19. Banheiro

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Fernanda

Estava em casa quando Alex me chamou para ir fazer um grafite com ele em um colégio, Marieta Dinis é o nome da escola aonde fica em um bairro nobre da cidade de belo horizonte.

—  Precisamos que vocês façam o símbolo da escola. — Falou o diretor nós dando uma folha. —  Ele vai acompanhar vocês até a parede do pátio. — Apontou para um homem. — Os alunos estão em sala então não atrapalharam em nada, a quadra é longe e não é permitido alunos fora da sala em horário de aula.

— Sem problemas, não demoraremos muito. — Falou Alex ao diretor.

Eu estava de short, meu cabelo preso num coque e uma blusa de rap que mostrava meu Topper, meu tênis cano alto, realmente eu torcia muito para que não encontrasse com nenhum aluno, sempre dá problemas.

— Vamos fazer isso rápido. — Falei para Alex.

Ele já separava as tintas e spray, a parede já estava pintada de branco o que ajudava bastante.

— Calma Nadinha. — Ele sorriu.

— A próxima vez que me chamar assim, vai ver só quem vai ser grafitado.

— Ok, Nandi .. Fernanda Barbosa.

Fez gracinha com meu nome, odeio quando me chama de Nandinha ou Fernanda Barbosa isso me deixa muito irritada.

— Ha se não tivéssemos na escola. — Ameacei ele.

Começamos a grafitar, fazendo o desenho do jeito que o direitor da escola pediu, fizemos somente o contorno e passaríamos aqui outro dia, para terminar de colorir.

— Estava pensando em fazer uma nova aposta no FIFA lá na casa da Bia o que acha?  — Falei enquanto passava o spray preto contornando o desenho da parede.

— Ela vai surtar, vocês fazer bagunça demais.

— Affs, ela vai deixar tenho o controle da situação.

— O quer que eu faça? — Respirou fundo.

— Ué o de sempre, convença ela de deixar nos jogarmos lá.

— Vou ver o que posso fazer.

Assim que terminamos uma parte Alex catou as coisas e eu fui para o banheiro lavar minhas mãos.

∆∆∆∆

Camila

— Cah? — Chamou Carol com a voz baixa. — Cah me ajude ir ao banheiro acho que vou vomitar.

— Ta só um minuto.

Me levantei rápido e fui até a professora pedi-la permissão de saída, então ela deixou, levei Carol comigo até o banheiro com muita dificuldade. Chegando no banheiro Carol logo entrou para uma das cabines.

— Quer ajuda ai? — Gritei.

— Não precisa.

Logo depois da sua entrada pude ouvir barulho dela colocando tudo para fora.

— Olha só quem está aqui!

Uma voz pouco ouvida, mas muito conhecida por mim ecoou sobre o banheiro.

— Que susto!

Falei virando para Nanda, que estava linda como sempre, seu cabelo um pouco bagunçado, suas coxas a mostra, seu tênis um pouco sujo e aquela blusa enorme, que quase que não dava para ver seu short, e o que não podia faltar é seu sorriso no rosto, como pode ser tão perfeita?!

A Dama de uma Vagabunda Vol. 1 |EM REVISÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora