Capítulo 31

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Fiquei brincando com a "fumaça de frio" que saía a cada vez que respirava fundo. Alex e Max estavam lá perto no lago comendo salgadinhos e fiquei mais ao longe observando. Era um dia ensolarado, porém frio.

- Ei! Ei! - Max gritou quando uma gaivota passou pegando o pacote da sua mão. Os gêmeos saíram correndo pelo lago tentando pegá-la.

- DEVOLVE AQUI MEU DORITOS!!! - berrou pulando nas costas do irmão.

Alguém me tocou no ombro e arrumei o gorro para ver Gaia. Ela deu um sorriso meio atrapalhado.

- Sem querer atrapalhar, mas já atrapalhando, mesmo não sendo chata mas já sendo...

- Fala - confirmei com a cabeça.

- A Jade está chamando todo mundo lá na Casa Principal - disse se referindo à monitora. -Parece que a Johanna está doente, uma gripe das fortes.

- Vamos logo.

Saí na frente enquanto ela chamava os irmãos. Todos os campistas estavam em torno da Casa. Até que não era tão longe. O lugar era basicamente onde os monitores iam para dormir, usar a própria cozinha, escritório, etc.
Todos estavam na frente da casa e Jade apoiada na varanda, pedindo a todos que se calassem.

- Pessoal, silêncio! - disse alto. - Tenho alguns avisos importantes: Johanna, nossa diretora de atividades está muito doente e me deixou no comando. Segundo, falta apenas uma semana para o Natal. Já falamos com os seus pais e todos vão ficar aqui este ano para facilitar tudo.

Apertei os lábios. Melhor assim. Falei com meu pai esses dias e as coisas andam meio estranhas com ele. No sentido bom. Ele fica mais feliz que o normal. Se estiver namorando... Não sei.

- Terceiro: a equipe vai aproveitar a ida até o supermercado para renovar o estoque e todos nós vamos! - disse se animando e todos se agitaram. - Mas em grupos! Mesmo que leve o dia inteiro. Agora, mais importante: teremos o jogo do amigo secreto de Natal e todos vão comprar seus presentes lá! Não se preocupem que todos vão ganhar dinheiro para comprar.

- Senhor Deus, eu lhe imploro... - Audrey apareceu ao meu lado e já pensei que fosse assombração. Isso não se faz! - Não me faça escolher aquela cobra da Rachel. Amém.

- Essa oração foi bem ruim, né?

- Eu não tenho costume de ir à igreja. Mas é só ter fé! Não posso cair com o nome daquela vaca!

. . .


No dia seguinte...

- Não acredito que peguei aquela vaca! - Audrey gritou agudo e pensei ficar surda. - Por que eu sou tão fodida?

Dei risada. Acabei pegando o nome do Max e não tenho ideia do que comprar. Já estavam todos subindo no ônibus do acampamento. Não era ruim. Os bancos eram virados de frente para o outro, então era fácil para conversar.

Luke ficou ao lado de Max, na minha frente, e acabei sentando com Gaia. Alex e Audrey ficaram atrás de nós, só escutando a conversa.

- Por que você está comendo isso até agora? - Audrey perguntou para Luke. Ele tinha um pedaço de bolo gigante na boca e mais dois cupcakes nas mãos. O garoto engoliu de uma vez e me perguntei porque ainda beijo aquela boca.

SarahOnde histórias criam vida. Descubra agora