Capítulo 19

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O jogo de vôlei ainda não terminou. Não vou lá, senão é capaz de eu acabar jogando e alguém (eu) pode ir parar na enfermaria.

Quando me dei conta, estava indo para o chalé do Time Águia. Alex deve estar lá já que não pratica nenhuma atividade. Abri a porta e não tinha ninguém, mas no banheiro tinha. Uma garota estava cantando muito ruim e fiquei rindo que nem uma maluca.

- I'll tell you what I want, what I really really want
So tell me what you want, what you really really want
I wanna, I wanna, I wanna, I wanna
I wanna really really really wanna zig-a-zig, AAHHH!!!

Alex saiu do banheiro! Ai meu pâncreas, ele se assustou e pôs as mãos nos mamilos, estava só de toalha na cintura e no cabelo.

- Sarah? O que você tá fazendo aqui?! - gritou. Seu rosto estava todo vermelho e correu de volta para o banheiro.

- Só passei para dar um oi - me encostei na porta do banheiro - Alex, você canta muito bem. Devia formar uma banda com a Gaia, ou dupla sei lá. Como seria o nome? Eu podia ser a produtora de vocês, ganhar uma grana, sei lá.

- Haha, engraçada - diz irônico - Pode me passar a roupa em cima da cama, por favor?

Olhei para a sua cama, com roupas perfeitamente dobradas. Credo, esse menino não é normal. Nem sei o que trouxe pra vestir, imagina isso. Abri um pouco a porta e fingi espiar.

- Sarah!

- Desculpa! Foi sem querer querendo! - ri e entreguei a roupa para ele.

- Obrigado.

- Por nada. Vou te esperar aqui fora.

Me deitei na cama de Max, toda bagunçada. Isso sim é cama de verdade, senhoras e senhoras. Quando Alex saiu, estava arrumando a gola da camisa. Ele parecia um pug tentando abotoar a mesma.

- Você não pode contar pra ninguém o que viu e ouviu. Nessa hora ninguém está no chalé e posso tomar banho tranquilamente - fiz um sinal de Ok (mas ainda vou guardar isso pro futuro, se acontecer alguma coisa eu vou ser cúmplice) e ele perguntou nervoso - O que acha que posso dar de presente pra Audrey?

- Sei lá - me sento na beirada da cama e apio o queixo nas mãos - é aniversário dela?

- Não.

- Natal?

- Não. Estamos em novembro, Sarah.

- Páscoa?

- Não.

- Dia dos presentes?

- Não. Existe esse dia?

- Sei lá. Deveria. Eu tô precisando. Mas então porque quer dar um presente? Nem pode sair do acampamento. Isso aqui é uma jaula.

- É só porque gosto dela!

- Uh, iihh, pois é... - me levantei e fiquei cerrando os dentes. - É meio difícil agradar Audrey, ela sempre consegue tudo o que quer.

- Por isso quero sua ajuda.

- Não. Tô com preguiça.

- Faria isso por um biscoito Scooby? - mostrou um biscoito invisível nas mãos e ergueu as sobrancelhas. Dei risada e ficou sério. - Por favor, Sarah. Eu gosto mesmo da Audrey. Por incrível que pareça, ela me entende como ninguém.

SarahOnde histórias criam vida. Descubra agora