4. Carona.

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FERNANDA

Assim que vi os dois se aproximarem sentir uma mudança de comportamento radical. Sou assim toda bipolar e minha bipolaridade sempre vem quando menos espero, o que eu mais quero é que tudo fique bem.

— Nanda quero te apresentar minha prima, Camila. — Disse Henri assim que chegou mais perto de mim.

— Oi, — Falou ela toda tímida balançando a mão. — achei muito interessante seu trabalho! — Continuou a falar com aquela voz doce e calma, então eu dei uma risada alta e todos pararam para ouvir nossa conversa.

— Trabalho? Está de brincadeira, não é?! — Todos riram juntos e ela ficou sem entender.

— Você não está trabalhando? — Insistiu a garota.

— Cah isso é só um divertimento, uma competição, não um trabalho. — Explicou Henri.

— Vai me dizer que a pirralha não sabe o que é isso aqui. De que mundo você veio? — Dei um sorriso maligno e os meninos fecharam a cara para mim.

— O que foi? — Falei, dessa vez quem não estava entendendo era eu.

— Acho que é a primeira vez que ela vem aqui, seja muito bem vinda Camila. — Johnny falou e deu uma piscadela para ela, que deu um sorriso de lado.

— Seja bem vinda e aí gostou? — Dessa vez foi Dierry que deu boas vinda a pirralha.

— Gostei sim — Deu um sorriso.

— Então Cah, vamos para o mirante, lá o pessoal canta e toca violão e ficamos conversando sobre diversos assuntos se quiser vir conosco. — Bia fez o convite e eu olhei para ela com reprovação, só que Brenda não ficou por fora e animou todos a irem, no final Henri disse que poderia leva-la um pouquinho.

CAMILA

O que eu mais quero neste momento e me enfiar num buraco e nunca mais sair. A mulher é bem pior que eu pude imaginar, me chamando de pirralha me senti humilhada no meio de tantas pessoas, meus olhos se enchia de lágrimas até que nos convidaram para sair, então andaram na minha frente e eu fiquei para trás tentando não deixar que ninguém visse, só que hora ou outra Fernanda olhava para trás. Chegando no mirante que de lá dava para ver meu condomínio, o mirante tinha umas dez pessoas duas que já estavam e nos oito que chegamos logo depois, então Brenda pegou o violão e Dierry sentou do lado dela, eu estava do outro lado do banquinho que tinha lá junto a Henri e encostou a cabeça no ombro do Johnny no maior clima de romance, também bem próximo de nos na roda também estava Bia e Alexandre juntinhos e ao lado deles estava Nanda sozinha assim como eu, segurando vela.

Depois da terceira música então começaram a toca Me Namora - Edu Ribeiro, uma música simplesmente perfeita, todos nós começamos a canta em uníssono foi a coisa mais linda de todas, ouvir aquela música no acústico e num clima daqueles, — Fora o meu que estava de vela. — é algo maravilhoso.

— Vem aqui gata pra não ficar sozinha.

Quando escutei isso fiquei paralisada, sim eu tinha sido convidada para participar de um clima romântico e a pessoa que me convidou é nada mais e nada menos que Fernanda.

Eu me levantei e Henri só balançou a cabeça, como se dissesse "vá em frente", e eu fui, cheguei pertinho dela e Nanda fez com que eu me escorasse no ombro dela, então ficamos ali juntas tinha até me esquecido de tudo o que aconteceu, e ela?

Já nem sei mais o que dizer.

Depois de tudo já estava tarde e eu precisava ir embora, então Henri com muito custo se despediu da galera e eu dei tchau meio sem jeito para todos da roda.

— Olha se você quiser ficar e só me colocar em um táxi. — Falei assim que saímos de perto de todos.

— Melhor não, eu te levo e depois volto.

— Pode deixar que eu irei leva-la. — Olhei para trás e era Fernanda.

— Chegará em casa segura, pode confiar. — Ela continuou dizendo, então Henri olhou para mim pra ver o que eu iria dizer, mas eu fiquei calada.

— Melhor eu leva-la!

— Henri volta lá pra galera, que eu irei levar a cinderela a tempo de volta ao castelo. — Ele deu uma risada, então voltou a olhar para mim.

— Deixe que ela me leve Henrique. — Falei mesmo sabendo que não seria uma boa ideia.

— Se é assim, nem vou discutir.

Levantou as duas mãos em ato de defesa, me deu um beijo na minha bochecha e tocou na mão de Nanda a agradecendo. Então descemos até um dos carros que viemos e ela logo abriu a porta para que eu entrasse, depois acelerou o carro dando partida. 

A Dama de uma Vagabunda Vol. 1 |EM REVISÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora