14. Rafa

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Rafaela

Sou como uma submissa amo ser dominada, mas também gosto do meu domínio próprio e isso me faz ter certeza do que quero do que sinto.

Eu já deveria ter me apresentado não é mesmo, só que não rolou, meu nome é Rafaela só que me chamam de Rafa, eu tenho 23 anos, trabalho como fotógrafa desde 18 anos, daí em diante fui crescendo na minha área e conseguir ser reconhecida e contratada por grandes empresas.

Minha aparência já não é lá das melhores para uma fotógrafa, tenho 1,70 de altura, meu estilo é meio gótico misturado com rap que eu amo, minha paixão, sou magra só que com um corpo bem atraente, meu cabelo e preto liso que bate na cintura e meus olhos verdes, sou diferente e adoro está sempre mudando estilo, só que eu nunca abandono meu preto esse é um privilégio, sou bissexual, meus amigos são Nanda e Luiz, tenho outros claro mais esse são os melhores.

Já minha família é bem rica, mas como não aceitam minha sexualidade, nem minha profissão acham que eu deveria ser médica, advogada e não ficar rimando e grafitando por ai, então resolvi sai fora e viver a vida do meu jeito.

Meu celular toca me tirando do transe quando vejo a ligação é Michelle.

— Fala! — Digo um pouco ruge.

Michelle era minha melhor amiga até nos se envolvermos, então disse que não daria até por que já estávamos uma apaixonada pela outra, burrice minha, só que aí eu fui expulsa de casa nós meus 15 anos ela simplesmente sumiu, ela não quis vim comigo, só que depois de anos resolveu das as caras, pedindo desculpas e dizendo que mudou.

— Rafa aconteceu um tanto de coisa e eu preciso da sua ajuda. — Falou desesperada e chorando, no mesmo momento fiquei pasma e confusa.

— Fala, o que aconteceu? — Eu disse já preocupada.

— Podemos nos encontrar, mais só se tiver disposta mesmo a me ajudar.

— Claro, onde está ?

— Estou na praça Lua Formosa pode vim aqui?

—Vou pegar meu carro e já, já estou ai.

— Não demora por favor ! — Ela dizia entre soluços.

...

Chegando na praça, lá estava ela com uma mochila as roupas rasgadas e o cabelo muito bagunçado, eu fiquei muito preocupada por que nunca tinha visto Mih naquela situação.

Desci do carro e corri até Michelle, que parecia catar algumas coisas no chão.

— O que aconteceu? — Falei diante dela que estava agachada no chão. — Por que está assim?

— O Samuel, aquele desgraçado me roubou e sumiu, ainda por cima contratou dois caras para me bater, filha da puta. — Se levantou e ergueu o olhar para mim.

— Eu não acredito que o Samuel tenha feito isso, conta outra. — Falei firme.

— Você não acredita em mim, tudo bem, nem precisava vim. — Secou as lágrimas com as mãos imundas.

— Tá, vamos lá para minha casa, você toma um banho e depois conversamos direitinho, por que esse papo seu aí comigo não cola.

Sabia que Michelle estava mentindo, pode até ter um misto de verdade mais ela nunca que iria aceitar uma humilhação daquelas, algo deve ter acontecido com Mih para ela está naquele estado.

...

Chegando em casa estacionei o carro e Michelle entrou comigo, ela estava estranha e pensativa, não falou nada quando entrou na minha casa normalmente ela iria criticar, Mih só entrou talvez nem tenha reparado nada.

— Olha a única coisa que eu preciso é de dinheiro.

Foi bem direta, ela estava séria podia ver em seu rosto que tinha alguns hematomas e enquanto ela tentava juntar seu cabelo num coque impossível, aqueles cachos embaralhados não iriam deixar, seus olhos cor de mel pareciam tentar segurar uma lágrima.

— O que você aprontou? — Cruzei os braços em frente à ela que ficou quieta, fez só uma olhar de cachorro pidão que eu adorava. — Tá, ta, cê vai lá toma seu banho que eu vou arrumar uma roupa para você e na hora do jantar vamos ter uma boa conversa. — Ela sorriu, o primeiro sorriso que pude ver daqueles lábios ressecados.

— Não adianta da uma de durona por que você continua a mesma de anos atrás, a mesma menina metida e que acha que manda em tudo e todos, só que no fundo o que mais deseja é ser amada e reconhecida.

— Nossa que ridículo isso que você está dizendo, eu estou quase desistindo de ter te ajudado.

— Sei que não, bom obrigada. — Saiu andando para o banheiro e eu fui separar a roupa dela.

Eu fiquei em frente ao meu guarda-roupa pensando como o tempo passa rápido e todos conseguem mudar menos eu, até mesmo a Michelle e isso é incrível, sempre tentei ser fria, rude só que tentativas inúteis por que qualquer sorriso seja de quem for me desmonta e Miih fez parte da minha história aquela que não precisa ser contada.

A Dama de uma Vagabunda Vol. 1 |EM REVISÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora