CHÁ DE BOLDO

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Amar ao mar amargo
Ou me amargurar?
Com razão, arredo o cargo
Sem sentido a censurar

Sinto-me leve, voando
Quase caindo, mas vou
Conheço o fim e continuo esperando
É o que tenho ou o que sobrou

Naquela xícara venho a suspirar
O chá de boldo que fiz pra você
Com o cuidado pra não azedar
Mas com peso de ainda fazer

É amargo, azedo, mar
Como água de um choro sem fim
É triste, lamentável, apesar
De ter sido uma boa parte de mim

AZULOnde histórias criam vida. Descubra agora