Aos 16 anos após ser adotada por estrangeiros Gabrielle reencontra seu amor de infância, Ethan, que era seumelhor amigo no orfanato e que foi adotado primeiro.
Após enfrentar anos de solidão, agora que tem a sua nova família, Gabrielle enfrentará um...
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- Seja bem vinda, Gabrielle! Eu sou a irmã Amélia. - Uma moça se aproximou, ela tinha um chapeu estranho, que cobria todo seu cabelo, e o pano da frente ia um pouco maior que seus ombros, seu rosto era branquinho, ela tinha algumas sardinhas do nariz.
Seus olhos castanhos claros me observava sorridente, ela estava abaixando, colocando as mãos no vestido comprido que ela usava.
- Vamos cuidar bem de você. - Eu não falava mais nessa época, fiquei em choque por muito tempo. Amélia me deu a mão com gentileza, agradeceu ao homem uniformizado que entrou no carro e voltou para seus serviços. - Vou levar você para conhecer o lugar, você gostaria?
Ela me olha, esperançosa, que obtivesse alguma resposta, mas eu apenas olhava para ela, ela deu outro largo sorriso, lembro que todos os sorrisos me davam vontade de chorar, sempre lembrava da minha mãe, que era muito sorridente comigo.
- Você terá muitos amiguinhos aqui, tem muita criança da sua idade. - Observo ao redor, tinha um pátio enorme, com grama verde meio murcha ali, com construções que eram alojamentos, igreja e nossa escola. - Me contaram que você tem 4 anos, já é uma mocinha!
Enquanto a irmã Amélia falava, andava devagar, acompanhando meus pequenos passos, ela apontava e me mostrava o lugar todo, cozinha, sala, banheiros das meninas, banheiro dos meninos onde eu, sendo uma mocinha não podia entrar, tinha a ala das crianças menores e dos maiores. Muitas outras irmãs andavam pra lá e pra cá, rezando, bordando, era assim que a maior parte do dinheiro era arrecadado, com os bordados que elas ensinavam para os órfãos, eram vendido na praça da cidade.
Estávamos no centro da cidade, mas eramos uma cidade pobre, com poucas pessoas, mas um dos poucos orfanatos que tinha no estado, e a maioria das crianças eram jogadas na porta daqui. E quando digo jogada, é quase que literalmente, acho que ver filme faz isso com as pessoas, colocam bebes em cestas com um cobertor, e a noite podemos ouvir o choro do bebe lá fora.
- Aqui é o parquinho, você pode fazer amizades, Gabrielle, gostaria de fazer amizades? - Irmã Amélia se abaixa do meu lado, olhando as crianças brincando na areia fina e suja, tinha uma balança que tinha 3 lugares para se balançar, gira-gira, duas gangorra, escorregador e uma casinha de madeira colorida, onde tinha uma escadinha, um cano que as crianças desciam se segurando ali, um escorregador, em baixo tinha outro balanço que parecia uma gangorra.
Parecia muito divertido, mas eu só queria a minha mãe e meu pai, porque eu tinha que ficar aqui e conhecer essas crianças? Algumas das irmãs ficavam ali por perto fiscalizando e não deixando outras crianças comerem a areia.
- Pode ir, eu vou estar lá na diretoria, você se lembra onde é? - A irmã Amélia olha para mim, com aquele sorriso doce. - Você é uma garota muito esperta, tenho certeza que irá saber me achar. - Ela coloca sua mão fina e gelada na minha cabeça e faz um carinho, me dá um beijo na minha cabeça e se levanta, entrando no prédio que tinha a diretoria.