Capítulo 6 - Irei apagar as Luzes (Parte II)

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Capítulo 6 – Irei apagar as Luzes (pt. II)

– Acorde - Gabriel estapeava levemente seu rosto. - Acorde de uma vez.

Rafaela acordou amarrada em uma árvore com a barbela que usavam para prender os cavalos.

O chão estava repleto de corpos abertos e cobertos de sangue; mal se conseguia ver o chão. O céu escuro da noite mostrava que Gabriel não tardou para prendê-la e acordá-la. Ele estava com o peitoral completamente ensanguentado (com sangue que não era seu) assim como sua calça. A única coisa que estava completamente limpa era sua espada.

Sua espada tinha o cabo preto com detalhes em prateados de, aparentemente, ouro branco; A lâmina prateada era o que mais reluzia em toda aquela espata romana semicurva; Chegando bem perto, era possível notar símbolos que Rafaela não reconhecia. Símbolos tão estranhos que chegavam a ser macabros.

– Me solta! – Rafaela gritava - Agora!

Gabriel soltou um leve riso de deboche.

– Acha que pode dar ordens nessa situação? É uma pena mesmo... – Ele ajeitou uma mecha que caia sobre sua testa – Não esperava que minha pretendente fosse um dos Sete. - Ele falava em tom calmo, como se toda aquela situação fosse algo comum.

- Vossa mercê vai ter que morrer aqui, Arrogância... – Ele apontou a espada em direção à testa de Rafaela.

– Me solta! - Ela falava histericamente – Eu não tenho a mínima ideia disso que fala! Acredite! – Ela gritava enquanto seus olhos lacrimejavam.

Gabriel se agachou, aproximando-se dela.

– Se você gritar mais uma vez, eu juro que farei a sua morte ser lenta e dolorosa - Ele falou agressiva e autoritariamente, mas logo se conteve. - Então, se comporte e morra educadamente.

– Paulo! - Rafaela gritava pelo empregado – Me ajuda! Paulo!

Gabriel, com um tapa, fez com que ela se calasse.

– Mandei calar a boca, sua vadia mimada. - Ele disse autoritariamente enquanto ainda repousava a mão sobre o rosto de Rafaela.

Antes que Gabriel pudesse se levantar para fazer algo a ela, ele foi empurrado, caindo no chão bruscamente.

– Não fala assim com a minha irmã, seu imbecil. - Rafael disse ofegante.

- Rafael... – Rafaela disse com lágrimas nos olhos

– Seu moleque... - Gabriel disse enquanto se levantava.

Gabriel ergueu sua espada acima da cabeça e foi andando lentamente em direção a Rafael. Assim que pode chegar perto o suficiente para poder aproximar a lâmina perto da pele do jovem, começou a rir...

Aquele riso apavorava os dois gêmeos, assim como apavoraria qualquer um que o ouvisse.

– Isso é incrível! - Gabriel disse com um sorriso insano no rosto - Os dois dividem a mesma marca!

– E-eu não sei do que você está falando... - Rafael gaguejava enquanto dava leves passos para trás, recuando.

– Corre, Rafael! - Rafaela gritou em desespero. – Corre!

Rafael tentou recuar; mas tropeçou em um corpo, caindo no chão. Gabriel estava pronto para matá-lo, ele estava com um sorriso largo, assustador, assim que soltou uma gargalhada, o coração de Rafael gelou de medo.

– Morra! Arrogância! - Gabriel disse histericamente, erguendo sua espada para cortar Rafael.

– Não! - Rafaela gritava ainda no mesmo tom.

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