13. Conversa.

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Fernanda

Minha manhã foi intensa precisei de passar no estúdio e acabei ficando agarrada lá, minha mãe não parava de me ligar por que tinha prometido levar os remédios para ela cedo e buscar Bruno e leva-lo na casa de sua madrinha.

Terminei tudo e já iria dá uma da tarde, peguei meu carro, passei numa drogaria comprei os remédios que custaram cerca de duzentos reais e depois fui para a casa dela.

— Nanda como pode ter sumido assim fiquei louca aqui?!

— Não começa, minha manhã foi um pouco difícil e eu fiquei um pouco agarrada, então não deu para vim mais cedo. Cadê o Bruno?

Ela deu uma olhada nos remédios e depois desviou o olhar me olhando.

— Lívia levou ele daqui cedo, obrigada pelos remédios juro te pagar cada centavo.

Fiz um coque para trás amarrando meu cabelo e suspirei fundo, sabia que dali viria várias más lembranças.

— Não Nanda, hoje eu não vou ficar falando do nosso passado, não vou te fazer lembrar de tudo. — Olhei para ela satisfeita por que isso seria muito bom para eu e para ela.

— Obrigada mãe isso me deixa feliz.

Minha mãe se levantou do sofá e me deu um forte abraço, é porque eu não sou de chama-la de mãe a anos, eu não tenho esse ato, então foi uma surpresa para ela.

— Você podia repetir isso mais vezes?! — Seu sorriso escancarado não deixava de demostrar tanta felicidade.

— Para não começa .. Mãe. — Minhas bochechas estavam coradas, eu tentei disfarça a vergonha e felicidade ao mesmo tempo.

— Eu te amo tanto filha, — agora ela estava chorando, segurou nas minhas mãos e olhou nos meus olhos — eu te amo mais que tudo meu amor. — Ela me deu mais um abraço então sussurrou em meu ouvido. — Queria que me perdoasse.

Neste momento veio um flash de tudo o que mãe fez comigo, todas as humilhações, todas as vezes que não acreditou em mim e de quando eu disse que iria embora ela simplesmente ironizou dizendo que eu não teria coragem, e depois disso eu fui, eu só vi ela novamente quando precisou de mim e tem também meu irmão que eu amo muito e faria tudo por ele.

Me soltei dela e peguei minha mochila, sem dizer nada deixei dois embrulhos que seriam o presente de Bruno e uma camisa para ela, então sai daquela casa, eu pude ouvir mãe me chamando e falando várias coisas do qual eu fingi não ouvir, então eu sai para longe ou melhor para meu estúdio onde eu posso ter descanso e me afogar em lágrimas passadas.

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Camila

Mais uma segunda-feira, o sol já invadia meu quarto e o despertador tocava sem parar, eu não estava com uma mínima se quer vontade de me levantar e ir para o colégio, não queria ter que sai da cama, eu não sabia como seria ver Dani e não poder falar com ela e também tem a Carol que depois de tudo que aconteceu ontem eu decidir que abriria o jogo com ela e contaria tudo por que ela é minha amiga e já passou da hora de conta para ela .

Eu estava na mesa do café e já estava quase terminando, quando apareceu Rosa enchendo meu saco falando que eu tinha que ir para aula logo e que iria me atrasar. Então entrei no carro e fui na mínima vontade. Chegando no colégio entrei como todos os dias ninguém reparava em mim e isso era um bom sinal então encontrei com Dani, só que passei direito juro que essa não era a minha vontade, ela só me olhou e nada fez, logo despois encontrei com Carol que está com um livro na mão, ela vem para perto de mim com uma cara de desânimo que não é normal. Já que ela sempre diz:

A Dama de uma Vagabunda Vol. 1 |EM REVISÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora