Capítulo 3- Decepção

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Abri a porta contente como nunca estive. Gritei o nome de minha mulher, mas ninguém respondia, logo pensei no pior, corri até o quarto e para minha surpresa Isis não estava lá, porém havia uma carta repousada incutida para que eu a lê-se. Não tive coragem de ler a carta toda só passei o olho e percebi que era uma carta de despedida, a raiva tomou conta do meu corpo, rasguei a carta com todas as forças acabei chutando a cômoda e quebrando a janela. Deitei na cama exausto, não conseguia conceber que Isis poderei ter feito isso comigo. O sentimento de impotência e fracasso se apoderou de minha mente mais uma vez. Será que não fui um bom marido? Será que não seria um bom pai? O que importa é que falhei com as pessoas que eu amava. Meu único escopo agora era completar a maldita missão e recuperar a confiança de Isis.
Diferente da noite anterior, essa eu havia dormido muito mal. Meu sono foi interrompido diversas vezes durante a madrugada. Levantei da cama com dores por todo o corpo, para combater o jejum fui até a cozinha e comi um pedaço de pão. Após me alimentar fui então para os estábulos da região, para pegar meu fiel companheiro. Passo Negro era um cavalo completamente preto e feroz, foi graças a ele que conquistei minha esposa em uma batalha na cidade de Aspor ao sul do continente. Foi magnífico, eu consegui acertar minha lança exatamente na abertura do elmo do meu adversário, ele acabou caindo de sua montaria na mesma hora e foi dada à vitória para mim . Depois disso o pai de Isis me concedeu a mão de sua filha a mais bela mulher que eu já tinha visto em toda a minha vida. Assim que cheguei nos estábulos de Yenuk, Passo Negro veio me receber com todo o calor e louvor que sempre tinha. Talvez ele seja o único que ainda acredita em mim, era o único que não ficava bravo comigo, totalmente pelo contrário ele sempre estava satisfeito com minhas ações por pior que elas tenham sido. Dei algumas moedas de bronze para o guarda que fazia a segurança dos estábulos e subi em Passo Negro.
Fui em direção ao porto da cidade, que não ficava muito longe de onde eu estava. Lá foi marcado que eu me encontraria com o garoto e Gennick para seguiríamos viagem. Passo Negro parecia tão ansioso quanto eu, assim que entramos na estrada ele saiu em disparada, não me sentia assim desde que me casei, o sol batendo em minha malha me deixava eriçado o vento batendo em meu rosto me remetia a ótimas lembranças e minha vida. Foram os 30 minutos mais intensos que havia vivido nos últimos meses

O Guerreiro de YenukOnde histórias criam vida. Descubra agora