Laço Eterno

Panico

  Ficamos bem a vontade depois que o Fredh e o Roberto se deram bem, quando resolveram ir embora as criancas ja dormiam em nossos colos.
- vamos marca de nos encontrar mais vezes. Nos despedimos do Roberto e da Manu e entramos no carro, e vamos para casa.
  Ja era bem tarde quando chegamos na casa dos pais do Fredh e susperei aliviada assim que os portoes se fecharam. Tive a sensacao de sermos seguidos desde que saimos do estacionamento do shopping.
- o que foi parece preocupada? Fredh pergunta me ajudando com a Aly.
- nao e nada Fredh so cansaco. Lhe dou um beijo e subo as escada, ele vem logo atras com o Thony. Colocamos as criancas na cama e fomos pro quarto do Fredh tomar um banho.
   Eu sei que pode ser loucura da minha cabeca mas tenho certeza que o Luigui estava nos seguindo, eu tenho que deixa ele mais longe possivel dos meus filhos. Preciso dar um jeito nessa situacao antes que piore ou alguem se machuque.
  Conheco a Luigui desde dos 12 anos idade quando veio estudar na mesma sala que eu e desde entao fomos amigos, com 17 anos ele disse que era apaixonado por mim, por tanto ensistir acabei aceitando a namorar com  ele. No comeco era normal  ele se precupava comigo saimos pra passeios e viagem juntos tudo que um casal normal faria, mas com o passar do tempo tudo mudou. Ele mostrou um lado que eu nao queria ver era possessivo e mesquinho, chegou um certo ponto que ate do meu pai ele tinha ciumes. Essa foi a gota d'agua para abrir meus olhos e ver quem realmente era o Luigui e como ele conseguiu me manipular me afastando de todos os meus amigos, mas isso foi por pouco tempo.
  Assim que consegui enchergar o Luigui, como todos o viam coloquei imediatamente um ponto final naquele relacionamento sem futuro e resolvi ficar um ano em Milao antes de comecar minha faculdade de direito. O resto dessa historia todos ja sabem como acabou assim que coloquei meus pes de volta em Boston.
- Jhuly esta tudo bem mesmo? Me assusto ao ouvir a voz do Fredh.
- desculpa Fredh tava distraída. Termino de me secar visto uma camisa dele e vou pra cama.
- Jhu me diz o que esta acontecendo por favor. Voce esta me deixando preocupado. Posso ver em seus olhos que a preocupacao e um misto de medo. Mas se estamos em uma relacao nao deve haver mentiras.
- eu tive a sensacao que estavamos sendo seguidos. Digo encarando minhas maos como se fosse a coisa mais interessante naquele momento.
- nao se preocupe amor sao os segurancas que seu pai contratou pra tomar conta de voces. Ele respira aliviado e eu tambem.
- mais por que voces nao me disseram antes?
- Amor seu pai pediu pra nao te envolver mais acho que voce deve saber. Ontem invadiram a casa de voces e levaram algumas coisas suas, o resto da casa ficou intacta. Quem entrou la estava a sua procura. Nesse momento o mundo parece que parou de girar e sinto como se a cama fugisse do meu corpo.
  Medo e o que me define agora, nao por mim e sim pelos meus pais, pelos meus filhos, pelo Fredh e toda sua familia. Sinto meu rosto molhado e so agora percebo que estou chorando nos bracos do Fredh, a prepotencia de que eu nao foi capaz de resolver isso a anos atras volta com forca total no meu peito, que me faz esquecer ate como se respira.
- Jhuly por favor se acalma, nada vai acontecer com voce. Ouco a voz mais ela esta muito longe, eu nao sei o que fazer....
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- filha fala comigo por favor. Eu olho pro lado da cama e vejo minha mae do meu lado passando a mao nos meus cabelos. Eu sei que nao desmaiei ou dormi por que mantiver os olhos abertos o tempo todo estava vagando em algum lugar,  mas nao a vi entrar aqui e nem sentir ela se sentar na cama. A puxo para um abraco em busca de protecao que so colo de mae tem, mas ainda sim me falta um pouco de segurança.
- nao fica assim meu amor nada vai acontecer a voce ou as criancas seu pai e o Fredh nao vao deixar. Minha mae deixa um beijo no topo da minha cabeca e consigo me acalmar mais, aos poucos sinto meus olhos pesarem.
  Nao sei quanto tempo dormi mas sinto como se meu corpo estivesse flutuando, ao meu lado estava a minha pequena que ainda dormia com suas maozinhas em meu rosto. Olho em  volta e vejo o homem que eu amo sentado na poltrona de olhos fechado o com aparencia de cansado e sei que isso e minha culpa.
A muito tempo eu nao tinha um ataque de panico, o ultimo que eu me lembre foi alguns meses depois que o juiz deu a liminar de protecao contra o Luigui, que me enviou uma carta dizendo que mataria todos que eu amasse se nao voltasse pra ele, mas nao foi como ontem,  nao sei explicar o que senti.
   - pensei que iria dormi mais. Ja que o Carlos lhe deu um dose alta de calmante ontem. Meu pai entra no quarto e me beija a testa. - bom dia filha.
- bom dia pai. Me sento com um pouco de dificuldade por sentir uma leve tontura. - onde esta a mamae?
- esta la em baixo com a Vivian preparando o cafe, vim aqui so pra te dar um beijo ja estou atrasado pra uma audiencia.  Ele se aproxima e me deposita um beijo na testa. - desculpa por nao ter te contado antes. Volte a dormi, ainda e cedo.  Meu pai sai do quarto e volto a olhar pro Fredh que esta desconfortavel naquele poltrona me levanto e vou ate ele sentando no seu colo e beijando seu pescoco.
- amor vem pra cama voce esta desconfortavel aqui. Digo quando ele abre os olhos e sorri.
- voce esta se sentindo melhor meu amor? Ele me pergunta pegando- me colo indo pra cama.
- estaria melhor se voce estivesse dormindo comigo e nao naquele poltrona desconfortavel. Tomo sua boca em um beijo calmo e apaixonado.
- te amo, me sentir tao incapaz ontem em te ver daquele jeito e nao poder fazer nada pra te ajudar. Ele acaria meus cabelos enquanto me ajeito em seus bracos.
- desculpa eu nao consigo controlar, eu nao queria te assustar. Dou um beijo em seu peito.
- nao precisa ter medo eu sempre vou esta aqui por voce e por nossos filhos.  Mais uma vez o sono vem e toma conta de mim e me permito descansar mais um pouco.
- te amo e nao vou deixar ninguem chegar perto de voce. Sinto a cama se afundar e sou puxada para seus bracos.