Aos 16 anos após ser adotada por estrangeiros Gabrielle reencontra seu amor de infância, Ethan, que era seumelhor amigo no orfanato e que foi adotado primeiro.
Após enfrentar anos de solidão, agora que tem a sua nova família, Gabrielle enfrentará um...
Passei a manhã inteira do sábado escolhendo minha roupa, digo, pesquisei na internet, e como estava fazendo frio eu tive que tirar as roupas que estavam na parte de baixo, peguei uma blusa de lã branca, com gola alta. uma saia xadrez vermelha, meia calça grossa preta e uma bota de camurça, eu finalmente me vesti sozinha - bom, mais ou menos, com ajuda da internet vale? - e me senti bem.
Ouço o som de batida na minha porta.
— Pode abrir.
Damian abre a porta, olhando para dentro, ele observa meu quarto, tenho que prender a respiração, porque está uma bagunça, será que ele vai dizer que Theodora e Gregório vão brigar comigo?
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— Nossa, deu um terremoto e eu não senti? - Ele franzi a testa olhando.
— Ah...eu, eu estava procurando uma roupa.
— Acho que você achou um monte. - Ele levanta as sobrancelhas, fazendo uma careta.
— Além de encher o saco, o que você quer? - Cruzo os braços, olhando para ele, que continua na porta.
— Já já é 11, você já está pronta? - É até um insulto ele perguntar isso quando você está arrumada.
— Sim, mas só porque eu não sabia o que usar, a gente te falou ontem que o filme só seria as 19. - Me viro tirando a blusa branca, estou com uma blusinha de renda, também branca, coloco a de lã em um canto e começo a dobrar o resto das roupas.
— Tá de brincadeira, né? - Ele revira os olhos entrando no meu quarto, aponto para o chão no pé dele. — Sério? - Eu cruzo os braços levantando uma sobrancelha. — Que saco, você por acaso é do Japão? Lá nem tinha índios!
— Cala a boca e tira logo. - Me viro continuando a dobrar. Vejo de canto que ele tira os tênis social e deixa no canto da entrada, mas quando entra, senta como um desleixado na cadeira da minha escrivaninha.
— E porque você está arrumada então? - Ele aponta com a mão para mim, não entendendo.
— Eu não sei me vestir, se não for uma saia até a canela, uma blusa de vovô, um sapato que seja da época da guerra, um meião que esquenta o pé de idosos quando estiver frio ou uma jogadora de futebol. Eu não sei me vestir.
— Já entendi, você estava até... - Ele balança a mão tentando pensar. — Bonitinha. Você conseguiu.
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