If that's what you want.

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Quando acordei no domingo, e lembrei que estava brigada com o Matt mais uma vez, um cansaço me dominou e eu quis voltar a dormir, mas a minha mãe disse que íamos resolver algumas coisas do meu aniversário.
Eu não estava em clima para isso, mas era melhor do que ficar deitada na cama pensando em tudo que aconteceu ontem. Isso é uma droga.

Depois de horas e horas conversando com ela e ligando para locais tentando alugá-los, nós conseguimos achar um lugar bom.
Eu não queria fazer nada no meu aniversário, sinceramente. Preferia ir a algum lugar com os meus amigos e depois voltar para casa, mas ela insistiu.

     Segunda-feira.

Nesse dia eu acordei com febre, e como não queria mesmo ir ao colégio pedi para faltar.
Durante a tarde, fiz algumas tarefas atrasadas, li um pouco de um paradidático que estava guardado a um tempo na instante, e depois conversei com a Lox.
Por mais que eu não quisesse falar sobre mais uma briga com o Matt, eu tive que contar para ela.
Expliquei tudo, desde a parte do sonho com o Nash até a parte que o Matt resolveu ir embora.
Lox não sabia o que dizer, ela não parava de repetir o quanto essa situação era chata, e agradecia por não estar no meu lugar.
Ela ainda perguntou se eu sinto algo pelo Nash. Eu tive que afirmar, não queria mais mentir para ela. E sei que isso tem que mudar, eu sei. Não devia sentir nada por esse garoto, mas não consigo. Ele mexe muito comigo, é como se quanto mais eu tentasse esquecê-lo mais meus sentimentos se fortificam. E isso é horrível.

Por fim, ela insistiu sobre o assunto das líderes de torcida. Eu disse que ia pensar mais uma vez. Essa idéia não entra na minha cabeça, mas acho que não seria algo tão péssimo quanto eu vivo falando... Enfim, irei pensar.

Assim que terminei de falar com a Lox ouvi alguém bater na porta do meu quarto.
Passei as mãos pelo meu cabelo assanhado, e me ajeitei na cama. Eu só pensava na possibilidade de ser o Matt.

          – Pode entrar.-Falei calmamente.
Lentamente a porta foi aberta, e o Nash se revelou do outro lado.
Eu estava surpresa, realmente não esperava por isso de forma alguma.
          – Oi.-Ele sorriu meio sem graça e entrou no meu quarto.
          – Oi.-Dei um sorriso de leve.
Nash parecia meio sem jeito. Claro, brigamos ontem, isso é normal. Só não entendo por quais motivos ele está aqui.
          – Por que faltou a aula hoje?-Ele me olhou levantando uma sobrancelha e sentou ao meu lado na cama.
          – Eu tive febre pela manhã, então minha mãe achou melhor eu descansar.-Expliquei.
          – Ah, e você está melhor?-Ele me lançou um olhar preocupado. Ele sempre foi assim.
Lembro que uma vez eu fiquei doente e o Nash passou a tarde inteira comigo depois do colégio.
Ele fazia de tudo para me fazer rir um pouco, e funcionava.
Quando eu melhorei resolvemos fazer cookies, e a cozinha ficou uma bagunça. Nash estava mais branco do que o normal devido a farinha espalhada pela sua roupa e eu estava suja de gotas de chocolate. Foi uma tarde inesquecível.

Sem nem perceber eu estava sorrindo como uma boba olhando para a porta do meu quarto entreaberta.
          – O que foi?-Nash riu fraco.
          – Nada.-Neguei com a cabeça e continuei sorrindo.
Olhei para o Nash e percebi o quanto eu queria falar que havia lembrado daquele dia, mas o que eu estou pensando? O que ele está fazendo aqui?!
          – O que veio fazer aqui?-Meu sorriso se desmanchou e eu o encarei séria.
          – Vim te ver.-Ele explicou brevemente.
          – Por quê?-O olhei e ri nasalado. Ele continua do mesmo jeito, e eu não consigo esconder o quanto eu amo esse jeito desastrado que ele tem de se preocupar com as pessoas.
          – Porque... Você não foi para a aula hoje, e eu fiquei preocupado...-Ele falou rapidamente como se isso fosse algo estranho. E é.
          – Me desculpa. Sabe, por ontem.-Falei olhando para todos os cantos do meu quarto menos para ele. – Eu falei muita besteira, de verdade...-Ri fraco. – E você veio aqui, preocupado comigo. Você mudou tanto, Nash.
          – Mudei?-Ele pareceu confuso.
          – Sim.-Assenti. – Você cresceu tanto e eu continuo como aquela criança de anos atrás. Me desculpa por isso também.
         – Eu gosto da criança que você é.-Ele falou e me olhou, mas eu tentei não corresponder. Claro que não consegui, eu tive que olhá-lo.
          – Posso te pedir uma coisa?
          – O quê?-Ele olhou para os meus olhos.
          – Provavelmente essa vá ser a coisa mais infantil que eu já disse em toda a minha vida.-Comecei e ri fraco sem humor. – Eu queria te pedir para se afastar de mim, Nash... Sabe a gente só dá problema. E eu não quero mais problemas.
Nash apenas me olhava atenciosamente. Ele parecia compreender o que eu dizia. Se eu falasse algo assim para o Matt talvez ele surtaria,  mas o Nash simplesmente aceita. Essa é a minha vontade, e ele respeita isso.
          – Tudo bem.-Ele assentiu com a cabeça. – Se é o que você quer.
          – Obrigada.-Sorri e me aproximei para abraçá-lo.
Nash pareceu surpreso com o meu ato, mas depois ele correspondeu passando os seus braços pela minha cintura e me apertando bem forte.

here with me •n.g• [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora