Capítulo 37

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CAPITULO 37
Jack chegou no hospital desesperado, acompanhado de Lisa. Ele logo correu até Johnny.
- O que foi que vocês fizeram???
Johnny com lágrimas nós olhos contou todo o ocorrido a Jack. Johnny se lamentava.
- Me perdoe Jack... É culpa minha... É tudo minha culpa.
- Agora já está feito. O que o médico disse??
- Ela perdeu boa parte da memória.
O médico voltou.
- Doutor! Doutor! Posso ir ver minha irmã?
- Ela está muito cansada, ela precisa descansar, e vocês todos também.
- Não vou sair daqui sem ela!
Gritou Johnny.
- Johnny se acalma!
Jack se sentou na cadeira de espera ao lado de Lisa, ele estava sem rumo. Rodrigo entrou pela porta. E correu em direção de Johnny e o segurou pela garganta.
- É tudo culpa sua.
- Vá... me mata... Me enforca Ela.. é minha vida, sem ela... não sou nada.
- Imbecil! Não vou te matar porque quero te ver sofrendo!!
- Rodrigo solta ele! - Ordenou Lisa.
- Claro maninha. Ele merece sofrer de vagar...
Rodrigo o jogou no chão com força, ele bateu a cabeça e desmaiou.
Rodrigo saiu revoltado do hospital.
Quando Johnny acordou ele estava no quarto do hospital, já estava noite, sua cabeça doía. Ele levantou do leito, e abriu de vagar a porta.
O Hospital estava vazio. Apenas Lisa e Jack dormiam nas cadeiras.
Johnny foi até os arquivos e viu onde em que quarto Júlia estava.
-hm... 42... - Ele abriu a porta, e entrou.
E lá estava Júlia, lindamente deitada, respirando calmamente com sua cabeça enfaixada, e seus cabelos ruivos caindo pelo seus seios, até uma parte da cintura. Ela estava mais branca que o normal.
Johnny pegou a cadeira e a colocou do lado da cama. E segurou a mão gelada de Júlia. Uma lágrima escorreu dos olhos dele.
- Ah, Jú... Eu devia ter te protegido mais... Olha só... Estava tudo indo tão bem... E veja agora princesa... Prometo que... vou te fazer lembrar de mim... Me perdoe.
Johnny se levantou e lhe deu um beijo na testa. E saíu, enxugando as lágrimas. Ele saíu pelas portas da frente do hospital.
Jack acordou e o viu saindo.
- Ei aonde vai?
- Vou... bolar um jeito dela se lembrar de mim.
Ele saiu. Ele foi caminhando até a casa dele em silêncio.
Ele estalou o dedo.
- É isso! O celular dela tá na Van!
Johnny ligou para o celular do amigo dele.
- Mano, abre a garagem aí, pega o celular da Júlia que eu já tô chegando.
- Mas... Mano!
- Faz isso!
Johnny desligou e saiu em disparada correndo.
Ele chegou ofegante e suando, apesar de estar de noite.
- Tá aqui. O que vai fazer?
Johnny desbloqueou a tela e abriu em galeria.
- É isso! Nada, vocês verão. Valeu mano.
Johnny o abraçou e foi correndo para casa. Ele comeu alguma coisa, e passou a noite toda preparando a surpresa.
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Júlia acordou meio atordoada. Sua cabeça doía muito. Jack entrou com seu café da manhã e uma aspirina.
- Jack...
- Se lembra de mim?
- Claro... Você é meu... irmão. Aí...
- A cabeça doi?
- Doí muito.
- Coma alguma coisa, e depois tome a aspirina.
Júlia começou a comer de vagar.
- Jack... ?
-Sim?
- Por que estou numa cama de hospital?
Jack se assustou...
- Bom... Não se lembra?
- Não...
- Você bateu forte com a cabeça... Você foi fazer uma loucura, e... bom... deu nisso.
- Não lembro de nada...
Ela olhou o quadro na porta.
- Ohio... Como vim parar aqui?
- Nós moramos aqui Júlly...
- Jack... É um sonho tudo isso não é?
- Infelizmente... Você perdeu boa parte das suas memórias recentes e...
- e?
Jack levou as mãos no queixo.
- Nada... coma.
Júlia terminou de comer e tomou a aspirina.
O médico entrou.
- E aí ruivinha? ... Se sente melhor?
- A cabeça ainda doí...
- Certo... ãn, quando a ferida curar, você já pode ir pra casa...
- Tudo bem doutor- Disse Jack.
Lisa entrou.
- Como está Júlly?
- Ãn... Como sabe meu apelido? Só Jack me chama assim...
- Jully, essa é a minha... namorada, Lisa.
Passou um breve devaneio na mente de Júlia. Ela ficou imóvel e depois voltou para a realidade.
- Bom ãn... Ela precisa descansar...
- Não quero descansar. Jack, cadê a mãe?
- Ela viajou a trabalho Jú...
- Jú...? ... - Júlia ficou imóvel novamente como se passava alguma coisa em sua mente. - Johnny - sussurrou, ela.
Todos se olharam surpresos.
- Júlia? Júlia?
- Sim... Eu...
- Quem é Johnny?
- Não sei... ãn.. você sabe? Por que disse Johnny?...
Júlia se deitou e fechou os olhos.
Jack abaixou a cabeça desapontado.
Ela abriu os olhos.
- Pessoal, realmente, recomendo que a deixem descansar...
- Jú... Estamos ali do lado, qualquer coisa grita que eu...
- você vai aparecer aqui como o superman... não você ia dizer o Batman...''
- Quê?...
O doutor se aproximou do ouvido de Jack e sussurrou:
- Ela está começando a se lembrar de algumas coisas... Creio que, esse Johnny... é realmente marcante.
Jack sorriu, e ele saíu, abraçando Júlia. Ficando apenas o doutor.
- Como se sente em relação a sua mente?
- Está toda bagunçada.
- Sabe o porque? ...
- Sei... Jack me contou...
- Bom, creio que você logo logo vai se lembrar quem você...
- Doutor?
- sim...
- Quem é Johnny?
- A resposta deve ser encontrada aqui... na sua memória...
- Tudo bem doutor...
- Agora descanse.
- Tudo bem...
O médico saiu e Júlia se virou de lado e apagou.
Johnny chegou no hospital.
- Bom dia Jack...
- johnny.
- Alguma novidade?
- Ela disse seu nome.
- ELA SE LEMBROU DE MIM?
- Não...
Johnny abaixou a cabeça
- Ela apenas disse seu nome quando a chamei de Jú... E o que quer dizer '' e você estará como... como... me esqueci...
- como o Superman?... - Johnny sorriu com os olhos fechados...
- É isso mesmo... O que quer dizer?
- Longa história... ãn... Posso entra lá no quarto?
- Não.. Ela ainda não se lembra de você... Não vá assusta-lá... Deixa o tempo e o quanto você foi memorável pra ela... ela vai se lembrar...
- Tem razão Jack... Jack, eu fiz um cartão, será que poderia deixar lá na escrivaninha lá na sua casa?
- Aqui está a chave de casa John, você mesmo pode deixá-lo lá.
- Obrigado Jack... Antes vou ir ver o Steven...
Johnny foi andando até o quarto onde estava o Steven com os olhos cheios de lágrimas.
- Ei John! Que houve? O hospital anda uma bagunça...e... e... ãn.. Você tá chorando?
- Sim... A minha pequena sofreu um acidente e.. e.. perdeu a memória... Logo agora que estávamos juntos...
- Meu Deus Johnny.
Johnny pegou uma cadeira e sentou do lado de Steven.
- Sinto muito... Queria ir vê-lá... Mas, não posso sair daqui... ainda não.
- E como você está Steven?...
- Meu estado piorou Johnny, os médicos não sabem o que fazer comigo... Não sei nem se vou acordar amanhã...
- STEVEN NÃO DIGA ISSO! EU VOU PRECISAR DE VOCÊ VIVO PRA EU CONQUISTAR A MINHA RUIVA DE VOLTA!
- Mas é a verdade John...
O médico entrou.
- Preciso que se retire senhor, está na hora do exame do paciente.
- Okay... - Johnny se virou para Steven. - Se cuida, nada de recuar agora. Seja forte!
- Tudo bem John.. Pela Júlia.
- Você é o Johnny?...
-Sim doutor...
- Sinto muito pela sua namorada...
- É tudo culpa minha doutor... Mas ela vai se lembrar de mim, e do Ste!!
Johnny saiu...
- Jack, tô indo lá...
- Vai lá. Fica à vontade com as coisas dela.
- Obrigado.
johnny saiu pela grande porta da frente com os olhos lacrimejando. Ele chegou na casa de Júlia, abriu a porta... olhou para o sofá... para a cozinha... e subiu as escadas, ele inspirou, e aquele perfume inconfundível... Ele abriu a porta do quarto dela. E lá estava, seus livros favoritos, seu diário. Sua cama...

Ele entrou, suspirou e foi até a escrivaninha, pegou o desenho no porta- retrato e guardou no bolso. E colocou o pequeno envelope rosa escrito '' Minha pequena...'' Ele se deitou na cama, puxou o edredom em cima de dele, e apoiou a cabeça em seu travesseiro. Ele se deitou em forma de feto em busca de proteção em seu perfume. Ele chorava como um bebê que deseja o colo da mãe...

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