Trouble, Love & More Trouble!

Fazendo as Pazes?

(Capítulo experimental, não deixem de lerem as notas finais e responderem, por favor!)

TAYLOR*SWIFT

24 de Fevereiro, 2013.

Em pleno domingo ter que trabalhar é uma benção! Não é mesmo? Novamente estou mais cedo no edifício de LA Times com Niall. Harry, como já esperado depois do que houve ontem, não me mandou mensagem em nenhum momento dizendo que ia me buscar essa manhã. Não fiquei magoada como pensei que fosse ficar, talvez porque Niall já estava me ligando antes que eu tivesse tempo de amargurar.
Me despeço de Niall quando o elevador para no andar dele e eu sigo para o meu. Minha única preocupação é que eu pegue Isabella e Harry juntos e rindo no escritório novamente. Cacete... Eu não sei nem o que eu faria. Talvez eu devesse fazer nada. Ignorar sempre foi o melhor castigo para um homem, já dizia minha mãe.

— Bom dia! — Sorrio para os jornalistas sentados pelo setor investigado, caminhando até meu escritório.
Eles murmuram "bom dias" de volta um pouco desconfiados e surpresos. Talvez não esperassem meu famoso cumprimento animado depois do chilique que eu dei ontem. Não posso culpa-los, perdi a cabeça com ciúmes. Nem por isso irei me desculpar com Isabella. Jamais. Aquela dali tá querendo dar o bote no que é meu, e cobra se mata com classe apenas de uma forma: pisando em cima.
Entro na minha sala, e suspiro de alívio quando não vejo meu namorado na sala. Chegar primeiro sempre trás suas vantagens. Como por exemplo: trocar as cadeiras! Ontem percebi que a minha não parava de ranger as rodinhas pelo chão, e isso estava me matando. Então pego minha cadeira e a troco com a do Harry. Sei que isso vai matá-lo de agonia, e ele conseguirá uma nova mais rápido do que eu conseguiria. Talvez depois eu pegue a nova para mim, caso ele continue com essa palhaçada de tentar ser o alfa dessa relação. Coisa que ele não é.
Sento-me na cadeira e automaticamente o cheiro dele vem em minhas narinas. Que saudade. Não consigo acreditar que já fazem onze dias. Não que eu esteja contando... Ah, para... Quem eu quero enganar? Estou contando cada maldito segundo que passo longe.
Fecho os olhos, respirando fundo.
Sinto falta do cheio de menta e canela que vem da sua boca toda vez que ele fala. Sinto falta do cheiro de chocolate que vem do cabelo dele. Ah caramba... Sinto falta do corpo dele contra o meu. Da mão dele na minha... A boca dele no meu pescoço e na minha...
— Srta. Swift? — Escuto Sra. Miranda chamar.
Abro os olhos assustada, e bufo tentando me recompor.
Ela está parada encostada na porta aberta.
— Desculpa lhe incomodar, mas você não fechou a porta, então...
— Não há incomodo algum, entre fique a vontade — Ajeito-me no meu lugar.
— Não, não vou tomar seu tempo, só vim lhe informar que Harry Styles não está passando bem então ficará em casa hoje. — Meu coração para — E quero saber se você vai ficar muito sobrecarregada aqui sem ele.
— O que ele tem? — Sussurro, tentando controlar o pânico.
Miranda me olha afetuosamente.
— Está com febre alta, mas vai ao médico se examinar e depois irá trazer o atestado.
— Febre alta? Quão alta?
Não quero soar desesperada, mas aqui estou eu, com as palmas da mãos suando.
— Eu realmente não sei lhe dizer, Srta. Swift, mas ainda assim, ele vai ficar bem logo. — Ela continua — Mas então, acha que consegue aguentar as pontas sem ele?
Paro para pensar na pergunta da Miranda. Será que posso dar conta? Sim, acho que sim. Desde o começo a intenção era trabalhar sozinha, e aqui está o momento.
— Sim, tudo bem. Eu dou conta.
Miranda sorri.
— Ótimo! Você está autorizada a sair duas horas mais cedo, ok? Caso o dia seja muito exaustivo.
— Obrigada — Murmuro e ela faz um aceno com a cabeça antes de se retirar, fechando a porta atrás de si.
Afundo a cabeça nas mãos e minha preocupação com Harry deixa meu corpo todo tenso. Preciso saber como ele está.
Pego meu celular e disco o número dele. Depois de vários toques, finalmente escuto a voz dele.
— Olá — O sotaque britânico pesado dele, misturado com a voz sonolenta fazem meu coração ter batidas erráticas.
— Oi... Como você está? — Pergunto cautelosa, não sabendo em que terreno estou pisando.
Ele demora uns segundos para responder.
— Estou bem, apenas com dor de garganta e febre. Estou chegando no médico agora.
— Ok. Quando você sair daí, me liga?
— Solto um suspiro — Por favor?
Harry solta uma risadinha com desdém.
— Não precisa se preocupar comigo, Taylor. Melhor você começar a foca na sua missão impossível.
A ironia na voz dele, me fere. Ele ainda está puto comigo.
— Claro que eu preciso, e eu sou sua namorada.
— Hm... E dai? — A voz dele fica tensa dessa vez.
Ele quer me irritar, mas não vou permitir que consiga. Não dessa vez.
— E daí que eu amo você. Me preocupo porque eu amo você. E não quero a pessoa que eu amo doente por aí, e eu estando longe sem poder fazer nada. Então por favor, me dê notícias.
Como esperava, minha resposta o deixou sem reação, então a única coisa que ouço no fundo é o som da respiração pesada dele.
— Eu... Eu te ligo quando sair. — Harry tosse um pouco e geme como se sentisse dor logo em seguida.
Faço uma careta para mim mesma. Ele precisa de mim.
— Tudo bem. Preciso ir agora, ok?
— Certo. Espero que não fique muito difícil aí para você sem mim. — Ele tosse de novo, limpando a garganta — Quero dizer... Sem mim para te ajudar no trabalho.
Sorrio reconhecendo o duplo sentido das palavras dele.
— Eu consigo lidar com o trabalho duro, mas com certeza é muito difícil para mim ficar sem você por perto.
Posso sentir o sorriso dele do outro lado da linha, e a esperança que ainda temos alguma chance, surge de forma arrebatadora.
— Vou deixar você trabalhar, ja cheguei no hospital. Depois eu te ligo.
— Tchau — Murmuro, antes que eu possa desligar, escuro me chamar.
— Taylor?
— Sim?
— Eu também te amo.
Então ele desliga.
Fico um tempo com o celular prensado no meu ouvindo, ainda sentindo as palavras dele entrando na minha mente e indo direto pro meu coração. Era tudo que eu precisava ouvir.