23. Traição

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Fernanda

Eram oito da noite quanto o pessoal da "sante" (meus amigos da praça)  me chamou para sair, mas eu não estava muito afim e Rafa tinha dito que viria dormir comigo, mesmo nos não estando bem eu gosto da companhia dela então esperei que ela chegasse. Já tinha pedido comida para nós jantarmos, então ela chegou e foi direto para a cozinha.

— Trouxe cerveja!

Colocou na mesa, ela estava meio para baixo, então cheguei atrás de Rafa e dei um beijo em seu pescoço e sussurrei em seu ouvido.

— O que foi?

Rafa saiu e foi para o outro lado da mesa, e me olhou como se algo de ruim estivesse prestes acontecer

— Eu cometi um erro.

— Que erro? — Perguntei preocupada.

— Ta espera, senta aqui!  — Rafa falou, ela estava intensa e pouco nervosa.

Me sentei numa cadeira e ela ficou em pé na minha frente seus olhos estavam cheios de lágrimas

— Você está me assustando.

— Cara, foi no impulso eu não sei o que deu em mim, — Agora ela já chorava. — me perdoa Nanda.

— Fala logo! — Gritei.

— Eu .. te trair. —  Falou num sussurro.

Eu me levantei da cadeira ficando de costas para ela, passei as mãos no cabelo e respirei fundo.

— Quem é a vagabunda? — Gritei já alterada.

— Isso não importa, eu quero seu perdão.

— Fala quem é a vagabunda?! – Me aproximei dela ficando frente a frente.

— Para Nanda, olha eu tenho mais coisa para falar.

— O QUE ?? — Gritei.

— É melhor você se sentar.

— Eu não vou sentar Rafa, eu quero que você me fale quem é a mulher ou homem sei lá.

— Eu já falei que isso não importa, eu já queria terminar e você não deixou.

Logo me veio na cabeça Michelle, isso deve ser ela que veio para atormentar, estava muito bom para ser verdade.

— É ela não é?

— Ela quem? — Perguntou.

— Aquela mulher que você colocou dentro da tua casa dizendo que era sua amiga. — Eu gritava estava muito nervosa, como ela pode ter me enganado.

— Nanda, eu não sei o que deu em nós foi tudo muito rápido.

— Muito rápido, você colocou ela dentro da sua casa Rafaela, como tudo muito rápido, está praticamente casada, amigada com aquela lá e eu aqui fazendo papel de otária.

Rafaela não demonstrava tanto nervosismo com o acontecimento, ela tinha algo a mais para dizer talvez pior.

— Não é isso Nanda ela me ligou precisava de mim eu a ajudei não imaginei que daria nisso, mas tenho algo mais importante a dizer.

— Então fala, que droga!

— Recebi uma proposta de emprego. — Respirou fundo. — Vai avalancar a minha carreira, só que não é aqui.

— Como? — Quis ter certeza que estava ouvindo bem.

— É isso mesmo Nanda, é para Washington.

A Dama de uma Vagabunda Vol. 1 |EM REVISÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora