Capítulo 9

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*PRONTA PARA CASAR na íntegra no Wattpad somente até dia 10/01/17*    

Acordo antes do meu colega de apartamento. Hoje vou surfar pela primeira vez. Estou muito empolgada! Surfar sempre foi uma das coisas que sempre quis fazer e minha mãe dizia que era coisa de meninos.

Ela iria ficar muito decepcionada comigo hoje.

Beto acorda logo após às cinco e meia da manhã.

— Caiu da cama? — pergunta. — Ou melhor, caiu do sofá?

— Preciso estar muito cansada para conseguir dormir mais do que seis horas nesse sofá.

— Animada?

— Muito.

— Então vamos logo pro mar, gata!

Ele segura minha mão e me puxa para fora. Penso em dizer meu nome, mas ele também não perguntou.

Chegamos na praia e a maioria da galera já está no mar. Um senhor, que se eu não me engano, chama-se José, se aproxima e me entrega uma prancha.

— É para você. Foi da minha filha. É uma funboard, excelente para iniciantes.

Fico comovida com a forma carinhosa que todos me tratam. Como comentei com o Beto, do lugar que eu venho, as pessoas não são tão legais e gentis.

— Obrigada. Não tenho palavras para agradecer.

— Agradeça fazendo bonito — ele diz.

— Gata, parafina e alongamento. Depois vamos pro mar.

Começo meus preparativos. Estou começando a ficar com medo. E se alguma coisa der errado? E se eu me afogar? E se...

— Não tenho o dia todo — Beto grita. — Vamos logo com essa porra!

Não vou desistir agora.

Coloco a prancha embaixo do braço e corro para o mar com o Beto ao meu lado.

— Lembra da forma que deve subir na prancha?

— Sim. Empurrar para baixo, apoiar as palmas das mãos na altura do peito e firmar os pés

— E da posição correta dos teus pés na prancha?

— Sim, Beto.

— Ok. Agora é só esperar a onda perfeita para você.

Chegamos no ponto do mar onde todos estão esperando a onda perfeita. Olho para o horizonte e começo a achar que nunca vou conseguir ler as ondas.

— Aquela parece boa, Beto.

— Não — diz apenas.

Muitos dos rapazes vão para onda que eu havia falado. Fico frustrada. Quinze minutos passam comigo querendo ir a cada onda e o Beto dizendo não. Quando estou quase desistindo, ele anuncia:

— Essa é a tua onda, gata. Tem teu nome nela. Começa a remar. — Remamos um ao lado do outro. — Não suba até eu não dizer que é para subir. Rema, gata. Rema.

A adrenalina toma conta do meu corpo. Não posso acreditar que isso está realmente acontecendo.

— Rema mais rápido — Beto continua com as intrusões. — Rema, rema e agora... ergue!

Faço exatamente como treinei na areia e caio em menos de três segundos. Tento manter a calma, não me apavorar e voltar para a superfície.

— Tá tudo bem? — pergunta Beto, de alguns metros de distância.

Pronta para Casar - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora