Capítulo 3 - Barbie açougueira

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Pedro pôs os braços à frente do corpo de forma defensiva, mas um estrondo o fez ficar imóvel naquela posição; intocado.

Depois de alguns segundos, ele olhou ao redor. Amanda já não estava com a lanterna virada para o mesmo. Ele estava intacto.

Ele começou a fitar ao redor e, ainda apavorado, viu André, baleado, com o corpo estirado na pia com um buraco em sua testa.

Um buraco de bala.

- Meu deus! - Amanda gritou apavorada; logo, começou a soluçar por nervosismo. O que a fez por a parte superior à frente da boca, ainda com o cutelo em mãos.

- Amanda... - Pedro disse boquiaberto. - Olha...

A subiu um arrepio.

Ela hesitou mas, logo, iluminou a porta da cozinha.

Logo, viu um homem.

Um homem com jaqueta de couro e calças jeans escuras, com a barba a fazer e erguendo uma pistola escura.

Ele soprou o cano da arma e a guardou.

Os dois ficaram boquiabertos com aquela cena. Não sabiam se ficavam mais tranquilos por não serem mortos ou em histeria por seu amigo ter sido baleado por um homem desconhecido.

- Quem é você? - Amanda hesitou em perguntar, mas o fez.

- Sua nova mamãe - O homem respondeu de forma descontraída, com um sorriso suspeito no rosto.

- E se quiserem viver, acho melhor os dois virem comigo. A gula ainda não morreu. - Ele se aproximou do loiro estirado na pia.

- Quem? – Pedro perguntou confuso. 

- O belo e magnífico rapaz loiro que agora possui um belo  e magnífico rombo na testa. – Ele segurou o rosto de André pelas bochechas. - Ele.

Pedro se afastou do corpo de André, Amanda deu um longo e indiscreto passo para trás. 

- O que foi? - O mais alto perguntou. - Até parece que nunca viram um cara tão gostoso quanto eu carregar seu amigo baleado no ombro.  - Ele continuava num tom jovial e vulgar.

Os dois fizeram, simultaneamente, um sinal negativo com a cabeça.

Ele deu uma risada baixa; levemente rouca.

- Relaxem. Seu amigo está vivo. - Ele levantou André, o que permitiu com que os dois vissem a barriga do mesmo mexer...

Ele estava respirando.

– Me sigam. - Ele disse autoritariamente, pondo o corpo do loiro em seu ombro esquerdo. 

Amanda e Pedro acataram o pedido sem nenhuma hesitação, afinal, ele acabará de salvar suas vidas.

Saindo da casa, havia um carro preto à porta; um Ford Fusion com vidros bem escuros que incapacitavam a visão de seu interior. As rodas estavam sujas de lama mas o carro parecia recém lavado. O homem abriu o porta-malas do carro e jogou o corpo de André no mesmo, sem mais nem menos, e depois, fechou.

Pedro e Amanda ficaram boquiabertos assistindo aquela cena. Assustados e sem saber o que fazer. Apenas olharam um para o outro pasmos ao ver um estranho jogar o corpo de seu amigo no porta malas.

– Entrem no carro. - O homem disse sério, autoritário.  Ele foi em direção à porta do carro e a abriu para que os dois pudessem entrar.

Amanda olhou para Pedro, e ambos assentiram.

Os dois entraram. Era um carro bem comum, três acentos atrás, e dois na frente. Cambio automático, e um rádio bem velho, aparentemente pifado. O homem entrou e sentou-se no banco do motorista, e logo, começou a dirigir.

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