carter
O tiro atravessou a parede e passou bem longe do homem, mas a arma acabou disparando outra vez quando eu a deixei cair no chão. Era ele ali. Será que ainda estou dormindo e isso não passa de um sonho? Ou será que estou ficando louca a ponto de ter visões?
Meus olhos se encheram d'gua e dei passos vacilantes.
- Jared?
- Carter...- A voz. Eu ouvi sua voz rouca.
- C-como p-pode? - Perguntei sem acreditar. Era uma alucinação. Não podia ser ele ali.
Observei bem ainda absorta, estava com os cabelos nos ombros, magro, e abatido, mas ainda era ele. Aqueles olhos verdes me encarando ainda eram os mesmos da qual eu sou apaixonada. Era? Não era?
Mas ele estava morto. Morto. Eu sofri por longos meses por sua morte e agora... Eu só posso estar louca.Gritei com todas as minhas forças e deixei as lágrimas caírem, meu corpo chacoalhava e minhas pernas perderam a sustentação. Senti seus braços me abraçarem. Era ele ali, não era uma alucinação.
Chorei como nunca e apertei seu corpo contra o meu, ele não podia me deixar de novo. Não podia. Caímos os dois no chão, e continuei chorando agarrada a seu corpo, com medo de tudo ser uma mentira.
Subi os olhos para seu rosto e me peguei passando a mão sobre o mesmo em reconhecimento.- Eu estou sonhando? - Perguntei mais a mim mesmo.
- Não. - Ele respondeu sôfrego, e engoliu em seco. Como se quisesse segurar suas emoções.
Deixei mais lágrimas caírem.
- Não chora, calma, estou aqui, vivo, sou eu - Ele pediu com o rosto bem perto do meu, apertando meu corpo contra o seu, desci minha mão para seu peito, eu precisava sentir seu coração bater contra minha pele. E era ele ali, com o coração tão descompassado quanto o meu.
Puxei seu rosto e selei seus lábios, segurei suas costas com força. Bem perto de mim. Nosso beijo era quente, nostálgico. Seus beijos desceram para o meus pescoço e colo, minhas mãos adentraram sua camisa e arranhei suas costas. Ele parou o beijo para retirar minha blusa e aproveitei para fazer o mesmo com a dele. Eu estava sem sutiã e antes que eu esperasse seus lábios já estavam sugando meu seio direito enquanto a outra mão estimulava meu outro seio, me fazendo gemer alto, eu já não tinha controle do meu corpo, eu era dele, sua boca subiu e alternou entre meu pescoço e clavícula. Ele se virou e me deitou sobre o tapete felpudo. Passei a mão pelo peito enquanto o mesmo distribuía beijos pelo meu rosto de forma carinhosa.
- Eu amo você, nunca mais me de um susto desses, Cretino! - Sussurrei agarrando seu corpo contra o meu em pocessão.
- Eu também te amo, e não sabe o quão mal me sinto por ter fodido assim com a sua vida - Ele sussurou antes de tomar meus lábios novamente.
E eu sucumbi, eu estive em seus braços novamente, me entregando a ele da forma mais intensa o possível.
(...)
Estávamos deitados juntos na cama, minha cabeça no seu peito e nossas pernas entrelaçadas. Em silêncio, só sentindo a presença um do outro, depois de quase sete meses sem se ver, de achar que nunca mais o veria, ele está aqui, novamente. O sol já estava nascendo, um novo dia, luz em meio a escuridão.
- Jared...- O chamei baixinho.
- Sim? - Soltou em um sussuro.- O que houve? O que aconteceu? Como foi que...sobreviveu? - Questionei o que eu tanto queria saber.
E ele me contou, tudo.
Ele passou por muita coisa, muita mesmo. Me fazendo o abraçar forte contra mim, não queria nem imaginar ele passando por tantas coisas ruins.
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o dono do bar.
Storie d'amoreDepois de ter uma decepção amorosa, Carter Hastings, uma jovem que leva uma vida sem muitas emoções, foi até um bar afastado de sua cidade, para "afogar as mágoas". Mas ali encontrou muito mais do que bebidas... Ao conhecer o dono do bar, o belo e i...