Capítulo 9 - I really miss you.

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Quando eu estava chegando lá, pedi para o motorista parar. Eu paguei e fui andando. Eu não sei o que vou fazer se a Savannah estiver brava comigo. Ela é minha melhor amiga, precisa me entender. Foram tantas coisas que aconteceram nesse tempinho...

Cheguei na porta do orfanato e respirei fundo antes de entrar.

Entrei e fui direto a recepção. Aquela hora todos estariam na aula.

- Kimberly! – ouvi a voz de Anne e me virei, fazendo com que meu corpo se chocasse contra o dela.

- O que é isso no seu braço? Você quebrou? Quando? Como? Onde estava esse tempo todo? – ela disse tudo de uma vez.

- Anne, no momento só preciso falar com a Savannah e contar a ela. Ela te conta depois, mas agora precisa falar com ela, por favor.

- Tudo bem, vou chama-la. Espere em seu quarto. – "ex-quarto" pensei. Fui andando até lá e quando cheguei, fechei a porta e sentei em sua cama.

Demorou alguns minutos, mas quando ouvi o barulho da porta, me levantei e fiquei de pé em frente a cama. Ela entrou meio dispersa e quando me viu paralisou. Ela arregalou os olhos e eu achei que ia até me bater, mas não. Ela correu na minha direção e me deu um abraço forte.

- KIMBERLY – ela gritou.

- Oi Sav, que saudades. – eu disse meio sufocada pelos braços dela.

- Onde você esteve? Por que só voltou agora?

- Longa história.

- Eu tenho tempo, vamos, me conte. – ela disse meio afobada.

- Vou resumir tá? – eu disse rindo um pouco.

- Ta, tá, ande logo.

- Bom, no dia do meu aniversário minha tia Hanna veio me visitar. Ela veio com um papo furado só pra me contar que o Connor morava com ela esse tempo todo e ela nunca contou pra ele da minha existência, ele achava que eu estava morta. – ela fez uma cara de espanto. - Se não bastasse isso, ela me contou que ele morreu há alguns meses atrás, e foi por isso que eu sai correndo aquele dia do orfanato. – eu disse tudo muito rápido. - No fim, eu fui atropelada um pouco depois de sair daqui, e quebrei meu braço. O menino que me atropelou me levou pro hospital e depois me ofereceu moradia na casa dele, e bem, é lá que estou. – ela me olhava como se não estivesse acreditando.

- Kim, como você pode? Você nem conhece esse menino e aceita morar na casa dele? Você bebeu? Você está louca? Acho que o atropelamento te deixou meia grogue. Sério Kim, que porre.

- Savannah, olha, eu conheço ele sim, ele é um ótimo garoto, e eu sei que ele não vai me machucar ou fazer algum mal contra mim, fica sossegada. – ela ficou me olhando um tempo. - Eu estou até gostando dele. Tipo, ele é perfeito sabe? Quando eu vi ele entrando pela porta do hospital eu fiquei toda boba. Ele é lindo mesmo Sav. Nós estamos ficando, eu acho que estou apaixonada por el... – ela me interrompeu.

- Olha ai, olha pra você querida. Toda apaixonada por um garoto que conhece faz 2 meses. Jura? Você vai me trocar por um garoto Kimberly?

- Você não pode falar nada Savannah. Quando o Phellipe entrou aqui, depois de DUAS SEMANAS você estava cheia de amores por ele. Nem vem falando que 2 meses é pouco tempo. E não, não vou te trocar, eu só não quero ficar aqui Sav, você tem que me entender.

- Te entender? Jura que você vai me pedir pra te entender? VOCÊ PROMETEU ficar aqui comigo até completarmos 18 anos e sairmos juntas, você prometeu! – ela estava ficando realmente brava.

- Eu sei disso, eu sei. Mas várias coisas aconteceram e isso mudou. Não que eu não vá ficar com você quando você fizer 18 anos. Claro que vou. Quem sabe o Justin não deixe você ficar lá também? Você tem que conhecer ele, é um amor. E a mãe dele também Sav, ela é toda fofa e ... – ela me interrompeu.

- Vai embora Kimberly. – ela disse sem me olhar.

- Co-como? – eu perguntei.

- Vá. Embora. – ela disse entredentes.

- Sav, não. Não faz isso por favor. Você é minha melhor amiga, eu preciso de você. Eu juro que no dia do seu aniversário de 18 anos eu vou estar aqui pra sair junto com você. Não faz isso Savannah. Você é tudo oque eu tenho. – eu disse me controlando para não deixar lágrimas caírem.

- Você tem Justin agora. Então vá lá com seu namoradinho e me deixe em paz.

- Savannah por favor, não faz isso. Para, para com isso! Ele não é nada meu, apenas nos beijamos algumas vezes, mas ele não significa nada pra mim. Para com isso.

- Se ele não significa nada pra você, volta pra cá.

- Mas ... Mas eu não posso.

- Ah não?

- Por favor, não faz isso. – não consegui me controlar e comecei a chorar. Ela me olhou por uns 3/4 segundos e começou a chorar também, e me abraçou.

- Eu sinto tanto sua falta Kim.

- Eu também sinto Sav, eu também sinto. E é por isso que eu vim aqui hoje. Não fica brava comigo por favor. – nos separamos e ela me olhou.

- Não vou ficar. E se é isso que você quer, ficar com ele, pelo menos me prometa que vai vir me visitar no minimo 2 vezes por mês.

- Sim, sim, claro que prometo!

- Então está perdoada. – ela me abraçou mais uma vez.

- Você é a melhor amiga do mundo, eu te amo Savannah.

- Também te amo chatinha. – fiz uma careta.

- A chata aqui precisa ir embora agora.

Love HurtsOnde histórias criam vida. Descubra agora