PERFURADO

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Vasto vento no leito
No muro, o invento

Sem encanto me deito
Na monotonia do lento

Tempo afora
Que apavora a senhora
Ao chiado da vitrola e evapora
A velha que agora foi-se embora

Esse é o fim, é
Não há como prever
Pois na vivência tudo irá morrer
Menos o que nos guia; a fé

A gente mente
Fingindo ser de aço
Só que por dentro muito se sente
Porque em todo coração sobra espaço

AZULOnde histórias criam vida. Descubra agora