Capitulo 11 - Amar é humano
— Como foi? Se divertiu? - Estou sentada na bancada da ilha da cozinha, com uma garrafa de suco de laranja e meu caderno do lado, com o estojo na frente, segurando um lápis que na ponta tinha um pompom de lã sintética. Pergunto quando vejo Inny passando indo para a geladeira, abrindo ela.
Inny pega uma garrafa de vidro e um copo, colocando água no copo, ela me olha por um momento, como se me analisasse.
— Aham.
— Que bom. - Dou um sorriso e faço uma anotação no caderno, estou fazendo o dever de matemática. — Vocês vão sair amanhã também? - Volto a olhar Inny, que já bebeu toda a água, deixando na pia o copo e guardando a garrafa. Queria sair com ela para comprar algumas tintas novas que eu tinha visto, elas brilhavam, queria muito testar em um quadro de um doce que eu queria fazer para ela.
— Não sei… acho que sim. - Ela apenas se vira indo para o corredor que dá para o Hall, que é onde tem as escadas para os quartos.
Eu me sinto sozinha ali, respiro fundo e volto para o meu dever, Damian nunca está em casa, e quando está ele esta sempre dormindo ou jogando, Inny sempre está conversando comigo e com o Jude, no celular claro. Será que eles brigaram?
Queria saber se ela ainda está brava comigo por causa do quadro ou se ela ficou. Sexta depois que a Inny foi no parque com o Jude ela ficou conversando com a Teresa, ou algo assim, ela só mandou mensagem para não ficar preocupada, e depois ela e Teresa foram passear, Teresa tinha brigado com Inny, dizendo coisas quando a gente diz da boca pra fora quando estamos bravos, sabe? Espero que elas tenham se entendido.
— O que você está fazendo? - Damian me pergunta, entrando na cozinha, ele olha meu caderno, franzindo a testa e se inclina. O perfume que ele está usando é tão cheiroso, porque perfume masculino é sempre melhor?
— Nossa, porque você tomou banho de perfume? - Eu abano as mãos, fingindo que está forte o cheiro, mas na verdade é muito bom. Ele se afasta indo na frente da geladeira. — Estou fazendo o dever de casa. - Olho minha próxima continha que tenho que fazer.
— Por quê? - Ele abre a geladeira mas me olha, como se fosse a coisa mais estranha.
Consigo ver a roupa dele direito, eu nunca tinha o visto com um gorro que é marrom claro, que combina com os cabelos castanhos claros. Ele esta usando uma jaqueta meio verde musgo misturado com marron, que parece bem quentinha, um cachecol azul acizentado, uma camisa por baixo branca, calça jeans e uma bota marrom, estava frio, e só de pensar que ele ia sair, eu já estava com frio.
— Como assim “por quê”? - Franzo a testa e até um pouco o nariz, não entendendo a pergunta.
— Porque não fez no colégio? - Ele volta a atenção para a geladeira, pegando alguns frios, tinha queijo, copa, já me dá náusea só de olhar. Ele vai colocando em cima da ilha, perto onde estou, e vai procurar o pão.
— Se chama dever de casa, por que eu faria no colégio? - Dou uma risada abafada. Ele aponta pra mim varias vezes, dando um sorriso.
— Você anda muito engraçadinha.
— Você vai sair nesse frio? - Faço careta, fico olhando ele tirando os pedaços da carne e do queijo. Volto a olhar meu caderno com tontura.
— Não vou ficar em casa em pleno sábado a noite. - Vejo de canto de olho, Damian se mexer, ele está guardando as coisas, com dois pães no prato. Volto a olhar minha conta, que não consigo resolver. — Vou pra praça andar de skate, quer ir? - Levanto a cabeça olhando pra ele.
— Não sei andar de skate.
— Você não precisa ir pra andar de skate. - Ele pega um pão, dando uma enorme mordida. — Tem uma barraca lá de churros e crepe.
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Promessas do Passado
Любовные романыAos 16 anos após ser adotada por estrangeiros Gabrielle reencontra seu amor de infância, Ethan, que era seumelhor amigo no orfanato e que foi adotado primeiro. Após enfrentar anos de solidão, agora que tem a sua nova família, Gabrielle enfrentará um...