o dono do bar.

d e z o i t o

jared

Dias depois.

Estacionei minha moto debaixo de uma árvore e fiquei olhando para o grande e distinto prédio a minha frente.Era bem coisa de "garotinha mimada". Um homem maduro não deveria parecer um cafetão perto de um colégio,mas eu não sou tão maduro assim... E fazia dias que eu não a via, e nos falamos por mensagens poucas vezes. A mãe da garota deve ser um dragão e eu não tenho vocação pra São Jorge.

Ouvi o sinal tocar, me lembrei dos meus tempos de escola, ou melhor dos tempos em que eu dormia dentro da sala de aula, e mesmo não fazendo nada, tirava boas notas. As professoras eram... Digamos que, "afeiçoadas" por mim.

Depois de alguns minutos vi quem eu queria sair dali com sua amiga loirinha, aquele uniforme era terrível.
Com uma camisa polo branca com aquela saia azul batendo no joelho deveria ser proibido. É uma escola de freiras? Espera aí...Tem garotos ali. Vão ser padres?

Ela parecia realmente uma "garotinha". Sorri com a cena, seria realmente bom, tirar aquela coisa dela, e era surpreendente que ela ainda assim, conseguisse ficar bonita.

Vi a mesma escanear com os olhos a área, possivelmente sentindo que estava sendo observada. E assim que me viu abriu levemente os lábios em espanto.

Sorri para ela, amplamente.

Ela olhou em volta e falou algo no ouvido da amiga, lhe entregou sua mochila a mesma olhou em minha direção. Mulheres...

Carter olhou novamente o local e caminhou em minha direção.
Onde eu estava não era evidente.

- O que faz aqui? - Perguntou estranhando, mordendo o lábio. Essa garota não deveria fazer isso. O que ela quer fazer com minha sanidade? Estamos perto de um colégio.

- Você parece uma criança vestida assim - Falei. Vi seu rosto ficar vermelho. Que garota tímida.

- SE VOCÊ VEIO AQUI PARA TIRAR COM A MINHA CARA PODE DAR MEIA VOLTA COM SUA MAQUINA MORTÍFERA! - Bradou, pois acho que a vermelhidão não era timidez.

- Não eu não vim para isso... Mesmo aproveitando isso para rir da sua burca. - Não deixei de comentar e ela revirou os olhos.

- Então, o que quer? Olha, não é muito bonito uma garota ficar se encontrando com um motoqueiro na porta da escola - Disse, olhando a sua volta.

- Esqueci que meninas de família tem uma reputação a zelar - Gargalhei, e ela me estreitou os olhos.

- Jared, fala logo - Gostei do som do meu nome na voz dela, gemendo então, deve ser incrível!

- Quer dar uma volta? - Perguntei e continuei - Não é um sequestro e vai poder se livrar de sua prisão domiciliar. - Sugeri. Sim, não me julguem, faz parte da minha personalidade levar as pessoas para o mau caminho.

- Eu não sei Cretino...- Mordeu os lábios pensativa, respirei fundo me livrando dos pensamentos pecaminosos.

- Voltamos antes do anoitecer - Falei e lhe estendi o capacete.

Ela olhou pra sua saia. Isso sim era algo engraçado. - Okay. - Concordou - Mas com uma condição... - Levantei as mãos em rendição.

- Qual? - Perguntei.

- Se eu quiser vir embora, você TEM que me trazer! - Disse. Era razoável. Mas duvido que ela queira vir.

- Okay. -  Concordei, ela então, caminhou até perto da moto, tirei minha mochila e lhe estendi sorrindo sacana, ela sorriu desacreditada, como eu já estava montado, liguei a mesma, Carter já com o capacete e minha mochila nas costas, montou prendendo a saia entre as pernas. Sorri mais. Coloquei meu capacete e segui saindo daquele bairro, Carter se apertou contra mim. Essa garota não tem medo. Mas vou fingir que acredito.

- Jared, para onde vamos? - Perguntou.

- Você vai se surpreender, agora se segura, vai demorar um pouquinho para chegar - Falei e senti a mesma passar os braços em torno de mim.
Ela com certeza vai ter uma surpresa quando chegarmos.

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Vão só dar um passeio, essas crianças.