Eu queria mas ao mesmo tempo não queria acreditar no que eu estava lendo. Eu não tinha noção de quem podia ter escrito aquilo pra mim. Desde quando eu tenho amigas de infância? Minha unica amiga é Savannah, e ela não faria isso, ainda mais por carta. Eu não conseguia acreditar. Connor vivo? Seria possível? Eu não queria criar falsas esperanças.
Peguei um outro papel e nele estavam escritos alguns endereços e seus respectivos telefones. Pensei em ligar em um numero qualquer, mas eu estava nervosa demais para isso.
Só tinha um jeito de eu saber se aquilo era verdade, pesquisando sobre aqueles lugares, inso até eles e perguntando se eles tinham informações sobre Connor. E eu tinha que ser rápida, se aquilo fosse verdade, ele não teria muito tempo antes de o acharem.
Peguei o saquinho com as pilulas e nele estava escrito: "Caso queria ficar acordada por mais tempo, tome uma dessas". Isso podia ser verdade, alguma amiga da qual não me lembro tentando me ajudar, ou poderia ser uma piada de mal gosto, mas quem faria isso? E por que? Mas eu não poderia arriscar a chance de poder vê-lo novamente. Eu simplesmente não podia.
Pensar que talvez ele estivesse vivo, fez um sorriso crescer em meu rosto. Naquele instante eu decidi que não ia deixar nenhuma outra emoção me atrapalhar nessa minha... Posso chamar de missão? Acho que o mais certo seria... Nessa minha jornada atrás de Connor. Eu preciso encontra-lo, e só depois que tudo isso passar, eu lido com as minhas questões emocionais. Eu faria isso por ele, apenas por ele.
Guardei os papéis no envelope e as pílulas na gaveta da minha escrivaninha. Me levantei e caminhei até o banheiro, me despindo em seguida e tomando um banho razoavelmente demorado. Quando sai, sequei meu cabelo e coloquei meu pijama, mesmo sabendo que eram menos de oito horas. Me deitei na cama e senti uma pontada em minha cabeça. Esperei alguns minutos para ver se passava, mas a dor só aumentava a cada minuto. Decidi descer e tomar um remédio para ver se melhorava. Levantei-me e calcei meus chinelos, saindo de meu quarto e descendo as escadas, indo até o banheiro principal.
Pude ver Justin na sala conversando com Britney, mas ele estava de costas para mim, por isso não me viu. Tentei não fazer nenhum barulho e rapidamente entrei no banheiro. Peguei a caixa de remédios e um comprimido para dor de cabeça, me direcionando para a cozinha em seguida.
Peguei um copo de água e bebi o remédio, em seguida me direcionei as escadas novamente.
- Kimberly? – ouvi a voz de Justin quando eu estava na metade das escadas. - Kimberly! – ignorei-o e continuei subindo. - Eu estou falando com você, será que da pra me responder? Kimberly! – ele disse alto.
- Será que da pra você me deixar em paz? – gritei, já ficando brava. Me virei e continuei a subir as escadas novamente.
Cheguei em meu quarto e bati a porta com força, mas me arrependi em seguida quando senti minha cabeça doer. Me joguei na cama e não pensei em mais nada, quando me dei conta, já estava dormindo.
[...]
Me levantei e sentei na cama com força e rapidez. Minha respiração estava ofegante e eu suava frio. Tinha acabado de ter um pesadelo.
~ flashback.
- Connor? Onde você está? – eu gritava enquanto corria pelos corredores de um predio abandonado. - Sou eu, Kimberly! Eu vim te buscar, não fique com medo, estou aqui, não vou deixar ninguém te machucar! – eu olhava de um lado para o outro, correndo desesperadamente. - Connor!? – ouvi um barulho de vidro sendo quebrado no fim do corredor e corri até lá. - Connor? Você esta aq... – entrei pela porta e parei de falar assim que encontrei seu corpo jogado no chão, cheio de sangue. Sua roupa e sou rosto estavam ensanguentados e ele segurava uma arma em suas mãos. - CONNOR, AI MEU DEUS, NÃO! – me joguei ao lado de seu corpo e comecei a chacoalha-lo na tentativa falha de acorda-lo. - VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR CONNOR, NÃO PODE! ACORDA POR FAVOR, ACORDA!
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Love Hurts
Romantizm[CONCLUÍDA] "Era uma vez uma menina. Uma menina muito boba. Muito boba porque ela achava que vivia dentro de um filme. Geralmente, nos filmes, tudo acontece meio magicamente. E ela pensou que a vida fosse assim também. Mas acabou descobrindo da pio...