here with me •n.g• [Concluída]

You are not she.

          – Vamos, Allyce, acorda!-Ouvi a minha mãe me chamar enquanto me puxava levemente pelo braço.
          – Não.-Falei morrendo de preguiça. - Eu não quero ir para a aula hoje...-Coloquei um travesseiro no meu rosto.
          – Por quê?-Ela perguntou.
          – Não estou tendo uma semana boa, mãe.-Falei me rendendo e sentando na cama. – Um mês bom, na verdade um ano, talvez a vida inteira...
          – Quem te ensinou a ser tão dramática?-Ela brincou mas não teve graça. – Você não vai escapar!

Me levantei da cama ainda com bastante sono e fui em direção ao banheiro.
Lavei o meu rosto, escovei os dentes, e em seguida fui tomar banho.
Escolhi uma roupa qualquer, a vesti e depois fiz um rabo de cavalo no meu cabelo.
Desci as escadas ainda morrendo e fui comer alguma coisa para ir ao colégio.
Aaron me olhou de um jeito estranho, mas apenas ignorei e agradeci a Deus por ele não ter perguntado nada sobre ontem...

Quando chegamos no colégio, vi que Matt não estava com os meninos, ele estava afastado e com alguns outros amigos do time de futebol.
Falei com todos e Mahogany me olhou de um jeito estranho, assim como Aaron havia feito hoje mais cedo. Ela sussurou um "a gente precisa conversar" e eu apenas assenti concordando.

Matt estava distante de mim, e não fazia nem um dia direito do ocorrido entre a gente, mas ele já estava fazendo falta.
Ele fazia de tudo para não entrar em contato visual comigo, era percebível que ele desviava sempre que eu correspondia ao olhar, meio perdido, dele.

Depois de um tempo, o sinal tocou e eu fui para a aula de Inglês.

(...)

Eu podia viver sem ter passado por esse dia.
Não sei por qual motivo exato, mas eu simplesmente não conseguia sorrir, o dia estava chato demais para isso.
Depois que todas as aulas acabaram, peguei a minha mochila, e saí daquela escola infernal.
Não sabia onde o Aaron estava então simplesmente resolvi ir para casa. Ele já é bem grandinho, pode muito bem ir sozinho...
Minha mãe está bem liberal quando se trata desse assunto, ela nem nos deixa mais no colégio...

Caminhava pelas ruas do bairro, enquanto olhava para o céu claro de Los Angeles.
Eu amava tanto aquela cidade.

Quando cheguei em casa, falei com a minha mãe e subi direto para o meu quarto.
Minhas cortinas estavam abertas, permitindo que a luz entrasse e que o meu quarto fosse completamente iluminado pela mesma.
Hoje o tempo estava lindo, porém o dia está tão chato.
Coloquei a minha mochila em um canto qualquer do quarto e me joguei na cama, olhando para o teto.
Meu celular começou a vibrar, e eu franzi o cenho, indo ver o que era.

"Olha para a janela XxNash."

Me mantive franzindo o cenho olhando para a tela do celular, mas depois virei o meu rosto, me deparando com o Nash abrindo as cortinas de seu quarto, e em seguida as portas de vidro.
Ele sentou no chão da varanda, e eu caminhei naquela direção, mesmo estando um pouco impressionada e confusa...
Nash intercalava o seu olhar entre o céu e o meu rosto.
Estava tudo em silêncio, até que ele respirou fundo e sorriu para mim.
          – Sinto saudade de conversar com você.-Ele falou e eu só consegui sorrir de volta.

     •Nash Grier•

Lilly era tão linda, e era tão bom vê-la sorrir.
Eu sentia falta de tudo. As vezes só tenho vontade de tê-la só para mim novamente, porém ao mesmo tempo que somos vizinhos, somos distantes, agora.

          – As vezes eu me deito naquela cama e começo a ver as mensagens que você me mandava...-Falei calmamente

Assim que eu terminei de falar ela me olhou franzindo o cenho, e o seu sorriso desapareceu em questão de segundos.
          – Que mensagens?
          – As mensagens...-Falei o óbvio. – Os recados na caixa postal...
          – Do que você está falando?-Ela perguntou confusa. – Eu não acredito que...
          – Sim.-Forcei um sorriso a interrompendo. – Eu ouvia os seus recados na caixa postal.
          – Ah meu Deus...-Ela passou as mãos pelo rosto. – Desculpa por ter mandando aquilo, eu pensava que você não ouvia.-Ela disse rapidamente, parecendo um pouco nervosa.
          – Eu ouvi todos. Toda noite eu esperava a sua ligação.-Falei olhando firmemente para os seus olhos.
          – Por que você não atendia?-Ela perguntou. – Sério, por que você me deixava falando sozinha?