Capítulo 25

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– Sarah! Acorda! – alguém estava me balançando e gritando. QUEM É O INFELIZ QUE...

– Ah, oi, pai – dei um sorriso torto. – O que foi? A casa tá pegando fogo?

Me levantei do sofá, acabei caindo no sono com Kevin, no sofá.

– Não. Vamos, seu irmão tem que levar vocês de volta para o A.J.P.!

Saí do sofá e corri para o meu quarto. As coisas de Audrey já não estavam mais lá. Acho que tem tudo lá embaixo e nem percebi. Já se passaram quatro dias, foi muito rápido. O pior é que agora está frio e o acampamento vai ser um gelo!

Depois de me arrumar, desci as escadas e todos já estavam prontos para sair. Até Luke estava lá.

– Tchau, vovó. Tchau, vovô! – falei indo correr dando um abraço. Eles retribuíram e dei um beijo nos dois.

– Tchau, Kelly – falei e dei um abraço apertado, que retribuiu quase quebrando minhas costelas.

– Tchau, minha ursinha. Se cuida tá? Não se esqueça de pregar mais peças por mim lá! Depois me conta tudo.

– Tá bom – revirei os olhos ri indo dar outro abraço no meu pai. – Tchau, pai.

– Você não precisa ir se não quiser. Aquele prazo já acabou e nem vamos mais viajar! – ele diz e franzi o cenho, olhando Audrey pelo canto do olho, pensando se valeria a pena.

– Não, valeu. Agora eu gosto do acampamento. Tenho meus motivos – sou um sorriso e dou de ombros. Enquanto todos se despediam, peguei meu casaco. Já não bastava usar um suéter e ainda mais. Audrey já insistiu dizendo que não precisava de um suéter, sei. Me encostei no carro e olhei uma pequena parte do mar. A água deve tá fria pra caramba.

– Vamos logo! – Kevin disse me empurrando e entrando no carro.

– "Com licença, irmã querida", "claro, Narceja!" – falei imitando sua voz. Audrey e Luke entraram, sentando no banco traseiro. – Audrey, você não quer ficar na frente? Pode escolher a música.

– Tá – deu de ombros e ficou ao lado de Kevin, fazendo o pompom do gorro balançar. Entrei atrás e coloquei minha mala no banco. Graças a Deus pude lavar a roupa na máquina, não aguentava ficar no acampamento sem ela.

– Tudo bem? – Luke pergunta e semicerro os olhos. – Você tá estranha.

– É que eu acabei de acordar – cocei os olhos e dei uma risada. Assim que olhei para a janela, já estávamos quase na estrada de novo. As mãos de Luke ficaram agitadas. – É você que não parece tranquilo. Quer ir no banheiro?

– É só a hiperatividade atacando de novo, eu acho – ele suspira, mas não me engana. Claro que é a hiperatividade, ele fica assim o tempo inteiro, balançando os pés e tentando ocupar o tempo. Mas isso é diferente, tem mais.

Afastei mais para o seu lado e agarrei sua mão direita. Na mesma hora ele parou e me olhou como se dissesse "obrigado". Apertei ainda mais e ficamos assim até chegar ao acampamento.

A maioria do pessoal que estava aqui antes decidiu voltar e ficar em casa, por isso, agora tem poucas pessoas saindo de carros e táxis. Tirei a mala e ajudei Audrey com suas coisas infinitas

– Você carrega o que aqui dentro? Um elefante?

– Essa é só a dos sapatos.

Rolei os olhos e procurei meu irmão para me despedir, mas não o vi.

– Cadê o Kevin? – perguntei e Luke deu de ombros.

– Aqui! – gritou e saiu de trás das malas, tinha que ser. O coitado ficou sufocado! Fui até ele.

SarahOnde histórias criam vida. Descubra agora