v i n t e e t r ê s

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Três dias depois.

kate

Três dias sem saber da Carter, quando fui a casa dela dona Vanessa disse que a mesma havia viajado. Mas... A luz do quarto dela vivia acesa e eu via uma sombra conhecida sobre a cortina. O que dizia que...

Carter estava lá.

A sacada do meu quarto tem visão para a do dela, então, durante a tarde, fiquei na varanda, até que a vi pelo vidro da porta que dá para sacada.

- CARTEEER! - Gritei, esperando que ela me escutasse. E por um golpe de sorte, aconteceu.

Ela apareceu na janela e assim que me viu ficou exasperada, e fez um sinal de espera com a mão. A vi sair da janela, alguns segundos depois ela voltou com uma folha A4 onde estava escrito "estou presa" e no verso "minha mãe".

Não acredito que Vanessa fez isso com a Carter, era doentio?

Fui até a minha escrivaninha e peguei uma outra folha e escrevi "vou te ajudar". E ela assentiu.

Mas como eu posso ajuda-la?

Passei a noite inteira pensando em como fazer isso, e pensando no lógico, em quem a meteu nisso, que sem dúvidas nenhuma foi o tal Jared. Então, ele vai ter que ajudar!

Ao amanhecer fui até o bar, toquei o interfone algumas vezes e depois de uns bons minutos ele atendeu. Com cara de poucos amigos.
Mas incrivelmente sexy. Até entendo Carter ficar tão confusa. Por que... Pelo amor de Deus!

- O que você quer aqui? Não me diga que sua amiga mandou algum recadinho? - Ele perguntou encostando no batente da porta, sem nem me convidar para entrar.

- Você tem falado com ela nos últimos três dias? - Perguntei só para saber.

- Não, não sei dela! - Respondeu com descaso.

- É por que até ontem a tarde nem eu sabia! - Ele arqueou uma sobrancelha.

- Como assim? - Perguntou mais interessado.

- A Carter está presa. - Disse e continuei. - Depois dela sair com você, ela sumiu, eu fui até a casa dela e nada! Então... (...)... - Lhe contei tudo o que sabia e ele ouviu atentamente.

- Então o Dragão a prendeu na torre? E você quer que eu banque o príncipe encantado? - Perguntou me encarando como se eu fosse uma idiota. Mal sabe ele do que eu sou capaz.

- NÃO. FOI VOCÊ QUE A METEU NESSA CONFUSÃO, ENTÃO A TIRE DELA! - Bradei. Cansei de ser legal, não é porque ele é todo gostoso que pode falar assim comigo não.

- Vocês são tão nervosinhas! - Ele falou, passando as mãos em seus cabelos um tanto ansioso, mas continuou. - Eu ajudo, mas e aí tem alguma idéia? - Perguntou, esperando que eu tivesse um plano.

É claro que eu tinha!
_____________

Contei tudo a ele, e felizmente, ele topou fazendo algumas modificações, então começaríamos a missão, com o nome ridículo que eu inventei "Resgatar a garotinha da torre do Dragão".

Logo eu voltei para casa para fazer minha parte do plano, tentando convencer a todo custo, minha mãe a me ajudar, contando que Carter estava em carcere de privado em casa, e que eu, e o namorado dela (mentirinha do bem) iríamos resgata-la. Minha mãe que também não é muito boa das idéias assim como eu, e tem a mania de romantizar as coisas, topou. O plano era simples, era minha mãe fazer uma reunião com o mulheril do bairro e se certificar de que Vanessa, a mãe da Carter, iria, e não sairia de lá até que eu chegasse, que seria quando o plano já estivesse efetuado.

Minha mãe ligou para todas as mulheres e se desdobrou para convencer Vanessa. Mas conseguiu.

Então eu pude dar as coordenadas a Jared, com horário e tudo certo.

Iríamos tirar a Carter de lá, eu era uma ótima estrategista...

Então começamos a executar o plano assim, durante a noite, quando dona Vanessa foi jogar poker na minha casa como quem não havia feito nada, eu fui avisar a Jared, que estava atrás da casa de Carter, que a barra estava limpa.

jared

Assim que a loirinha me avisou, que a barra estava limpa, eu fui até a porta dos fundos da casa de Carter, e abri a porta com uma chave mestra (sim, eu tenho uma dessas, nunca se sabe quando vai precisar.) Adentrei a casa e fechei a porta, eu estava na cozinha, que era absurdamente organizada. Segui pela sala de jantar, e avistei o corredor, e vi escadas no final dele, possivelmente para os quartos. Corri escada acima, avistando três portas e uma delas era em tom de roxo. Sorri comigo mesmo, me lembrando que eu lidava com uma garotinha.

- Carter? - Chamei uma vez, o mais baixo o possível - Carter? Carter? - Chamei um pouco mais alto.

- JARED? - Ela perguntou do outro lado, surpresa.

- Sim sou eu. - Declarei enquanto eu destrancava a porta com minha preciosa chave.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Ela berrou assim que eu abri a porta e adentrei o quarto.

- Silêncio. Não temos tempo para isso, depois eu te explico tudo. Se quer sair, é agora ou nunca. - Ela ponderou sobre o que eu disse, alarmada. Olhei para o quarto cheio de roxo e lilás cheio de posters, e me perguntei em que merda eu estava me metendo.

- Okay... Eu quero! Mas para onde eu vou? - Perguntou, ainda incerta.

- Isso é o de menos. Sua amiga e eu temos um plano. Pegue o que precisa. Não temos tempo, seja rápida! - Falei e ela assentiu correndo rumo a uma porta que já estava aberta, que creio ser o closet.

Saí do quarto, e andei pelo corredor. Abri uma porta. Banheiro. Sorri comigo mesmo e fui rumo a outra, felizmente estava aberta. Adentrei ali vendo o quarto da mãe de Carter, impecável.
A cama perfeitamente arrumada. Foi mais forte do que eu puxar os lençóis, e rolar sobre a cama. Ela vai achar que Carter brincou aqui antes de ir embora.

Avistei sobre a escrivaninha, o celular, e algumas outras coisas de Carter. As peguei e voltei para o quarto. Carter saía do closet com uma mochila.

- Olha o que eu encontrei! - Mostrei a ela.

- Ah que bom! - Disse feliz, indo ao closet, e voltando com uma outra bolsa de lá para colocarmos as coisas dela. Assim que ela colocou as coisas ali, eu disse - Temos que ir, já! - E ela assentiu.

Seguimos para fora e descemos as escadas correndo, fui na frente e Carter me seguiu rumo a cozinha.
Senti meu celular vibrar em meu bolso. Possivelmente era a loirinha.
Sinal vermelho.

- Corre! - Falei assim que passamos pela porta dos fundos que deixei aberta. Carter me seguiu correndo pelo gramado, e fomos até a árvore onde minha moto estava. Assim que chegamos perto dela, nem me lembrei de capacete, eu adoro quando a adrenalina se apodera de mim.
Assim que Carter e eu montamos, engatei a moto e acelerei dando o fora dali, não antes de ouvi um grito de fúria do Dragão, que vi ficando para trás, pelo retrovisor.

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EM FUGA ELES ESTÃO. Fugindo do dragão?

o dono do bar.Onde histórias criam vida. Descubra agora