer da árvore.
Seus braços envolveram minha cintura me abraçando por trás e seus lábios tocaram meu pescoço, arrepiei todinha. Sentir o toque quente de seus lábios no meu pescoço foi como um choque percorrendo meu corpo.
Me viro de frente para ele e passo a mão pelo seu rosto e depois em seu cabelo, suas mãos ainda estavam na minha cintura e seus olhos estavam fixados nos meus. Senti um extrema vontade de beijar ele e foi o que fiz, colei nossos lábios e ele retribuiu o beijo, abri meus lábios para que sua língua tocasse a minha, elas estavam sincronizadas, o beijo que começou calmo foi ganhando intensidade e se tornado rápido e selvagem.
Logo paramos por falta de ar, porém continuamos bem próximos, sua respiração se misturava com a minha. Ele sorri. E seu sorriso tão maravilhoso o deixou ainda mais lindo, eu retribuo seu sorriso.
Queria que aquele momento duraria para sempre, mesmo não estando juntos sempre lembraria disso, pois a grandiosidade vem com a importância que damos. E esse momento é e será o dia mais importante da minha vida, não sei ele, mas eu não vou esquecer.
Então o amor é isso? Você se sente importante, as borboletas voam no seu estômago, o coração fica teimoso e dispara sem querer, dissemos qualquer bobagem só para fazer a pessoa sorri, e o sorriso dela se torna a coisa mais importante, sorrimos feito bobos e vemos o mundo mais bonito.
