Homophobic -Jihope

Capítulo 08

-Estás a passar por maus momentos, ein? - Diz Hoseok e senta-se do meu lado.

-Eu não sei...- Suspiro.

-Como assim não sabes?

- Está difícil... Eu não sei se acredito em ti ou no Yoongi.

- Estás a falar daquilo de "ele vai voltar" outra vez?- Ele fala enquanto revira os olhos.

- Eu tenho andado frustrado por causa disso. Não me apetece falar com ninguém. Nem sei porque estou a falar contigo, tu nem sequer acreditas em mim- Digo a tapar a cara com uma enorme vontade de chorar.

- Ah, Jimin... Ver-te assim parte-me o coração...-Ele faz uma voz engraçada, mas eu caguei pra voz engraçada.

- Foda-se Hoseok. Tu não entendes ! Tu achas que eu sou louco. E nestes tempos eu tenho estado a pensar sobre a hipótese de eu ser mesmo maluco dos cornos !-Lágrimas começam a escorrer pela cara- Como eu posso acreditar que ele vai voltar!? Ele não vai voltar! Nunca! Porque é que é tão difícil para mim aceitar de uma vez por todas que a merda do Yoongi já não existe mais! Ele não vai voltar!! - Bato com a mão no chão, e isso deixa a minha mão vermelha e com pequenas fridas - Eu odeio-me! Eu sou horrível! E sou merda de uma aberração gay!

Eu olho-o nos olhos por alguns instantes. À procura de conforto. Ele estava em estado de choque por me ouvir dizer aquilo.

-Jimin... Não fiques assim...- Hoseok apoia a mão no meu ombro.

-O caralho, Hoseok! O caralho!- Levanto-me e passo no meio da estrada onde passam muitos carros. Todos eles apitam causando um ruído horrível.

Hoseok puxa-me da estrada de volta à beira da ponte.

-Pára já com isso ! Já estou farto! Pára de agir como um miúdo mimado! Sempre com esse "mimimi, coitadinho de mim, mimimi" .Eu já estou farto! Eu tento cuidar de ti como o Yoongi fazia, apenas para te ver melhor. E sabes o que mereço em troca? Isso mesmo, o Park Jimin a portar-se como uma criancinha. E sabes o que eu penso sobre isso? Que devias enfiar um pau nesse teu cu carente para ver se melhora.- Ele respirou fundo.

Encarei a cara de Hoseok vermelha de raiva por alguns minutos silenciosos.

- Pronto, já desabafei. Agora... Lá no centro da cidade tem um café que abriu à pouco tempo, é otimo. Queres vir? - Ele diz com um sorriso bem aberto. O que me assustou um pouco.

-OK. Vamos lá, então.- Disse ainda um pouco receoso.

Ele pôs o braço à volta do meu ombro e fomos até lá.