Itália parte 3

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Admito que no momento em que pisei na calçada, me perdi. A quantidade de pessoas andando ao meu redor, me empurrando sem nem parecer me notar, me fez sentir totalmente desnorteada. O barulho de buzinas e do tráfico não ajudou em nada. Me perdi de Alex na mesma hora. Tentava procurá-lo por cima das cabeças dos italianos apressados, mas de nada adiantava. Eu sobrevivo um ano inteiro em uma ilha deserta sem comida e quando chego na civilização, eu sucumbo. Muito bom America. Tento atravessar contra o fluxo de pessoas, mas elas praticamente me arrastam para onde vão. Até que sinto uma mão em meu ombro. Me viro a tempo de ver um Alex sorridente olhando para mim. Sinto uma onda de alívio imediatamente e o abraço.

_Nunca mais suma assim.

_Sumir?- ele me olha com cara de interrogação- Você que entrou no meio das pessoas e parecia uma barata louca quando encontra a luz.- Dou um soco em sua barriga e ele finge dor.

_Onde estão os carros?- mudo de assunto

_Que carros?

_Os carros que vão nos levar para o palácio.- levanto o pescoço e tento procurar por eles. Alex permanece em silêncio.- Por favor me diz que você combinou com Nicoletta.- praticamente imploro e ele me lança um sorriso de desculpas.- Claro que você não combinou com ela.- digo mais para mim mesma.

_Desculpa, eu esqueci.- ele se envergonha.- Mas podemos pegar um táxi.- tenta me animar, mas sem sucesso.- Mas eu tenho certeza de que eu conversei com ela sim.- diz mais para si mesmo.

_Você tem dinheiro por acaso? - cruzo os braços e espero que ele admita a burrada que fez.

_Claro que tenho!- tenta se defender. Ele bota as mãos nos bolsos diversas vezes e depois de um tempo retira alguma coisa.- 20 rublos- ele começa a contar- e um botão. Acho que é suficiente. Bufo e reviro os olhos.

_Sabe pelo menos os caminho para irmos a pé?- já irrita pergunto.

_Claro que sei!

Ele não sabia. Saímos andando pelas ruas de Roma perguntando para qualquer um que passasse sobre a direção. Poderíamos ter chego em poucos minutos, mas nosso passeio durou horas. Tenho certeza de que Alex estava fazendo isso de propósito, mas do mesmo jeito, eu adorei. Andamos praticamente por toda a cidade, passeamos pelas vielas e pelo Coliseum, paramos na Fontana di Trevi e vimos enquanto diversas pessoas cantavam e dançavam na fonte. Passamos por ruínas e diversas construções antigas. A cidade inteira parece ter vindo de outro séculos, e eu me apaixonei nisso. Quando eu finalmente não conseguia mais andar, paramos nas margens do Rio Tibre, sobre ele, uma ponte leva qualquer cidadão até os portões do Castelo de Santo Angelo, onde eu realmente espero que seja a moradia da família real. Olho para Alex e ele simplesmente assente. Respiro aliviada. Nastia, que se manteve dormindo durante esse tempo inteiro, acorda com um choro. Alex tenta fazer de tudo para acalma-la, e em pouco tempo ela já dorme novamente. Me impressiono com o jeito que ele tem. Nem eu mesma consigo fazer isso. Em pouco tempo já estamos em baixo na grande construção.

O lugar é todo a base de pedra, e o mais impressionante de tudo, é redondo. O Castelo não é nas estruturas normais e quem quer que tenha sido o arquiteto merece parabéns, criar um castelo redondo não é uma coisa fácil de se encontrar por aí. A ponte estava cheia de pessoas, tirando foto ou simplesmente andando sem nada para fazer, mas a câmara está vazia. Minha primeira impressão é de que é proibido entrar aqui e tenho a maior vontade de voltar para campo aberto, mas Alex me segura antes que eu possa sair correndo. O lugar também é redondo e pinturas e fotografias enfeitam as paredes. Seja de outros castelos e monumentos ou de pessoas importantes. Na reta da saída para a ponte, do outro lado, um grande portão se estende. Provavelmente a entrada para o castelo em si. Em frente, dois guardas armados tomam conta da passagem.

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