Sempre acontecerá algo estranho

30 6 3
                                    

Narrado por Marcos.

- Foi bom mas eu pensei muito na Bianca - O José me dizia no receio subindo as escadas para entrar na sala  - queria que tivesse sido com ela.
- É né - Eu disse -, mas vocês ficam de frescura e não ficam juntos.
- Ela não me quer Marcos - Ele disse - a opção que eu tenho é seguir em frente, mesmo que não seja do jeito que eu quero.
Entramos na sala fazia e sentamos no nossos lugares. Na hora que sento algumas cadeiras começam a se mexer e a fazer barulho.
Algumas bolsas caem da cadeira espalhando cadernos e folhas para todos os lados.
- O que é isso? - José pergunta.
- Sei lá - Eu respondo.
Uma cadeira voa ao rumo do José e ele se abaixa no chão, a cadeira bate na parece e faz um barulho ensurdecedor.
José se levanta e olha para mim assustado, como se não tivesse acreditando no que estava acontecendo.
Um caderno bate no meu rosto e eu dou dois passos para trás.
Agora todas as cadeiras estavam fora do ligar,  bolsas no chão, começou um barulho como se alguém estivesse batendo no quadro freneticamente.
- Vamos tentar arrumar as coisas antes que alguém chegue - Disse o José.
- Como se ainda estão bagunçando? - Pergunto.
- Não sei, só tenta.
Começamos a arrumar as cadeiras, pegamos as bolsas do chão, tentamos arrumar o máximo, a porta abre e todo o barulho, e tudo se mexendo sozinho, para,
- O que foi que vocês fizeram nessa sala? - Perguntou a Nayra uma das coordenadoras do colégio.
- Eu posso explicar - Disse o José, eu não conseguia dizer nada.
- Pode mesmo e vai explicar na diretoria - Ela disse irritada - vocês dois me seguem agora.
Ela saiu da sala e nós a seguimos, descemos as escadas e a Alice nos ver, ela movimenta a boca formando as palavras " O que aconteceu?", mas não respondi só seguir em frente, chegamos na diretoria.
- Agora pode me contar o que aconteceu - Ordenou a Coodernadora.
- Meu pai vai me matar - Foi a única coisa que eu conseguir dizer.
- Devia ter pensado nisso antes - Ela respondeu.
- Quem fez aquilo foi eu - O José falou de repente - eu bagunçei todas as cadeiras fiz todo aquele barulho, o Marcos só tentou me impedir.
- E por que você faria aquilo? - Ela perguntou.
- Estava com raiva - Ele respondeu - e triste, precisava descontar em algo e foi a única coisa que achei - O José começou a chorar - perdão.
- Depois nós conversamos quando você estiver melhor - Ela respondeu - agora voltem para sala.
Ele levantou e eu o segui, saímos da diretoria e andamos até a escada.
- Você chorou de verdade? - Eu pergunto.
- Claro que não idiota - Ele responde - isso foi para livrar nossa cara.
- Por que você não é ator? - Eu brinco.
- Ainda não me descobriram - Nós dois sorrimos.
Chegamos na sala alguns alunos estavam arrumando as cadeiras e as bolsas, eu e o José fomos ajudar.
- O que aconteceu? - Perguntou a Alice atrás de mim.
- Você já deve saber - O José respondeu - espíritos, que agora querem arrancar nossas cabeças com cadeiras.
- Como sempre eles - Ela disse e volta arrumar a sala.

Série Cemitério: Cemitério Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora